A cotação do Bitcoin ultrapassou os US$ 71 mil, ou R$ 404 mil, pela primeira vez desde junho deste ano, impulsionado por entradas em fundos dedicados negociados em bolsa, bem como por especulações sobre o resultado da eleição nos Estados Unidos.
O maior ativo digital subiu até 2,7% antes de reduzir parte do movimento. Tokens menores, como o Éter e o Dogecoin também subiram.
O Bitcoin é visto por alguns como parte do chamado ‘Trump trade’, já que o candidato republicano Donald Trump defendeu os ativos digitais durante a campanha. Trump está à frente em mercados de apostas, enquanto as pesquisas mostram uma disputa acirrada contra a candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris.
O token continua “precificando uma vitória eleitoral de Donald Trump”, Tony Sycamore, analista de mercado da IG Australia Pty, escreveu em uma nota. O Bitcoin precisa se sustentar acima de US$ 70.000 para aumentar a confiança de que pode se recuperar além da alta recorde de março de US$ 73.798, acrescentou.
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Trump prometeu fazer dos Estados Unidos a capital cripto do planeta. Harris adotou uma abordagem mais comedida, prometendo apoiar uma estrutura regulatória para a indústria. Suas posições contrastam com uma repressão ao setor sob o presidente Joe Biden.
Trump também disse que pediria ao bilionário Elon Musk — um grande doador de sua campanha — para liderar um esforço para cortar gastos do governo. A filiação de Musk à campanha de Trump ajudou a elevar o sentimento entre operadores, de acordo com Arisa Toyosaki, cofundadora da Cega, provedora de serviços de derivativos de criptomoedas.
Operadores de opções aumentaram as apostas de que o Bitcoin atingirá um pico de US$ 80.000 até o final de novembro, independentemente de quem vencer a eleição. A volatilidade implícita em torno do dia da eleição em 5 de novembro é elevada. Os ETFs Spot-Bitcoin nos Estados Unidos atraíram cerca de US$ 3,6 bilhões em entradas líquidas até agora neste mês. A criptomoeda original saltou 69% em 2024.
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