1 – Fundo da BlackRock compra fatia na Brasol em seu 1º investimento na América Latina

O fundo Climate Finance Partnership (CFP), administrado pela BlackRock, fará sua primeira incursão na América Latina com a aquisição de uma participação minoritária na Brasol, uma empresa brasileira de energia renovável, anunciou a BlackRock nesta sexta-feira (27).

A participação será “perto de 50%”, disse a gerente de portfólio da carteira Anmay Dittman, acrescentando que o investimento será um “caso de teste” para futuras transações na região.

“Estamos muito entusiasmados por ter um pequeno enclave na América Latina e esperamos encontrar muitos outros ótimos investimentos”, disse Dittman, em entrevista coletiva.

O CFP, um fundo público-privado que tem parceria com os governos francês, alemão e japonês, bem como com algumas organizações sediadas nos EUA, visa infraestruturas climáticas de mercados emergentes.

A CFP não divulgou o valor pago pela participação, mas o CEO da Brasol, Ty Eldridge, disse que a injeção de dinheiro ajudará a empresa em seu plano de 1 bilhão de reais para aumentar a sua capacidade de geração de energia.

A Brasol fornece infraestrutura de transição energética — incluindo energia renovável, subestações e equipamentos de mobilidade elétrica — para clientes comerciais e industriais no Brasil por meio de contratos de arrendamento de longo prazo.

A companhia planeja aumentar sua capacidade de geração em 200 megawatts nos próximos 18 meses, disse Eldridge.

Embora a energia solar, o “pão com manteiga” da empresa, seja o foco principal, a Brasol também está estudando outras tecnologias, como o abastecimento de veículos elétricos, disse Eldridge.

“Não posso dizer para onde vai cada dólar”, disse ele. “Mas certamente irá para este amplo portfólio de ativos de transição energética e será certamente mais do que apenas energia solar.”

CEO da Brasol, Ty Eldridge

2 – Marisa assina contrato com BTG Pactual para empréstimo de até R$ 65 mi

A Marisa (AMAR3) informou nesta quinta-feira (26) que assinou um contrato vinculante com o banco BTG Pactual (BPAC11) para tomada de empréstimo de até R$ 65 milhões e prazo de três anos, conforme fato relevante ao mercado.

A varejista disse que o empréstimo está garantido por parte dos direitos creditórios da companhia oriundos de um processo judicial concluído, que diz respeito à incidência de ICMS na base de cálculo de PIS e Cofins.

Segundo a Marisa, a empresa permanecerá proprietária dos direitos creditórios e apenas parte será transformada em precatórios, permitindo à companhia compensar durante a vigência da operação de crédito, no total, cerca de 85 milhões de reais.

“Combinado com a operação de crédito ora anunciada, o reforço de capital de giro será de 150 milhões de reais”, disse a Marisa, que anunciou a operação como uma “volta ao mercado de crédito bancário” que caracteriza um “reconhecimento concreto dos avanços estruturais” implementados pela companhia.

A BR Partners atuou como assessora estratégica e o Lefosse Advogados como assessor jurídico da Marisa.

3 – Suzano investirá R$ 1,66 bi em nova fábrica de papel sanitário, em caldeira e em celulose fluff

A Suzano (SUZB3) anunciou na quinta-feira investimentos de R$ 1,66 bilhão para a construção de uma nova fábrica de papéis sanitários e de uma caldeira de biomassa em Aracruz (ES), bem como a conversão de uma máquina em Limeira, em São Paulo, que elevará a capacidade de produção de celulose fluff da companhia.

Os anúncios foram feitos no mesmo dia em que a Suzano divulgou resultado do terceiro trimestre, com prejuízo líquido de R$ 729 milhões e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 3,7 bilhões de reais.

A nova fábrica de papel sanitário – higiênico e toalha – será a sétima da companhia no Brasil e terá capacidade de 60 mil toneladas anuais, elevando a capacidade total da Suzano no segmento para 340 mil toneladas por ano.

A Suzano espera iniciar a produção da nova fábrica no primeiro trimestre de 2026, após desembolsos de R$ 650 milhões, os quais R$ 520 milhões serão custeados por meio de créditos de ICMS que a companhia tem no Estado.

A empresa já tinha utilizado mecanismo semelhante por ocasião de investimentos anunciados em 2019 para uma primeira fase da reforma de sua fábrica de celulose em Aracruz.

Com informações da Reuters