Notícias Marketing – InvestNews https://investnews.com.br Sua dose diária de inteligência financeira Thu, 18 Apr 2024 13:57:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2024/03/favicon-96x96.ico Notícias Marketing – InvestNews https://investnews.com.br 32 32 InvestNews firma acordo com The Wall Street Journal e renova equipe https://investnews.com.br/negocios/investnews-firma-acordo-inedito-com-the-wall-street-journal-e-renova-equipe/ Mon, 25 Mar 2024 10:41:33 +0000 https://investnews.com.br/?p=565777 O InvestNews, veículo multiplataforma especializado em economia, negócios, finanças e investimentos, amplia sua oferta de conteúdo por meio de um novo acordo com The Wall Street Journal e anuncia a contratação de renomados profissionais do mercado editorial brasileiro. 

O novo planejamento para o InvestNews envolve a reformulação do projeto editorial, com o desenvolvimento de novos canais, melhoria da experiência on-site, investimento em conteúdo premium e exclusivo, bem como trilhas de conteúdo voltadas a tecnologia e lifestyle. 

O InvestNews estabeleceu um acordo focado em conteúdo com o The Wall Street Journal e passará a oferecer uma curadoria das notícias mais relevantes de uma das principais organizações globais de mídia, traduzidas para o português, exclusivamente para a audiência do IN. 

Chegada de nomes que são destaque no setor

O jornalista Edward Pimenta assumiu o comando do portal em janeiro deste ano, após longa carreira em empresas como Editora Abril e Grupo Globo. Ele é responsável pelas frentes editorial e comercial do veículo, que estreia novo plano editorial. 

Juntam-se a ele Raquel Balarin, que assume como editora-chefe, e Diego Macedo, como head de audiência. Raquel tem 35 anos de carreira, foi diretora de redação do InfoMoney e de conteúdo digital do Valor Econômico, veículo que ajudou a fundar e no qual permaneceu por quase 20 anos. Diego foi diretor do Mercado Consumidor na Editora Globo, atuando no desenvolvimento da audiência de marcas como O Globo, Valor Econômico, Rádio CBN, Globo Rural e Autoesporte, entre outras.

Outros seis profissionais, com experiências diversas em veículos da imprensa brasileira, passam a integrar o time:

  • Alexandre Versignassi, jornalista e autor especializado em economia e ciência, com passagens por publicações como as revistas Superinteressante e Você S/A
  • Eduardo Araújo Silva, analista de comunicação sênior com formação em Engenharia de Produção pelo Senac e cursando MBA em Digital Business pela USP/Esalq; 
  • Gregory Prudenciano, jornalista e apresentador com foco em economia e negócios, com passagens por Agência Estado/Broadcast, CNN Brasil e Suno Notícias
  • Lucinda Pinto, jornalista com mais de 30 anos de vivência na cobertura de economia, finanças e negócios, com passagens por Valor Econômico e InfoMoney;
  • Renato Santiago, jornalista e co-fundador dos canais Market Makers e Stock Pickers, com vasta expertise editorial no mundo das finanças; 
  • Olívia Bulla, jornalista especializada em economia e mercado financeiro, com quase 20 anos de experiência.

Eles reforçam a atual equipe, composta pelo jornalista Dony de Nuccio, que desde 2020 atua como apresentador dos programas da marca, Daniela Arbex (motion designer), Erica Martin (repórter), Janaína Ribeiro (repórter), Jefferson Pereira (gerente de marketing) e Marcelo Zanutto (editor de vídeo).

Nova identidade visual

O portal passou por um rebranding liderado pela agência Tég, Bureau de inteligência criativa. O projeto contempla uma nova marca e sistema visual reformulado, além de interface para o site e redes, que refletem sua visão de futuro. O visual é mais leve, contemporâneo e sofisticado, e reflete o momento da companhia. 

Para o seu desenvolvimento, foram feitos estudos que mapearam as principais tendências, bem como as convenções históricas do setor, que serviram de inspiração para o desenvolvimento de uma identidade única e autônoma – considerando a construção de rapport (técnica para criar empatia) e credibilidade com stakeholders locais e globais.

“O IN está evoluindo em sua jornada como veículo empenhado em oferecer jornalismo de qualidade e informação útil, entregando um conteúdo premium que incorpore clareza, inteligência e brevidade. Nosso objetivo é tornar ainda mais simples o entendimento de assuntos complexos e facilitar a vida da nossa audiência”, ressalta Edward Pimenta, diretor do InvestNews.

Sobre o InvestNews: O InvestNews é um portal especializado em economia, negócios e finanças, criado em 2020. Com uma média de 2 milhões de visitas mensais em seu site e um canal no YouTube com 608 mil seguidores, o InvestNews busca oferecer conteúdo de qualidade e acessível para seus leitores.

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Crescimento menor do streaming é sinal de ‘mercado maduro’, mas diversificação de receitas é dúvida https://investnews.com.br/negocios/crescimento-menor-do-streaming-e-sinal-de-mercado-maduro-mas-diversificacao-de-receitas-e-duvida/ Fri, 01 Mar 2024 06:32:31 +0000 https://investnews.com.br/?p=560306 O crescimento do número de assinantes de plataformas de streaming, que parecia desenfreado na pandemia, agora vem mostrando sinais de que o limite está próximo. Se para alguns o dado pode ser um sinal amarelo para o futuro desse tipo de serviço, nas empresas isso tem originado estratégias diferentes para a manutenção da rentabilidade. E, segundo especialistas, as próximas curvas desse caminho passam por um consumidor mais seletivo e necessidade de diversificar receitas

Nos Estados Unidos, o aumento no número de assinantes de serviços de streaming caiu pela metade em 2023, de 21,6% em 2022 para 10,1%, segundo dados da empresa de pesquisa Antenna noticiados pela agência Reuters. 

Streaming (Imagem: Imagem de yousafbhutta por Pixabay)
Streaming (Imagem: Imagem de yousafbhutta por Pixabay)

Entre os sinais sobre o futuro do streaming nesses números, um deles é de que “nós estamos falando agora de um mercado maduro” após o crescimento veloz durante a crise de covid-19, “numa espécie de saturação“, segundo Arthur Igreja, autor e palestrante especializado em inovação. 

