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5 fatos para hoje: resultado da Totvs; lucro do GPA sobe 1.250% na base anual

Produtora de softwares de gestão e de serviços financeiros teve avanço modesto do lucro no primeiro trimestre.

gpa

1 – Totvs tem forte alta das receitas no 1º tri, mas despesas comprimem margem

A produtora de softwares de gestão e de serviços financeiros Totvs (TOTS3) teve avanço modesto do lucro no primeiro trimestre, uma vez que o aumento robusto das receitas em suas principais linhas de negócios foi compensada em parte por maiores despesas com remuneração a empregados.

A companhia anunciou nesta quarta-feira (04) que sua receita líquida de janeiro a março alcançou R$ 981,1 milhões, um aumento de 36,2% contra um ano antes, com incremento de 25,5% em seu negócio principal de receita de gestão, enquanto a unidade de business performance cresceu 16 vezes e a de serviços financeiros cresceu 48,6%.

A Totvs frisou que teve o maior patamar trimestral de receita de licenças dos últimos nove anos e, mesmo elevando preços, não perdeu clientes.

Porém, as despesas comerciais subiram 42,7%, enquanto as gerais e administrativas evoluíram 38%, estas refletindo a aplicação de dissídio sobre salários.

Com isso, o resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado cresceu 17,5% ano a ano, para R$ 223,3 milhões, mas a margem Ebitda ajustada caiu 3,3 pontos percentuais, a 23,6%.

No mês passado, a Totvs anunciou um acordo por meio do qual terá como sócio na Totvs Techfin, seu negócio de serviços financeiros o Itaú Unibanco, do qual receberá R$ 860 milhões pela fatia.

2 – GPA: lucro consolidado é de R$ 1,4 bi no 1º tri

O lucro líquido consolidado aos controladores do GPA (PCAR3) foi de R$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre de 2022, alta anual de 1.250%. O número foi puxado pelo montante embolsado pela companhia com a venda de pontos comerciais de Extra Hiper para o Assaí. Se consideradas apenas as operações continuadas do grupo, a companhia registrou prejuízo de R$ 111 milhões no trimestre, o que significa a reversão do lucro de R$ 103 milhões registrados no mesmo período de 2021.

A empresa descreveu em seu balanço como a venda dos pontos comerciais aparece nas últimas linhas do balanço.

“Conforme comunicado no dia 4 de abril de 2022, concluímos a cessão dos direitos de exploração de mais 40 pontos comerciais ao Assaí, somando aos 20 realizados no quarto trimestre de 2021, terminamos o primeiro trimestre de 2022 com 60 pontos cedidos, 86% do perímetro da transação. Com isso tivemos no trimestre um lucro líquido das atividades descontinuadas de R$ 1.510 milhões”, escreveu a gestão em seu release de resultados.

O Ebitda ajustado do GPA foi de R$ 655 milhões, uma queda de 12,2% em relação ao registrado um ano antes. A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 10 bilhões, alta de 2,3%.

3 – Senado aprova MP que garante Auxílio Brasil permanente com R$ 400 mensais

O Senado aprovou nesta quarta-feira (4) a medida provisória que garante o pagamento mínimo de R$ 400 mensais para beneficiários do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família no governo do presidente Jair Bolsonaro. O texto foi aprovado de forma simbólica e será enviado para sanção presidencial.

Inicialmente, a medida garantia a transferência de R$ 400 somente até dezembro deste ano. Após uma investida da oposição para aumentar o benefício em R$ 600 na Câmara e colocar em risco o benefício pago atualmente, o governo concordou em colocar o pagamento de R$ 400 de forma permanente. No Senado, o relator da MP, senador Roberto Rocha (PTB-MA), rejeitou as emendas para aumentar o valor.

No ano passado, o Congresso liberou a inclusão da despesa no Orçamento sem necessidade de compensação, driblando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), regra que será imposta apenas se o valor aumentar nos próximos anos.

Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, o governo planeja retomar a proposta de excluir o Auxílio Brasil do teto de gastos públicos, sugestão também defendida hoje pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), escolhido como relator-geral do Orçamento de 2023.

4 – Rússia luta pelo controle de bastião ucraniano em Mariupol

As forças russas batalharam, nesta quarta-feira (04), pelo controle do último bastião da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, segundo autoridades ucranianas, e a União Europeia propôs novas sanções contra Moscou que incluem um embargo gradual ao petróleo da Rússia.

