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Eletrobras confirma Rodrigo Limp como CEO e prevê posse até 7 de maio

Eletrobras destacou que o nome de Limp foi “avaliado e recomendado” por um comitê interno.

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Logo da Eletrobras no Rio de Janeiro REUTERS/Pilar Olivares

A Eletrobras (ELET3 e ELET6) disse que seu conselho de administração elegeu nesta sexta-feira (30) Rodrigo Limp como novo presidente da companhia, com posse prevista para 7 de maio, segundo comunicado da estatal ao mercado.

Limp, que vinha atuando como secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia desde 2020 e já foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi indicado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para substituir Wilson Ferreira Jr. no cargo.

Ferreira, que havia assumido o comando da Eletrobras ainda em 2016, na administração do ex-presidente Michel Temer, renunciou à posição em janeiro deste ano, após um convite para presidir a BR Distribuidora (BRDT3), empresa de combustíveis que tem a Petrobras (PETR3 e PETR4) como acionista.

Desde então, a maior elétrica da América Latina vinha sendo liderada pela interina Elvira Presta, diretora de Finanças e Relações com Investidores.

Depois de anunciar sua saída, Ferreira atribuiu o movimento a uma falta de “tração” nos planos do governo para privatização da Eletrobras.

Ele inicialmente seguiu com posição no conselho da elétrica, mas desistiu de acumular as duas funções em meados deste mês.

O novo CEO, por sua vez, tem um currículo com passagens pelo setor público que ainda inclui atuação como consultor legislativo da Câmara dos Deputados na área de recursos minerais, hídricos e energéticos.

A escolha de Limp recebeu elogios de analistas do mercado financeiro, que destacaram que ele é um nome técnico e que tem proximidade com parlamentares, o que segundo alguns poderia ajudar em negociações para aprovação da desestatização da Eletrobras no Congresso.

Após a saída de Ferreira, o governo editou uma medida provisória sobre a privatização da companhia em substituição a um projeto de lei que tratava do tema, em movimento que visou sinalizar ao mercado um compromisso com a proposta.

Sem recomendação

Embora a indicação de Limp tenha sido bem recebida pelo mercado, a Eletrobras admitiu que ele não esteve entre selecionados por uma consultoria contratada pela empresa para assessorar o processo de escolha de um novo presidente.

A situação fez um dos conselheiros da estatal entregar o cargo por preocupações com governança – Mauro Cunha, que havia sido indicado pelo governo ao colegiado, disse em carta de renúncia que viu “quebra irremediável de confiança” no processo de nomeação.

A Eletrobras destacou que o nome de Limp foi “avaliado e recomendado” por um comitê interno de pessoas da companhia e “entrevistado e aprovado, por maioria, pelo conselho de administração”.

O novo CEO é formado em direito e engenharia elétrica e tem MBA Executivo Gestão em Empresa de Energia Elétrica, além de mestrado em Economia do Setor Público e pós-graduação em Direito Regulatório.

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