Ele acrescenta que, com o surgimento de várias plataformas na esteira da Netflix (NFLX34), os usuários passaram a contar com uma disponibilidade grande de conteúdo, mas fragmentada em muitos serviços – o que é tão incômodo para o consumidor quanto ter muitos dispositivos de tecnologia em vez de um único que concentre várias necessidades.

“As pessoas estão começando a fazer uma seleção mais cuidadosa da assinatura que elas vão manter”, diz Igreja.

Nesse cenário, pensando nas expectativas que recaem sobre as empresas do setor, Thomas Monteiro, estrategista-chefe do Investing.com, aponta que “o mercado precificou que elas iriam continuar crescendo de uma maneira que era inviável”. Mas ele pondera: “Isso não significa que o streaming seja um negócio em decadência, significa que ele é um negócio em adaptação.”

De qualquer maneira, à luz dos dados sobre a queda no número de novos assinantes, o economista Bruno Corano aponta que é preciso cautela nas análises. “Falam que ele está despencando, mas se a gente pegar a curva antes da pandemia, ele está abaixo daquilo? Não, o mercado segue ainda maior do que era.”

De fato, os dados da Antenna mostram que a expansão geral mais do que dobrou em quatro anos, sinalizando uma tendência constante de renovação de assinaturas.

Se todo o problema fosse esse…

É inegável que a curva no número de assinantes ocupa grande parte da atenção do mercado, mas há outro ponto sob os holofotes: como as empresas ganharão dinheiro se (ou quando) as novas assinaturas minguarem de vez?

“Esse tem sido um problema na verdade até maior do que o crescimento de usuários para muitas empresas”, diz Monteiro sobre a necessidade de diversificação de receitas. Ele cita o mercado de anúncios e suas dificuldades, “porque esse é um mercado muito sensível a taxas de juros”. 

Mas, independentemente dos desafios do mercado publicitário, a presença de propagandas nas plataformas de conteúdo não é ponto pacífico entre os especialistas. Para Igreja, a perda de qualidade “vai um pouco contra a promessa inicial do streaming”. 

“Os serviços de streaming estão testando, flertando com isso, até para de repente criar pacotes mais baratos – eu atraio a pessoa e pode ser que ela queira migrar para um plano premium e eliminar os anúncios. Mas isso degrada a experiência.”

o Arthur Igreja, autor e palestrante especializado em inovação

Se seguir nessa tendência, para o especialista, o streaming “está começando a ir contra uma série de premissas que tínhamos como vantagens de inovação“, e ficando assim “cada vez mais parecido com TV por assinatura“. 

Mas receita é receita. Falando da Netflix, Corano analisa que “o modelo da assinatura com anúncios permitiu que ela penetrasse num mercado em que até então não estava conseguindo navegar. Então, todo mundo veio na mesma e começou a criar pacotes semelhantes”. 

No entanto, Igreja lembra que as tentativas por novas fontes de faturamento para o streaming não precisam se encerrar nos anúncios – embora, entre os exemplos lembrados, como games na Netflix, nenhum tenha sido classificado como um sucesso. “Nenhum serviço conseguiu criar uma linha de receita muito relevante.”

Ainda assim, no 4º trimestre de 2023 a receita da Netflix subiu para US$ 8,8 bilhões, superando as projeções da própria empresa, de US$ 8,7 bilhões.

Enquanto isso, o desafio para manter boa rentabilidade continua. “Ou seja, diversificar as receitas tem sido importante, mas também tem sido importante a outra ponta, que é tornar-se mais eficiente, quer dizer, produzir conteúdo mais barato, com margens melhores“, diz Monteiro. 

Empresas diferentes, estratégias diferentes

As incertezas sobre as novas tendências do mercado de streaming vêm impactando as expectativas sobre as empresas de forma heterogênea. Um dos pontos principais é a quantidade de alternativas que cada companhia tem nas mãos, aponta Igreja. 

Isso significa, por exemplo, que, enquanto para Netflix “o streaming se encerra nele mesmo”, para a Amazon (AMZO34) o serviço “Amazon Prime” representa uma estratégia extra ao negócio da empresa, assim como o Mercado Livre (MELI34) e seu “Mercado Play”. 

“A pessoa está vendo uma série da Prime em que alguém está usando um notebook da marca X, eu posso ver depois na página inicial da Amazon aquele notebook, a roupa que estava sendo usada.”

Disney_1

Enquanto isso, outras seguem com sua estratégia em busca da expansão. A Disney (DISB34), por exemplo, anunciou na quinta-feira (28) uma fusão com o principal conglomerado da Índia, Reliance Industries, envolvendo os ativos de televisão e streaming no país, num movimento para tentar conter a saída de usuários de sua plataforma por lá. 

O negócio ocorre em um momento considerado delicado para a empresa. Recentemente, o executivo Bob Iger retornou como presidente-executivo da Disney, menos de um ano depois de se aposentar, e desde então tem buscado uma reestruturação. 

Assim, enquanto mira em outros mercados, a Disney tem “modelos diferentes” dentro da própria empresa, diz Moneiro. “Você tem um grupo que quer um modelo mais conservador e outro grupo que acredita que pode tomar por assalto e de fato passar o crescimento de usuários da Netflix, tomar outros mercados.”

“A Netflix tem uma vantagem que é muito grande que é uma capacidade de crescer globalmente muito superior”, complementa o especialista. 

Enquanto isso, no Brasil

Apesar de ser um mercado considerado grande, os especialistas não enxergam que o Brasil deva estar no topo da lista de prioridades de investimentos das grandes empresas de streaming no curto prazo. “Isso não significa que não vão haver investimentos no Brasil. No entanto, não é o foco do crescimento dessas empresas no momento”, acredita Monteiro. 

Mas isso não quer dizer que não haja representante interno da corrida pelo sucesso no segmento do streaming. Maior grupo de mídia nacional, a Globo não esconde que o Globoplay é uma de suas principais apostas. 

