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‘Sempre vou ter bitcoin’, diz Paul Tudor Jones

Desde a pandemia do covid-19 o bilionário compra BTC com objetivo de se proteger da inflação.

*ARTIGO

Um dos gestores de fundos hedge mais renomados do mundo, Paul Tudor Jones, voltou a deixar bem clara sua crença no bitcoin (BTC). Em entrevista à Squawk Box na última segunda-feira (15), o bilionário afirmou que nunca deixará de investir na criptomoeda.

Devido à inédita expansão monetária e um cenário econômico perfeito para a inflação, o CEO do Tudor Investment Foundation tem por si que o “o bitcoin é a única coisa que os humanos não conseguem ajustar a oferta”. Devido a isso, ele afirma que sempre irá ter a criptomoeda em carteira. 

“Eu nunca sentei em um cavalo por tanto tempo”

Tudor, sobre sua estratégia de manter bitcoin em seu portfólio.

Apesar de ainda existir muito ceticismo em torno do bitcoin, o preço do BTC tem potencial de chegar muito mais longe do que tem sido praticado pelo mercado, já que tem um teto máximo para criação de novas unidades e sua cotação é definida pela lei de oferta e da procura.

De fato, em 1970 o ouro desempenhou um papel ímpar contra a inflação. Mas, no mundo digital, há mudança do comportamento humano e impressão de dinheiro desenfreada dos bancos centrais — e ele sabe que a única saída é o BTC. 

História de amor 

O megainvestidor comprou bitcoin pela primeira vez no início de 2020, antes da entrada da maioria dos investidores institucionais. No período, cada BTC era cotado a US$ 9.000.

Ainda no mesmo ano, Tudor Jones afirmou em carta aos investidores que o bitcoin era o que o ouro foi em 1970, e que por isso poderia alocar até 1% do caixa do seu fundo Tudor BVI Global Fund — que detinha US$ 22 bilhões na época — na criptomoeda.

Mas convicto dos fundamentos do BTC, mudou de ideia rapidamente em relação à sua exposição inicial: em maio de 2021, o bilionário deu uma entrevista à CNBC dizendo estar convicto de que teria pelo menos 5% do patrimônio em bitcoin, quando era negociado por volta de US$ 39.000.

“Gosto do bitcoin como um diversificador de portfólio. A única coisa que sei com certeza é que quero 5% em ouro, 5% em bitcoin, 5% em dinheiro, 5% em commodities.”

Ao invés de 1%, Tudor Jones disse que ao menos 5% do seu portfólio seria em bitcoin (Imagem: Reprodução/Twitter/ @Bloqport)

Poucos dias após sua fala, o BTC disparou para os US$ 65.000. E, ainda em novembro de 2021, para os US$ 69.000. Desde então ele sempre tem por si que o bitcoin é como as ações de empresas de tecnologia na década de 90: ninguém dava atenção no período, mas viram o enorme potencial anos depois.

A nova reserva de valor

O magnata já fez muitos pronunciamentos sobre o bitcoin dizendo que ele oferece melhor proteção contra a inflação do que o ouro e outros investimentos devido a sua natureza tecnológica e fundamentos.

Diferente desses ativos, a quantidade de bitcoin disponível é limitada a 21 milhões de unidades para sempre, garantindo uma escassez independente de seu preço ou outro fator — algo nunca visto até então, nem mesmo pelo ouro, já que pode ser extraído em excesso conforme seu valor sobe.

Isso significa que o bitcoin é “deflacionário”: a partir do momento em que o último bitcoin for lançado em rede, a lei de oferta e demanda passa a imperar, reforçando a raridade do ativo.

É por essas e por outras que Tudor Jones alega que sempre vai ter bitcoin em seu portfólio. Afinal, ele não é nada bobo e está ciente de que o poder de compra da criptomoeda aumenta com o passar do tempo.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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