A companhia de alimentos BRF (BRFS3) reportou na terça-feira um lucro líquido de R$ 932 milhões no quarto trimestre de 2021, avanço de 3,3% no comparativo anual, conforme balanço, em meio a ganhos de receita e ajustes para minimizar maiores custos que impactaram o desempenho da empresa no ano.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado do trimestre atingiu R$ 1,68 bilhão, aumento de 6,3%, “mesmo em um cenário adverso e desafiador”, disse a empresa, ainda sob efeitos da pandemia e de um ambiente inflacionário.
A receita líquida obtida pela companhia nos três últimos meses do ano somou R$ 13,72 bilhões, elevação de 19,6% no comparativo anual.
“Encerramos 2021 com receita líquida de R$ 48,3 bilhões, um crescimento de 22,5% quando comparado com 2020, fruto do foco em mix de valor agregado e inovações em nosso portfólio”, afirmou o CEO da companhia, Lorival Luz, no relatório.
“Mesmo em um ano com cenário de agravamento de custos, com reajustes acima de 50% em alguns itens, a BRF reportou resultado bastante resiliente, com Ebitda ajustado de R$ 5,6 bilhões e um lucro líquido de R$ 517 milhões”, disse ele sobre o desempenho anual da empresa, citando o lucro das operações continuadas que ficou no azul, mas 62,8% abaixo de 2020.
No total societário, o lucro líquido do ano foi de R$ 437 milhões, queda de 68,5%, mostraram os dados.
Especificamente no quarto trimestre, o lucro foi impulsionado pelo desempenho do Ebit, que cresceu 11,5% no ano a ano, pela receita líquida e demais reconhecimentos de créditos tributários sobre prejuízos fiscais no valor de R$ 184 milhões, que compensaram maiores despesas financeiras.
A BRF informou que, em 2021, foi adotada a estratégia de redução de alocação de capital de giro, com diminuição na linha de contas a receber, dentre os esforços para limitar o impacto de aumento dos custos e inflação nos grãos, e outros insumos utilizados na formação do estoque.
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