Entre outras medidas, a empresa expandiu recentemente o sinal de transmissão do canal de TV no serviço de streaming. A ideia era aumentar o número de usuários da plataforma para, na sequência, pensar em formatos de publicidade adaptados. 

Em um evento que reuniu empresários do setor em São Paulo em outubro, Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, disse que a empresa “investe R$ 5 bilhões por ano em conteúdo e tecnologia”.

Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, e Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade (Foto: Divulgação/Globo)
Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, e Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade (Foto: Divulgação/Globo)

“É interessante ver o tamanho do investimento que a Globo faz em tecnologia, é louvável, está tentando se adaptar”, diz Igreja.

No entanto, os especialistas apontam que a empresa brasileira tem obstáculos pela frente que a distanciam das expectativas sobre as estrangeiras como Netflix. 

“A Globo possui um modelo que é muito particular, com produção audiovisual caríssima, muitos custos fixos, como o de ter um terreno enorme para as produções particulares. De certa forma então a Globo de fato enfrenta o problema de ter tido sucesso”, diz Monteiro, emendando que esse “é um desafio que a Netflix nunca enfrentou porque ela já vem como uma empresa enxuta por essência”.

De qualquer forma, a empresa brasileira guarda alguma semelhança com os desafios que as demais estão enfrentando lá fora, segundo o especialista: “basta ver o que aconteceu no ano passado, com uma greve de roteiristas. Nós estamos vendo uma era muito diferente e está todo mundo tentando entender como essa conta vai fechar com a produção de conteúdo ficando cada vez mais cara.”

Manifestação em frente aos escritórios da Netflix durante a greve dos roteiristas em Los Angeles 02/05/2023 REUTERS/Aude Guerrucci
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Do The Office para o Nubank: fãs de Leslie David Baker podem ‘esbarrar’ com o ator em experiência guiada https://investnews.com.br/geral/do-the-office-para-o-nubank-fas-de-leslie-david-baker-podem-esbarrar-com-o-ator-em-experiencia-guiada/ Wed, 28 Feb 2024 11:46:32 +0000 https://investnews.com.br/?p=559626 O ator que interpreta o personagem Stanley Hudson, em The Office, estará circulando em um tour guiado pela Vila Madalena, na capital paulista, entre os dias 2 e 3 de março. O motivo? A inauguração do “Planos no Papel” – a papelaria do personagem da mais nova campanha do Nubank que conta de forma humorada a história de Leslie David Baker durante suas férias no Brasil.

O filme do banco, que tem duração de 7 minutos, mostra o ator americano se apaixonando pelo país a ponto de abrir seu próprio negócio. E é no Nu que ele encontra o apoio necessário no processo de reorganizar suas finanças e ainda desfrutar do tempo livre para aproveitar o Brasil.

Neste final de semana, os clientes do Nubank, fãs do astro e público em geral podem “esbarrar” com o personagem durante uma experiência imersiva que vivencia o mundo retratado no filme lançado recentemente.

O espaço está sujeito à lotação; os visitantes terão um tour guiado, explorando áreas temáticas inspiradas pelo personagem de Leslie na campanha.

“Ao longo da jornada, as pessoas terão a oportunidade de descobrir referências relacionadas ao filme e ao Nubank, tirar fotos em cenários especiais e receber produtos exclusivos (conforme disponibilidade no estoque) para marcar o momento”, segundo o Nubank.

Mas apenas os fãs mais sortudos poderão ver o “dono” da Planos do Papel – que deve visitar o local em alguns horários.

Serviço:

Planos no Papel, a papelaria do Leslie David Baker com o Nubank

02 e 03 de março, das 10h às 18h.

Rua Aspicuelta, 145, Vila Madalena. 

Duração da visita: 15 minutos.

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IA semelhante ao ChatGPT vai parar no atendimento ao cliente de companhias aéreas https://investnews.com.br/negocios/ia-semelhante-ao-chatgpt-vai-parar-no-atendimento-ao-cliente-de-companhias-aereas/ Wed, 21 Feb 2024 20:22:36 +0000 https://investnews.com.br/?p=558238 “Se você quer começar a ler este texto, aperte 1. Se quer falar com um atendente, aperte 2.” Estranho? Irritante? Sabendo que o tom robótico e o esquema das chamadas “árvores de decisão” do atendimento automático pode incomodar muitos clientes, empresas têm investido no uso de inteligência artificial generativa – como o famoso ChatGPT –, para tornar mais naturais as conversas com as máquinas. Entre as aéreas, a Gol anunciou a novidade, enquanto a Azul se prepara para fazer o mesmo. Mas, enquanto isso, um erro do robô da Air Canada reforça a dúvida se o atendimento ao cliente por IA pode ser mesmo confiável. 

Avião da GOL Linhas Aéreas se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro 21/03/2019 REUTERS/Sergio Moraes

Na última sexta-feira (16), a Gol (GOLL4) informou que passou a desenvolver iniciativas com uso de IA do Microsoft Azure OpenAI Service. Uma das frentes do projeto inclui aprimorar as funcionalidades de um chatbot do site da unidade de logística da Gol, utilizado pelos clientes para dúvidas variadas. 

Na versão atual, a tecnologia utilizada é baseada em “árvores de decisão”, em que “o cliente precisa ir clicando nas opções para chegar à resposta desejada de forma estática”, conforme explicou Rodrigo Fernandes Garcia, diretor de digital, inovação e tecnologia da Gol. Mas, futuramente, a ideia é integrar IA generativa ao chatbot, permitindo que o passageiro faça seu auto-atendimento pela máquina de forma mais fluida. 

Jose Luiz Belixior, diretor de atendimento e clientes da Gol, diz que, com a implementação da IA generativa, a empresa está “entrando em uma nova era de eficiência e satisfação do cliente”. Em nota enviada ao InvestNews, ele aponta que essa tecnologia “ajuda a reduzir significativamente os tempos de espera, uma das maiores frustrações no atendimento ao cliente”.

