A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), unidade de negócio que deu origem à holding da família (Novonor), está em vias de entrar com um pedido de recuperação judicial. A dívida é de US$ 4,6 bilhões.
Com US$ 46 milhões em bonds vencendo em outubro, a empresa está em negociações com o BTG Pactual para um empréstimo, segundo pessoas a par do assunto.
O BTG está negociando para fornecer um empréstimo “debtor-in-possession” após o início do processo de recuperação judicial, disseram as pessoas. O empréstimo seria de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões. Representantes da OEC confirmaram o pedido de recuperação judicial, sem mais comentários. O BTG e demais assessores financeiros e jurídicos não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A OEC, que chegou a um acordo de recuperação extrajudicial de US$ 3 bilhões em 2019 com credores, nunca se recuperou totalmente dos efeitos da Operação Lava Jato, que levou a um pedido de recuperação judicial da holding Odebrecht SA, agora chamada Novonor.
A unidade disse em suas demonstrações financeiras do ano passado que está em dificuldades devido à redução dos gastos públicos em grandes projetos após a pandemia e à falta de crédito para infraestrutura.
A empresa também foi prejudicada pelas provisões que precisou fazer por causa da redução esperada no valor recuperável de pagamentos do governo da Venezuela e pela contabilização de títulos reestruturados pela Novonor Finance garantidos pela OEC.
A empresa registrou prejuízo de R$ 741,5 milhões no ano passado.
A empresa está trabalhando com os assessores jurídicos Cleary Gottlieb Steen & Hamilton e E.Munhoz Advogados, enquanto o Lazard atua como assessor financeiro, disseram as pessoas. Os detentores de títulos contrataram o White & Case e o Padis Mattar Advogados como assessores jurídicos e a Moelis como assessora financeira, segundo as fontes.
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