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Ficou sabendo? Tesla deve começar produção de picape; queda no mercado de PCs

Bloqueios e interdições atingiam 20 Estados e Distrito Federal na manhã desta terça-feira; Tesla pretende iniciar a produção em massa da picape elétrica Cybertruck no fim de 2023.

Manifestantes queimam pneus enquanto bloqueiam estradas federais durante um protesto no dia seguinte ao segundo turno da eleição presidencial brasileira, em Várzea Grande, no Estado de Mato Grosso, Brasil 31/10/2022 REUTERS/Rogerio Florentin

Tesla deve começar produção de picape

A Tesla (TSLA34) pretende iniciar a produção em massa da picape elétrica Cybertruck no fim de 2023, dois anos após o objetivo inicial de Elon Musk ter sido revelado em 2019, disseram duas fontes próximas do assunto.

A Tesla disse no mês passado que preparava sua fábrica no Texas para montar o novo modelo em regime de “produção antecipada” prevista para meados de 2023. “Estamos na volta final para a Cybertruck”, disse Musk em conferência com analistas.

Uma produção gradual no segundo semestre do próximo ano significará que a Tesla não terá receita até o início de 2024 para um quarto da produção do novo modelo.

Isso também significa uma espera de mais um ano para as centenas de milhares de compradores potenciais, em um dos lançamentos de veículos elétricos mais aguardados da história.

Em 2019, a Tesla havia projetado um preço inicial de menos de 40 mil dólares para a Cybertruck, mas os preços dos veículos novos dispararam desde então e a montadora aumentou os valores em toda a sua linha.

Uma fonte disse que a Cybertruck foi projetada para usar as baterias 4680 da Tesla. Mas o analista Sam Abuelsamid, da Guidehouse Insights, disse que a empresa não conseguiu aumentar significativamente a produção das baterias, o que pode levar a mais atrasos da picape além do fim de 2023.

Musk disse em outubro que as baterias 4680 não devem ser um fator limitante para a Cybertruck. Ele disse que a produção da bateria estava crescendo exponencialmente, mas não deu detalhes. O bilionário apresentou a Cybertruck em 2019. A empresa adiou o tempo de produção três vezes: do final de 2021 ao fim de 2022, depois ao início de 2023 e, mais recentemente, à meta de meados de 2023 para a produção inicial.

A Cybertruck fará a Tesla entrar num dos segmentos mais lucrativos do mercado dos EUA e será um concorrente de picapes elétricas de empresas como Ford e Rivian.

Em janeiro, Musk citou a escassez de componentes como o motivo para empurrar o lançamento da Cybertruck para 2023.

Queda no mercado de computadores atinge receita da AMD no 3º tri

Um mercado global de PCs pior do que o esperado pressionou os resultados da fabricante de chips AMD no terceiro trimestre, que ficaram abaixo das estimativas de Wall Street.

A AMD, que atua nos mercados de CPUs e processadores gráficos para PCs e data centers, foi duramente atingida porque a inflação prejudicou a demanda por laptops e outros aparelhos eletrônicos, levando os fabricantes a cortar pedidos de chips.

Isso levou a AMD a reduzir no mês passado sua previsão de receita trimestral em cerca de 1 bilhão de dólares.

De acordo com a Counterpoint Research, as vendas de PCs cairão 13% este ano, após terem recuado 19,5% no terceiro trimestre, segundo a empresa de pesquisa Gartner.

“Os resultados do terceiro trimestre ficaram abaixo de nossas expectativas devido ao mercado de PCs mais fraco e ações substanciais de redução de estoque em toda a cadeia de suprimentos de PCs”, disse a presidente da AMD, Lisa Su. Ela acrescentou que os segmentos de data center e consoles de videogames e os chamados mercados integrados ajudaram a sustentar o crescimento.

A empresa espera que a receita do trimestre atual seja de 5,5 bilhões de dólares, com uma margem de variação de 300 milhões. Analistas esperam, em média, receita de 5,85 bilhões de dólares, segundo dados da Refinitiv.

Para 2022, a AMD prevê receita de cerca de 23,5 bilhões de dólares, um aumento de 43% em relação a 2021, ante expectativas de analistas de 23,9 bilhões.

Bloqueios em estradas causam falta pontual de combustíveis em postos

A distribuição de combustíveis no Brasil vive momento crítico, diante das interdições por manifestantes em rodovias, e já foi registrada falta pontual de produtos em alguns postos pelo país, como em Santa Catarina, onde a situação é mais preocupante, disseram representantes do setor.

As distribuidoras temem uma piora do cenário com uma crise de desabastecimento, caso seja mantido o atual cenário de manifestações em diversas regiões do país, disse à Reuters a diretora de Downstream do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Valéria Lima.

A situação atual é agravada por uma falta de coordenação do governo federal para garantir a entrega de produtos aos postos, segundo a diretora do IBP, que representa as maiores distribuidoras de combustíveis do país, como Vibra, Raízen e Ipiranga.

Os principais pontos de atenção quanto ao risco de desabastecimento de combustíveis no momento são Santa Catarina e Paraná, com grandes reflexos em São Paulo, disse Lima.

“É uma situação crítica o que estamos vivendo”, afirmou Lima, em conversa por videoconferência.

As manifestações são realizadas por grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a derrota nas urnas no domingo.

Bloqueios e interdições atingiam 20 Estados e Distrito Federal na manhã desta terça-feira, apesar de decisões judiciais determinando o desbloqueio e diante da demora de Bolsonaro de comentar o assunto.

Lima pontuou que o IBP tem conseguido acessar os órgãos federais para tratar sobre o tema, mas que não houve uma sala de crise montada, como foi feito nas outras vezes em que o país enfrentou manifestações similares em estradas.

“Sem ação coordenada, fica muito difícil atacar isso… Falta realmente um diálogo articulado com governo federal”, pontuou.

Lima explicou que, diante da situação, o IBP tem buscado exercer um papel de coordenação, tentando atuar na medida do possível em contato para além de suas distribuidoras, em conversas com outros agentes de mercado e segmentos que dependem dos combustíveis.

PROBLEMAS PONTUAIS

Em Santa Catarina, os bloqueios nas rodovias atingiram as bases de distribuição de Itajaí, Guaramirim e Biguaçu, prejudicando o abastecimento em várias cidades do Estado, principalmente Joinville, Blumenau, Itajaí, entre outras, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina, Luiz Antonio Amin.

Os bloqueios continuam e os postos estão sem gasolina e etanol, mas ainda há estoques de diesel, acrescentou.

Além de Santa Catarina, houve falta pontual de combustíveis em alguns postos do Paraná, Minas Gerais e Brasília, segundo representantes do setor.

O presidente da Fecombustíveis, James Thorp Neto, frisou, no entanto, que até o momento houve apenas relatos de sindicatos de que alguns postos estão com mais dificuldades, mas que não há uma situação de desabastecimento no país.

Neto frisou ainda que é preciso cautela nestes momentos, já que em situações anteriores o temor de falta de combustíveis acabou levando a uma corrida aos postos, o que provocou o consumo de estoques e a falta de produtos.

“Não tem relatos de cidades desabastecidas, tem relatos de caos pontuais, de postos com estoques mais curtos”, afirmou o presidente da Fecombustíveis, que representa os interesses de cerca de 40 mil postos revendedores de combustíveis que atuam em todo o território nacional.

A reguladora ANP disse em nota que está mantendo contato permanente com as distribuidoras, a fim de monitorar a movimentação das cargas de modo a prevenir que haja desabastecimento.

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