A empresa ainda espera vantagens como disponibilidade de atendimento em todos os dias e horários, personalização, melhora na gestão de grandes volumes de consultas, análise de dados e redução de erros humanos, conforme listou Garcia. 

Não é só a Gol

A Gol não é a única aérea de olho em IA generativa para atender os clientes. Em nota enviada ao InvestNews nesta quarta-feira (21), a Azul (AZUL4) informou que “está aprimorando uma ferramenta para a incorporação da IA generativa para usos específicos nos chats de atendimento ao cliente, com o objetivo de oferecer novos recursos que auxiliarão os clientes com as dúvidas e solicitações”. 

A reportagem também procurou a Latam para questionar se a companhia também utiliza ou pretende adotar IA generativa no atendimento aos clientes. A empresa informou que faz uso a ferramenta para monitoramento de diversos serviços e operações, mas não citou uso de IA generativa em contato de clientes. 

Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro
Avião da Azul se prepara para pousar no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro 21/1/2019 REUTERS/Sergio Moraes

De qualquer forma, não são somente as companhias aéreas que estão de olho nesse tipo de funcionalidade. Segundo uma pesquisa brasileira feita com 83 empresas que produzem bots, o volume de robôs de conversação já desenvolvidos no país mais que dobrou entre 2022 e 2023, passando de 317 mil para 671 mil. 

E esse avanço foi puxado justamente pelo segmento de atendimento ao cliente, que responde por 64% da demanda entre as empresas que contratam o desenvolvimento de bots – bem acima da segunda colocação da lista (10% no setor de vendas). Os números fazem parte da Pesquisa Panorama Mobile Time – Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots, de agosto de 2023.

Uma ‘máquina menos máquina’

Uma das principais vantagens de usar tecnologia semelhante ao ChatGPT para atender clientes é suavizar a percepção de atendimento “desumanizado”. É o que comenta o especialista Jeferson Mola, professor de Marketing da Trevisan. “Sob uma perspectiva mercadológica, acho extremamente positivo tudo que vier pra melhorar um chatbot na experiência do consumidor”, afirma. 

Ele cita o desconforto que muitas pessoas, independentemente da geração, sentem ao tentar resolver um problema e se deparar com perguntas e respostas automatizadas, e que nem sempre chegam a uma solução. Nesse sentido, para ele, um atendimento que se assemelhe mais com uma conversa pode ser benéfico. 

Programação, computador (Imagem de StockSnap por Pixabay)
Programação, computador (Imagem de StockSnap por Pixabay)

“Para o consumidor que já teve contato com chatbot, pode ser que a primeira percepção (de uma conversa com IA generativa) seja de que melhorou”, diz Mola. 

Ele ainda cita ainda que “uma iniciativa como essa da Gol de trabalhar com a inteligência generativa é muito interessante porque vai evitar exatamente a ‘árvore de decisão’, que é uma coisa muito chata para o consumidor.”

Você sabe com quem está falando?

Mas a “naturalidade” da conversa com uma máquina pode representar um problema ético, na visão de Mola. Isso aconteceria “se essa inteligência chegar a tal ponto, como a gente imagina que possa vir a ser no futuro, de o cliente não saber com quem está falando”, máquina ou atendente humano. 

Segundo Rodrigo Fernandes Garcia, a Gol está atenta a esse ponto. “É fundamental que os clientes estejam cientes de que estão interagindo com uma inteligência artificial (IA) quando utilizam serviços de atendimento”, afirma o diretor. 

Ele diz que “informar aos clientes que eles estão interagindo com uma IA ajuda a construir um relacionamento de confiança”, e acrescenta que “em muitas jurisdições, as leis de proteção ao consumidor e privacidade de dados exigem que as empresas informem os usuários quando estão interagindo com sistemas automatizados.”

Atendimento humanizado sem humano?

Mas nem tudo são vantagens. “A desvantagem que eu vejo está mais relacionada não à parte de tecnologia, mas ao uso da tecnologia como a única solução para a resolução dos problemas do consumidor”, afirma Mola. 

“Quando eu vejo todas essas organizações trabalhando e falando na tecnologia como a salvação da lavoura no atendimento ao cliente, isso me assusta, porque não é. Atendimento ao cliente envolve atendimento”. 

Jeferson Mola, professor de Marketing da Trevisan

Nesse sentido, a preocupação é que o consumidor tenha a possibilidade de optar por atendimento feito por uma pessoa, independentemente do grau de personalização oferecido por um chatbot

Questionada pelo InvestNews, a Azul disse em nota que “acredita na integração da IA com o atendimento humano como forma de melhorar ainda mais o relacionamento com os clientes”. De forma semelhante, Belixior, da Gol, menciona “equilíbrio entre o atendimento automatizado por IA”

“Além disso, um dos papéis chave da IA é identificar sinais de frustração ou insatisfação dos clientes e, nessas situações, facilitar uma transferência suave para um atendente humano.”

Jose Luiz Belixior, diretor de atendimento e clientes da Gol

Mola vê com bons olhos esse equilíbrio, mas acrescenta outro ponto sensível: a quebra da expectativa de que todo atendimento humano seja capaz de resolver problemas que a máquina não consegue. Isso porque o elemento principal para que isso aconteça é autonomia, e não automação. 

“Existem experiências péssimas com atendimento de carne e osso porque aos atendentes é dada somente uma função, não autonomia. Um atendente que não resolve absolutamente nada, entre ele e o robô tanto faz.”

Dá para confiar no robô?

Embora a experiência do ChatGPT seja considerada disruptiva, o sistema não está livre de erros de informação. E, se muitas pesquisas podem trazer dados desatualizados ou incorretos, o mesmo pode acontecer com o serviço de IA generativa de uma empresa. 

Então, dá para confiar na solução que a IA oferece aos clientes? Para os da Air Canada, nem sempre. Pelo menos a julgar pelo caso do passageiro Jake Moffatt, divulgado em diversos veículos de imprensa. Segundo as reportagens, após a morte de sua avó, Moffatt entrou na página da companhia e foi atendido por um chatbot que informou que usuários que reservam viagens de última hora por motivo de tragédia têm as tarifas reduzidas.