Autoridades de Mariupol dizem que cerca de 200 civis, e também soldados ucranianos, ainda estão presos em uma grande rede de abrigos subterrâneos na siderúrgica de Azovstal, alvo de repetidos bombardeios das tropas russas.

Civis que foram retirados esta semana sob um acordo liderado pela ONU expressaram temor pelos que ainda estão presos no local.

“Deus me livre que mais bombas caíam próximas aos abrigos onde os civis estão”, disse Tetyana Trotsak, que estava entre dezenas de ucranianos que chegaram à cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia, na última terça-feira.

Após não conseguir tomar a capital Kiev nas primeiras semanas de um ataque que matou milhares de pessoas e destruiu cidades, a Rússia acelerou investidas nas regiões sul e leste da Ucrânia, onde a cidade portuária de Mariupol, no Mar de Azov, é o principal objetivo.

A Rússia declarou vitória em Mariupol em 21 de abril, após semanas de estado de sítio e bombardeios. A cidade é chave para as tentativas de Moscou de bloquear o acesso da Ucrânia ao Mar Negro –vital para exportações de grãos e metais– e conectar territórios controlados por russos no sul e no leste da Ucrânia.

O Exército russo disse que pausaria sua atividade militar em Azovstal no período diurno da quinta-feira e nos próximos dois dias para permitir a retirada de civis.

“Putin precisa pagar”

Aumentando a pressão sobre a já combalida economia da Rússia, a UE propôs reduzir gradualmente as importações de petróleo e produtos refinados russos nos próximos seis meses, até o fim do ano.

“Putin precisa pagar um preço, um alto preço, pela sua brutal agressão”, disse a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a parlamentares da UE em Estrasburgo, citando o presidente russo, Vladimir Putin.

O plano, se for concordado por todos os 27 governos da UE, se juntaria a embargos dos EUA e do Reino Unido e seria um divisor de águas ao maior bloco comercial do mundo, que ainda é dependente da energia russa e precisaria encontrar fornecimentos alternativos.

O Kremlin disse que a Rússia estava ponderando várias respostas ao plano da UE, acrescentando que as medidas seriam custosas aos cidadãos europeus.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, renovou o alerta de que Moscou buscaria atingir envios de armas dos EUA e da Otan à Ucrânia.

5 – BNDES torna permanente crédito para cadeia de fornecedores lançado em 2020

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tornou permanente uma linha de crédito para financiar a cadeia de fornecedores de grandes empresas, lançada em junho de 2020, em meio às medidas para mitigar a crise causada pela covid-19. Rebatizada de BNDES Crédito Cadeias Produtivas, a linha permite que as grandes companhias contratantes compartilhem o risco com seus fornecedores, permitindo que eles, geralmente firmas de menor porte, tenham acesso a empréstimos com taxas menores. As grandes funcionam como “âncoras” das operações.

“A empresa âncora contrata o crédito direto com o BNDES e atua como repassadora de recursos para as micro, pequenas e médias empresas de sua cadeia (ancoradas), porém sem auferir lucros ou se remunerar pelo risco, o que lhes confere acesso a um crédito com taxa de juros mais atrativa”, explica o BNDES, em nota divulgada nesta quarta-feira.

O valor mínimo de cada operação com as empresas âncoras é de R$ 20 milhões, mas não há limites para o financiamento de cada fornecedor. A taxa do empréstimo é formado pela TLP (a taxa básica do BNDES, que acompanha as taxas dos títulos públicos) ou a Selic (a taxa básica de juros), mais uma taxa de remuneração de 1,1% ao ano e o “spread” de risco da empresa âncora. O prazo máximo é de 60 meses, com até 24 meses de carência. Empresas de um mesmo grupo não podem ser âncora e ancoradas.

“Sem restrição quanto ao setor elegível e considerando a sua natureza de capital de giro, o BNDES Crédito Cadeias Produtivas se mostra interessante, tanto para os setores que já vislumbram uma retomada econômica e precisam investir, quanto para os que se defrontam com o alongamento dos efeitos da pandemia e passam por restrição de liquidez, evitando, assim, tanto eventuais gargalos no crescimento da cadeia nos períodos de retomada quanto o risco de desmantelamento dos elos menores nos períodos de crise”, diz a nota do BNDES.

Quando foi lançada como medida emergencial ainda no início da pandemia, a linha de crédito tinha orçamento de R$ 2 bilhões. Desde então, foram fechadas quatro operações. Segundo o BNDES, até março de 2022, essas operações desembolsaram R$ 203 milhões, repassados para 157 ancoradas, cumprindo o “efeito multiplicador” da medida.

* Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo.

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