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Finanças

Taxas do Tesouro Direto ampliam queda na semana após divulgação do IPCA

Dois dias antes, divulgação do Boleti Focus já havia puxado o rendimento para baixo.

As taxas de retorno dos títulos do Tesouro Direto têm mais um dia de baixa nesta quarta-feira (7), com o mercado reagindo aos dados de inflação em maio, de olho nas perspectivas de redução da taxa Selic.

Pela manhã, o Tesouro Selic 2026 tinha taxa de 0,07%, contra 0,08% no fechamento anterior. Já o papel com vencimento em 2029 tinha retorno de 0,18%, contra 0,19% antes. 

A baixa também se reflete nos títulos atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mesmo horário, o Tesouro IPCA+ 2029 tinha taxa de 5,17%, contra 5,36% do fechamento anterior. O papel com vencimento em 2045 tinha taxa de 5,59%, ante 5,79%. 

imagem de notas de real, ilustrando o Risco-Brasil
Crédito: Adobe Stock

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de maio ficou em 0,23%, em resultado abaixo do esperado pelo mercado.

“A queda observada nas taxas dos titulos do Tesouro Direto no dia de hoje pode sim ser justificada pelos resultados do IPCA de maio. Com um arrefecimento superior ao projetado pelo mercado, a inflação acumulada de 12 meses se aproxima ainda mais da meta de 3,25% projetada pelo CMN para 2023, o que faz com que o corte da taxa Selic ganhe ainda mais força no mercado”, diz Rodrigo Caetano, analista da Toro Investimentos. 

Na mesma linha, Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, afirma que “o IPCA de maio reforça que o Banco Central começa a ter cada vez mais espaço para iniciar o corte da Selic, algo que já vem sendo precificado na curva de juros.”

As taxas do Tesouro Direto já haviam registrado baixa na segunda-feira (5) após a divulgação do Boletim Focus, que apontou que especialistas agora preveem que o IPCA feche o ano em 5,71%, contra 5,69% da estimativa anterior. Foi a terceira semana seguida de corte na projeção para a inflação.

Opção de Copom

Caetano, da Toro Investimentos, destaca que “as opções de Copom já mostram uma nova perspectiva do mercado para a reunião de agosto, que antes projetava uma manutenção da taxa, porém agora já se precifica um corte de 0,25% – movimento este de corte que estava sendo precificado apenas para a reunião de setembro”.

Segundo dados da B3 sobre contratos de opção de Copom, considerando a projeção do mercado, a expectativa de manutenção da taxa Selic em agosto caiu de 45% na segunda-feira para 35,6% agora. Ao final da semana passada, o percentual era de 48%.

Já a expectativa de de corte de 0,25 ponto percentual na reunião de agosto está em 35,8% agora, contra 35% na semana passada.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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