Avião da Air Canada (Imagem de Cor Gaasbeek por Pixabay)
Avião da Air Canada (Imagem de Cor Gaasbeek por Pixabay)

Ele então comprou os bilhetes, mas não conseguiu o desconto. Na justificativa, a empresa informou que as “taxas de luto” só são aceitas antes do voo, e não após a viagem, e ainda disse que o chatbot é uma entidade legal separada, e que o passageiro deveria ter procurado pela política de luto no site da companhia.

O caso foi parar na Justiça, com ganho de causa para Moffatt. Na decisão, o juiz argumentou que o cliente não é obrigado a saber que uma seção da página da empresa é precisa e outra não. A companhia teve que reembolsar o passageiro.

À luz de casos como esse, Mola, da Trevisan, reforça que um dos principais pontos de alerta no uso de IA generativa no atendimento aos clientes é a diferença entre transmitir informações e tomar decisões. “Quando a gente está falando de tecnologia, ela tem que vir pra ajudar na prestação do serviço. Não pode estar exclusivamente voltada a reduzir custos ou diminuir tempo de atendimento.” 

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De ruas a camarotes, grandes marcas dominam patrocínio do Carnaval em 2024 https://investnews.com.br/negocios/da-rua-ao-camarote-grandes-marcas-dominam-patrocinio-do-carnaval-em-2024/ Sat, 10 Feb 2024 08:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=555751 Uma das festas mais lucrativas do país, o Carnaval pode movimentar R$ 9 bilhões em 2024 – 10% a mais que ano anterior, prevê a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De olho no potencial de exposição durante a folia, grandes marcas têm investido pesado em publicidade e patrocínio a grandes eventos – de blocos de rua aos desfiles nos sambódromos e seus badalados camarotes.

A Ambev é a patrocinadora oficial nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, o que garante à marca exclusividade na venda de bebidas do grupo nas ruas dessas cidades. Segundo as respectivas prefeituras, a empresa investiu pelo menos R$ 90,6 milhões.

Já os blocos de rua, tão dependentes de patrocínio dado o alto custo com segurança e estrutura de som, terão como parceiras marcas como Brahma, Stanley, Converse, Vivo, Stellantis, iFood, Ello, Amstel, entre outras. Mas apenas os grandes atraem atenção das companhias de peso.

Um exemplo é o Galo da Madrugada, considerado o maior bloco de Carnaval do mundo, na capital pernambucana. O bloco conta com os patrocínios de Brahma, Jeep, Bradesco, Sorriso, Tetra Park, Burger King, Assaí, Coral, além da Esportes da Sorte como patrocinadora oficial.

São Paulo: a nova capital do Carnaval de rua

O estado de São Paulo deve ser o campeão de faturamento durante a festividade, segundo a CNC, já que a expectativa é de que arrecade R$ 16,3 bilhões, seguido por Rio de Janeiro (R$ 5,3 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,2 bilhões) Bahia e Rio Grande do Sul (R$ 2,7 bilhões cada).

São esperados mais de 15 milhões de foliões nos mais de 536 desfiles pelas ruas de São Paulo (16% a mais do que no ano passado).

Apesar do número de blocos confirmados ser recorde, 129 cancelaram a participação este ano. Blocos menores acabam não atraindo o interesse das marcas em patrocinar, já que são os grandes onde estão os olhares. Logo, não são todos que tem bolso pra colocar uma estrutura na rua.

Bloco Maluco Beleza Foto: EDSON LOPES JR./SECOM

A maior capital do país – e do Carnaval de rua em número de foliões e blocos – terá a Ambev como patrocinadora master, uma vez que o grupo cervejeiro venceu pelo terceiro ano consecutivo a licitação ao oferecer um lance de R$ 26,6 milhões no pregão da prefeitura. Os valores servem para cobrir os custos da administração municipal com o evento, e não dos blocos, já que o patrocínio é individual.

Ainda assim, a Ambev terá direito a divulgar até 10 marcas e produtos na festa. Brahma, Beats, Guaraná Antarctica, Zé Delivery e Ambev estão entre elas. Já Spaten, Corona e Stella Artois estão sendo vendidas em isopores e pontos de venda.

A holding informou que fará também ativações de marketing em festas privadas além de patrocinar cerca de 150 blocos espalhados pelo Brasil.

“Nosso objetivo é que, seja no sambódromo, nas ruas, em casa ou no pós-folia, cada brasileiro tenha uma Ambev para chamar de sua”.

As projeções de vendas da holding para o Carnaval de 2024 não foram informadas, porém, são eventos grandes como este, assim como Copa do Mundo e festas de final do ano, que impulsionam as receitas, segundo a companhia.

O grupo cervejeiro tem ações de marketing por todo o Brasil neste Carnaval, a exemplo da sua marca Beats que tem como embaixadores Anitta e Pedro Sampaio. “Marcamos presença nos famosos “Ensaios da Anitta”, que, além de Beats Tropical, conta com os nossos bebedouros, para os foliões e foliãs”.

Ensaios da Anitta | Foto: Instagram Anitta

Já através da marca Guaraná foram fechadas parcerias com mais de quinze blocos e camarotes.

Com a Brahma, patrocinadora oficial dos carnavais de rua de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, a Ambev estará presente camarotes mais tradicionais do Brasil: o Camarote Brahma Nº1, no Rio; Camarote Bar Brahma, em São Paulo e Camarote Brahma em Salvador. 

Nestes espaços há geralmente shows nacionais e internacionais, open bar, buffets assinados por chefs renomados, espaços de beleza e spa.

Este ano, os preços para acesso aos camarotes paulistanos variam entre R$ 245 até R$ 4 mil – por dia e por pessoa. Mas no Rio e em Salvador, os valores para acessar tais espaços são ainda maiores, podendo chegar a R$ 7 mil.

Mas para além da gigante cervejeira, grandes empresas também patrocinam a festividade pelo Brasil, como a galera.bet, casa de apostas que já foi parceira comercial da Seleção Brasileira de Futebol.  A empresa será a patrocinadora oficial do Sambódromo do Anhembi por quatro anos a contar de 2024.

