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Quadro da covid-19 no Brasil pode piorar com inverno, diz Fiocruz

Situação permanece crítica e especialistas alertam sobre rejuvenescimento da epidemia no país.

Vacinação de moradores em situação de rua no Rio de 27/1/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
Vacinação de moradores em situação de rua no Rio de 27/1/2021 REUTERS/Ricardo Moraes

O quadro da pandemia de covid-19 no Brasil permanece crítico e pode se agravar nas próximas semanas, diante da chegada do período de inverno, indicou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em boletim publicado nesta quinta-feira, à medida que o país se aproxima da marca de 500 mil mortes em decorrência da doença.

Segundo a instituição, nas semanas epidemiológicas 22 e 23, que cobrem o intervalo de 30 de maio a 12 de junho, a transmissão do coronavírus no país se manteve em um platô elevado, com um pequeno crescimento das taxas de incidência (casos novos) e mortalidade.

As atuais taxas de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) para covid-19, de acordo com os pesquisadores da Fiocruz, mostram que o quadro geral ainda é muito preocupante, uma vez que 18 Estados e o Distrito Federal apresentam taxas de pelo menos 80% — em oito deles, o índice supera a marca de 90%.

Ainda segundo a análise, a tendência de rejuvenescimento da epidemia no país tem se mantido. Na 22ª semana epidemiológica, a idade média dos pacientes internados foi de 52,5 anos, enquanto na primeira semana epidemiológica de 2021 era de 62,3 anos.

“Possivelmente o cenário atual de rejuvenescimento prosseguirá e poderá perpetuar um cenário obscuro de óbitos altos até que este grupo etário esteja devidamente coberto pela vacina. O padrão de transmissão do Sars-CoV-2 no país ainda é extremamente crítico”, disseram os pesquisadores.

Eles voltaram a reforçar a necessidade do uso de máscaras e do distanciamento físico e social sempre que possível, afirmando que somente dessa forma será possível conter a disseminação do vírus enquanto o país não avança na cobertura vacinal das faixas etárias mais jovens.

O Brasil se tornará nos próximos dias o segundo país, após os Estados Unidos, a atingir a marca de 500 mil mortes em decorrência da covid-19. Conforme números publicados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, até o momento foram reportados 496.004 óbitos e 17.702.630 casos da doença.

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