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3 fatos para hoje: Ação da BuzzFeed; ‘Chapter 15’ da Americanas é aceito

E mais: processo dos EUA contra Google pode beneficiar Apple e outras empresas

A agenda econômica no Brasil terá na manhã desta sexta-feira (27) a divulgação da taxa de inadimplência de recursos livres, o estoque de crédito e o resultado primário do Governo Central. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com governadores para debater a reposição das perdas de arrecadação do ICMS.

Na véspera, a Cielo (CIEL3) deu o pontapé inicial na temporada de balanços do quarto trimestre de 2022. A operadora de cartões reportou lucro líquido recorrente na casa dos R$ 490,1 milhões, alta de 63,3% ao reportado no mesmo intervalo de 2021.

Veja 3 fatos para esta sexta-feira:

1 – Ação da BuzzFeed mais que dobra de valor com rumor sobre acordo com OpenAI

As ações da empresa de mídia BuzzFeed mais que dobraram de valor nesta quinta-feira em meio a rumores de que a companhia está planejando usar inteligência artificial para personalizar e melhorar seus quizzes e conteúdos.

“Em 2023, você verá o conteúdo inspirado em inteligência artificial (IA) passar de um estágio de pesquisa e desenvolvimento para nosso negócio principal, aprimorando a experiência dos questionários, informando nosso ‘brainstorming’ e personalizando nosso conteúdo para nosso público”, disse o presidente-executivo, Jonah Peretti, em comunicado aos funcionários visto pela Reuters.

O Wall Street Journal publicou que a BuzzFeed vai usar recursos da OpenAI, empresa criadora do chatbot ChatGPT, em seu conteúdo.

A ação da BuzzFeed subiu 157%, para US$ 2,45. Mais cedo o Wall Street Journal disse que a Meta Platforms (FBOK34) está pagando milhões de dólares à BuzzFeed para trazer mais criadores de conteúdo para o Facebook e Instagram.

O acordo, fechado no ano passado, foi avaliado em cerca de US$ 10 milhões e a BuzzFeed ajudará a gerar conteúdo para as plataformas da Meta e treinar criadores para aumentar sua presença online, disse o jornal, citando pessoas familiarizadas com a situação.

A BuzzFeed anunciou no mês passado que vai cortar cerca de 12% de seus funcionários. A empresa fechou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de US$ 27 milhões ante resultado negativo de US$ 3,6 milhões um ano antes.

2 – Justiça de Nova York aceita pedido da Americanas para ‘Chapter 15’

Um juiz de Nova York deferiu nesta quinta-feira o pedido da Americanas (AMER3) feito na véspera para proteção contra credores, segundo um documento ao qual a Reuters teve acesso.

A Americanas havia pedido na quinta-feira uma extensão dos efeitos de proteção assegurados em seu processo de recuperação judicial no Brasil, em um processo conhecido como “Chapter 15”.

“A medida solicitada é necessária e adequada para realizar a administração eficiente dos processos do ‘Chapter 15’ e as disposições do Código de Falências”, afirmou no despacho o juiz Michael E. Wiles, do Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York.

3 – Processo dos EUA contra Google pode beneficiar Apple e outras empresas

apple

Um processo aberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra o Google (GOGL34) sobre seu domínio do mercado de tecnologia para publicidade digital pode ajudar rivais e sites que vendem espaço para anúncios, mas deixa um futuro incerto para os próximos anunciantes, afirmam especialistas.

A queixa do Departamento de Justiça contra o Google na terça-feira defende que a empresa venda o Google Ad Manager, um conjunto de ferramentas que inclui uma que permite que os sites coloquem espaço publicitário à venda e outra que serve como um mercado de anúncios que combina automaticamente os anunciantes com esses editores de conteúdo.

Se o processo do Departamento de Justiça for bem-sucedido, “anunciantes e editores poderão ter mais vantagens com mais opções com jogadores em expansão – e, consequentemente, mais concorrência”, disse Neil Begley, do Moody’s Investors Service.

A Apple, que está desenvolvendo constantemente seu negócio de publicidade nascente e promovendo-o como focado em privacidade, pode ser uma vencedora se os anúncios do Google se tornarem menos eficazes, disse Brian Mandelbaum, presidente-executivo da empresa de marketing Attain.

Executivos da indústria publicitária dizem que o negócio do Google, ao colocar anúncios em sites que não são de sua propriedade, fornece ao Google informações valiosas sobre a eficácia de um anúncio.

A Apple tem “a capacidade de ser uma nova força dominante” na publicidade porque a Apple possui dados por meio da propriedade de telefones, do navegador Safari e da distribuição de aplicativos pela App Store, disse ele.

Os concorrentes do Google em tecnologia de anúncios estão cada vez mais criando produtos que atendem tanto a editores como sites de notícias, que vendem espaço publicitário, quanto anunciantes que compram anúncios, como o Google faz atualmente, disse Paul Bannister, diretor de estratégia da CafeMedia, que ajuda pequenas e médias empresas de conteúdo que vendem espaço publicitário.

Se o Google for forçado a se desfazer das ferramentas que atendem aos editores, isso beneficiará concorrentes como o Xandr, da Microsoft, que ainda funcionará com os dois lados do ecossistema de compra de anúncios, disse Bannister.

Com mais opções além do Google, os editores terão mais transparência sobre quanto podem vender espaço publicitário e podem acabar pagando menos em taxas, disse Mandelbaum.

Se bem-sucedido, o processo pode ser “o início de mudanças sérias no modelo de negócios do Google”, disse Paul Gallant, diretor-gerente do Cowen Washington Research Group.

Os ativos que podem ter que ser vendidos podem resultar na perda de dados importantes que ajudam o Google direcionar anúncios para consumidores relevantes, disse ele.

Se o Google perder o acesso a eles, os anunciantes poderão ver os anúncios do Google se tornarem menos eficazes, disse Nikhil Lai, analista sênior da empresa de pesquisa Forrester.

Pelo menos duas vezes antes, o governo dos EUA entrou com ações judiciais contra empresas dominantes com resultados que variaram bastante. Um processo que desmembrou o conglomerado de telecomunicações AT&T, aberto em 1974, resultou em um acordo em 1982 para desmembrar a empresa. Essa separação foi creditada com tendo apoiado uma série de inovações na telefonia.

O processo do Departamento de Justiça dos EUA contra a Microsoft, aberto em 1998, refreou a empresa em um momento em que ela buscava estender seu sistema operacional Windows para navegadores de internet. Apesar do processo ter sido encerrado com acordo entre as partes, especialistas dizem que ele abriu caminho para outras empresas se firmarem na então nascente internet, como o próprio Google.

Com Reuters

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