Rio de Janeiro: 8 marcas no meio da folia

Já na capital fluminense, o patrocínio do Carnaval de rua em 2024 junto à prefeitura está fechado desde agosto, no valor de R$ 38 milhões por ano, até 2026. A Dream Factory, intermediadora que venceu a licitação, confirmou que fechou contrato com oito marcas para a folia: Brahma, Zé Delivery, Beats, Guaraná Antarctica, Mercado Pago, iFood, ⁠99 Moto e PixBet.

Além da contratação das marcas, o grupo também é encarregado por fornecer outros serviços aos foliões, como banheiros químicos, postos médicos, canteiros nos trajetos dos blocos, entre outros.

Adobe Stock

Segundo o VP de Marketing & Negócios da empresa, Cláudio Romano, o investimento privado originado dos patrocínios é fundamental para proporcionar conforto e segurança não apenas para os foliões, como turistas, moradores e inclusive aqueles que não curtem Carnaval, mas que contam com a infraestrutura da Riotur, operacionalizada pela Dream Factory. 

O valor investido pelas empresas não foi divulgado “por respeito à confidenciabilidade do contrato com as marcas”.

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Além do Super Bowl: os planos da NFL para a expansão no Brasil  https://investnews.com.br/negocios/alem-do-super-bowl-os-planos-da-nfl-para-a-expansao-no-brasil/ Fri, 09 Feb 2024 08:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=555723 O Super Bowl, final do campeonato de futebol americano realizado pela National Football League (NFL), acontece neste domingo (11), em Las Vegas. À primeira vista, a partida entre Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers parece até não despertar grande interesse dos brasileiros, mas é um engano: segundo a NFL, entre 35 e 38 milhões de pessoas consomem NFL no país, em graus variados de entusiasmo. 

Um mercado deste tamanho não passou despercebido pelos executivos que comandam os 32 times da NFL. Neste ano, pela primeira vez, o Brasil vai receber um jogo regular da liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos. O jogo já tem até data para acontecer: será no dia 6 de setembro no estádio do Corinthians, a Neo Química Arena, em Itaquera. A partida já tem confirmada a participação do Philadelphia Eagles. 

NFL in Brasa, de 2023. Divulgação/Effect Sport.

O Statista, site alemão especializado em dados, estima que a temporada passada da NFL tenha faturado mais de US$ 18,6 bilhões. Para efeito de comparação, a maior liga de futebol do mundo, a britânica Premier League, faturou pouco mais de US$ 7 bilhões na temporada atual. 

A chegada de uma partida da NFL ao Brasil não acontece à toa. É fruto de um casamento de interesses entre a que é considerada a liga esportiva mais rica do mundo, a prefeitura de São Paulo, que trabalhou nos últimos anos para se aproximar da liga, e de patrocinadores locais interessados em promover suas marcas para um público que é majoritariamente composto por pessoas das classes A e B, segundo a NFL Brasil. 

São Paulo e a NFL

Para hospedar um jogo oficial da liga, a capital paulista superou as concorrentes Madrid, Barcelona e Rio de Janeiro. O impacto econômico gerado pelo jogo em setembro deve ficar na casa dos US$ 60 milhões. 

“São Paulo quer ser a capital da NFL na América do Sul, porque a gente enxerga a importância do esporte no que diz respeito ao impacto econômico e turístico na cidade”.

presidente da SP Turis, Gustavo PireS.

De acordo com Pires, pesou a favor de São Paulo o interesse da NFL em estabelecer no Brasil uma base maior de fãs dedicados, a rede hoteleira da cidade – a maior da América Latina – e a vocação global da cidade, já acostumada a receber grandes eventos internacionais como a Fórmula 1 e festivais de música como o The Town e o Lollapalooza. 

NFL in Brasa, de 2023. Divulgação/Effect Sport.

O namoro entre a cidade e a liga americana começou há alguns anos, mas ganhou tração a partir de 2021, quando a SP Turis deixou claro para a NFL o interesse em trazer um jogo regular para a maior cidade do Brasil, aos moldes do que já aconteceu em grandes metrópoles de Alemanha, Inglaterra, México e Canadá. 

O interesse foi recíproco e São Paulo já estava no radar dos executivos da NFL. Segundo o presidente da SP Turis, isso ficou claro ainda nos primeiros encontros da delegação paulistana com os representantes da liga.

“Eles já conheciam São Paulo, diziam conhecer muitos dos dados sobre a cidade. No final, ficou entre nós e Madrid, e mesmo com o novo Santiago Bernabeu, eles optaram por nós”, conta Pires, referindo-se ao reformado estádio do Real Madrid, remodelado a um custo de quase R$ 5 bilhões. 

Mas por que a Neo Química Arena? 

“Apresentamos aos executivos da NFL todos os estádios, centros de treinamento e hotéis. Não é que o MorumBis e o Allianz Parque não pudessem ter o jogo, mas eles gostaram do entorno da Neo Química, na Zona Leste, tem espaço para fazer várias ativações, e também o fato de o metrô descer em frente ao estádio”, explica Pires, ele próprio um entusiasta do futebol americano. 

Em jogos da NFL, são organizados nos arredores dos estádios os tailgates, churrascos feitos por torcedores, geralmente ao redor de veículos. A ideia é levar para Itaquera a tradição americana, e o espaço em volta da Neo Química Arena facilitará os tailgates, o que seria bem mais difícil de fazer no entorno dos estádios do São Paulo e do Palmeiras. 

Os modernos camarotes também pesaram a favor da arena corintiana. A venda de ingressos mais caros nestes espaços e o uso por parte dos patrocinadores são importante fonte de receita para os jogos da NFL. 

Transmissão em TV aberta e eventos

Desde 2015, a agência Effect Sport passou a representar a NFL Brasil e tem conduzido o plano de expansão da liga no país. De lá para cá, viu a base de interessados saltar de 3,3 milhões de pessoas para os atuais 35 a 38 milhões. Segundo o CEO da Effect Sport, Pedro Monteiro, até 9 milhões deste contingente são considerados fãs ávidos do esporte – aqueles que consomem com regularidade os jogos e produtos a eles atrelados. 

NFL in Brasa, de 2023. Divulgação/Effect Sport.

A popularização da NFL no país passou também por um plano de mídia, que incluiu transmitir na TV aberta os jogos, pela Rede TV!, uma parceria com o globoesporte.com e eventos como o NFL in Brasa, que acontece neste final de semana para promover a modalidade enquanto a partida do Super Bowl deixa os fãs animados. 

No ano passado, o NFL in Brasa chamou a atenção dos executivos americanos por ser a maior fun fest da liga fora dos Estados Unidos, o que ajudou a aumentar o interesse em expandir a marca no Brasil. Neste ano, o NFL in Brasa deve reunir 10 mil pessoas nos três dias de evento, o dobro de 2023. 

Com o objetivo de levar o esporte para além dos fãs que conhecem as complexas regras do futebol americano, a NFL Brasil pretende fazer da NFL in Brasa um hub de entretenimento que tem a liga e o Super Bowl como temas. Bem ao modo americano, o importante é se divertir, e Monteiro aposta em show, experiências gastronômicas, prêmios e desafios físicos para atrair um público mais amplo. O investimento da NFL Brasil no evento triplicou este ano em relação ao ano passado. 

Patrocinadores de olho na alta renda

De acordo com Pedro Monteiro, o público que consome NFL no Brasil é reconhecidamente de maior poder aquisitivo – majoritariamente das classes A e B – e bastante jovem, com a maior parte entre 25 e 35 anos. Apesar do predomínio masculino, mulheres são 40% do público. 

Este perfil chamou a atenção das marcas. Em setembro de 2023, a XP se tornou patrocinadora da NFL no Brasil. Na ocasião, Lisandro Lopez, CMO da XP, disse que a corretora fechou a parceria com o objetivo de “impulsionar o alcance da NFL fora do mercado norte-americano” e de “alavancar a marca XP tanto nacional quanto internacionalmente”. 

A XP, que também patrocina a Aston Martin na Fórmula 1, trouxe ao Brasil uma das maiores estrelas da NFL. O astro Tom Brady – também conhecido por aqui por ser ex-marido de Gisele Bundchen – esteve no palco da Expert XP em 2023. 

om Brady na Expert XP 2023. Fotos: Paulo Bareta

Além da XP, Perdigão, Pizza Hut e KFC também são patrocinadores da NFL no Brasil, sendo que XP e Perdigão também vão promover suas marcas no NFL in Brasa. Perdigão, KFC e Pizza Hut também estão patrocinando a transmissão do Super Bowl pela Rede TV!, e a elas se juntaram ainda Aiwa, Mycon, New Era e outra empresa do segmento financeiro, o Itaú. 

Essas marcas, acredita Monteiro, estão de olho no potencial de crescimento da NFL no Brasil, que deve ganhar força com a realização do jogo da liga no país. 

“É a maior liga do mundo. Maior que a Premier League, que a La Liga. São jogos muito bem produzidos e com espetáculos que transcendem os esportes. Com o jogo no Brasil, teremos uma exposição muito maior do que teríamos normalmente”, aposta o executivo.

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Burguer King faz parceria com Stanley no Carnaval de São Paulo https://investnews.com.br/marketing/burguer-king-faz-parceria-com-stanley-no-carnaval-de-sao-paulo/ Thu, 08 Feb 2024 19:29:44 +0000 https://investnews.com.br/?p=555798 Para agitar o carnaval dos paulistanos, o Burger King fez uma parceria com a Stanley para presentear com o famoso copo térmico da marca àqueles que comprarem o novo “Shake Napolitano”.

Para a promoção, apenas uma unidade da rede de fast food foi escolhida na capital paulista. E claro que seria na região da Faria Lima. Os consumidores que estiverem na Avenida Juscelino Kubitschek, 1514, no sábado (10), verão um food truck especial da hamburgueria.

Os pedidos do milk shake realizados a partir das 13h serão contemplados com o copo customizado especialmente para o BK. A disponibilidade do brinde está sujeita à duração dos estoques.

A ação faz parte da divulgação das ativações da marca para a promoção “Carnalarica” e a ideia do copo foi para garantir que a bebida continue gelada “até o final da farra”.

O sucesso dos copos Stanley

A multinacional, que tem 110 anos, começou atuando a partir da fabricação de ferramentas, produtos industriais e soluções de segurança. Levou 100 anos para alcançar o sucesso mundial dada a criação de uma caneca composta por duas placas de aço cirúrgico com vácuo entre elas e unidas com soldas especiais. Essa combinação é que impede a troca de calor.

Desde então, a companhia realizou várias aquisições estratégicas ao longo dos anos, incorporando outras empresas do setor e expandindo seu alcance global.

A marca chegou no Brasil em 2014 por meio da aquisição da detentora dos direitos de uso da marca Aladdin, fabricante de garrafas térmicas entre outros produtos.

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O que as empresas buscam no mercado de influencers? https://investnews.com.br/negocios/o-que-as-empresas-buscam-no-mercado-de-influencers/ Sun, 28 Jan 2024 11:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=552880

Segundo o Levantamento da Comscore de 2023, o Brasil é o primeiro da América Latina em acesso às plataformas, com 131,5 milhões de pessoas, e o 3º maior país do mundo que mais passa tempo nas redes sociais. 

Para entender as estratégias, os números e o tamanho desse setor, o Talk InvestNews conversa com Karina Sato, uma das maiores especialistas no ramo de influência do país. 

Durante a entrevista, além de contar detalhes sobre os números e as estratégias de marketing por trás do sucesso da irmã, Sabrina Sato, a Karina revela o que as empresas buscam em influencers quando estão à procura de parcerias. 

“As empresas estão buscando identificação entre a marca PJ e a PF, que é influenciador.” aponta, “o número de seguidores do influencer não é o único fator a ser considerado. Outros aspectos, como a capacidade de conexão com o público, também são importantes.”

Quando questionada sobre o uso de múltiplas mídias sociais, como YouTube, Instagram ou TikTok, Karina apontou que é preciso estar presente em várias delas. Para ela, mesmo que um influencer seja mais relevante em uma plataforma, a estratégia multicanal é a melhor abordagem.

Karina Sato é advogada de formação e sócio-fundadora da Sato Rahal Empreendimentos Artísticos, empresa que faz a gestão de carreira, contratos e acordos comerciais de alguns dos maiores artistas e influenciadores do Brasil. Atualmente, a companhia conta com mais de 30 parceiros, entre eles, Sabrina Sato, Deborah Secco, Mariana Rios e Ticiane Pinheiros.

O Talk InvestNews é apresentado por Dony De Nuccio e conta com a participação de Leandro Guissoni. Todo episódio um convidado conta a sua trajetória no mundo dos negócios.

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Globo estreia BBB 24 com todas as cotas comerciais vendidas há 2 meses https://investnews.com.br/marketing/globo-estreia-bbb-24-com-todas-as-cotas-comerciais-vendidas-ha-2-meses/ Fri, 05 Jan 2024 08:00:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=545298 A Globo anuncia nesta sexta-feira (5) os participantes da 24ª edição do Big Brother Brasil (BBB24), numa espécie de “esquenta” para chamar a atenção do público para a estreia do programa, na próxima segunda (8). Mas, comercialmente, a comemoração da Globo veio antes. Isso porque, segundo a empresa, todas as cotas de patrocínio foram vendidas 2 meses antes, e com recorde no número de empresas. 

Entre renovações e novas parcerias, ao todo, serão 19 marcas presentes no programa, o maior número já registrado. Os patrocinadores serão: Mercado Livre (MELI34), Stone, Seara, Amstel, Chevrolet (GMCO34), Downy, Esportes da Sorte, Rexona, Ifood, Pantene, Ademicon, CIF, Hypera Pharma (HYPE3), Latam e McDonald’s.  

Além destas, também estão confirmadas marcas parceiras em visualizações e dinâmicas ao longo da edição, como Delícia, Nestlé, Oi (OIBR3), Kwai e Electrolux.

Já outras empresas que apareciam na lista da última edição não foram divulgadas entre as parcerias de 2024, como Pague Menos, TikTok e QuintoAndar.

Tadeu Schmidt, apresentador do BBB 24 (Foto: Globo/Manoella Mello)
Tadeu Schmidt, apresentador do BBB 24 (Foto: Globo/Manoella Mello)

O Big Brother é um dos principais chamarizes comerciais para a Globo, que no ano passado se viu envolta em discussões sobre a relevância do programa para os anunciantes. Isso porque a 23ª edição do BBB atingiu mínimas de audiência, segundo a imprensa especializada. A polêmica sobre um possível menor alcance da atração ganhou força pelo número de votos do público na final da competição, que também foi bem menor. Na edição de 2023, foram cerca de 76 milhões, contra 730 milhões em 2022 e 633 milhões em 2021.

Mas, enquanto isso, a Globo celebrava recordes comerciais em meio ao acréscimo nas performances do Globoplay, do gshow e do g1 por conta do programa. Agora, em nota enviada ao InvestNews, a Globo reforçou que “o alto índice de renovações e a entrada de novas marcas patrocinadores do programa ressalta a relevância do BBB, tanto para o público quanto para as marcas, e a grande experiência da Globo em produzir realities de sucesso”.

Uma das empresas que renovou patrocínio no BBB foi a Ademicon, que terá três aparições no programa, além de mídia e ações de conteúdo em diferentes canais da Globo. O investimento foi de mais de R$ 20 milhões no patrocínio.

“Queremos contribuir para fortalecer e consolidar a marca nacionalmente além de aumentar o conhecimento e a visibilidade do produto consórcio”, disse em nota Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da Ademicon.

“Ao participar do BBB, conseguimos atingir um público maior e mais jovem”.

Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da Ademicon, em nota

Segundo a empresa, no ano passado, a marca alcançou aproximadamente 110 mil sessões em seu site durante as três ações de conteúdo no BBB e aumentou em 12 mil o número de seguidores no seu perfil oficial no Instagram.

Desafios pela frente

Enquanto gigantes mundiais de mídia como Disney e Netflix buscam entender como adaptar o consumo de conteúdo a novos hábitos do usuário, no Brasil a Globo tem feito o mesmo. 

Mas o cenário segue desafiador, conforme destacou a Fitch em relatório no final de dezembro, mencionando “os resultados operacionais voláteis da Globo, a sua rentabilidade mais baixa em comparação com os seus pares internacionais com grau de investimento e a tendência desafiadora da indústria para a fragmentação da audiência em plataformas de distribuição digital e linear e o declínio da base de assinantes de TV por assinatura”.

Mas a agência de classificação de risco diz que “esses fatores são mitigados pela política financeira conservadora da Globo, refletida em seu saldo de caixa líquido, melhor desempenho em 2023 e forte posição competitiva no setor de mídia brasileiro com sólido conteúdo local (incluindo eventos e shows ao vivo), um mercado ainda caracterizado pela TV aberta como a plataforma de publicidade mais dominante no Brasil e a estratégia multiplataforma e direta ao consumidor da empresa”.

Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade, em evento da Globo para apresentar as estratégias de 2024 para o mercado publicitário (Foto: Divulgação)
Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade, em evento da Globo para apresentar as estratégias de 2024 para o mercado publicitário (Foto: Divulgação)

O relatório cita ainda que “a estratégia da Globo para enfrentar as mudanças de mercado e o declínio de seu negócio tradicional de transmissão de TV incluiu investimentos em eventos ao vivo, produção local, estratégia digital e serviço de vídeo sob demanda por assinatura Globoplay”.

A expectativa dos especialistas da agência é que fatores como crescimento da receita de publicidade e iniciativas de custos gerem à Globo um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre R$ 1,1 bilhão e R$ 1,2 bilhão em 2023, numa recuperação frente aos R$ 60 milhões negativos em 2022. 

Ainda sobre os números da companhia, a Fitch diz que a Globo “possui uma das estruturas financeiras mais fortes da região, com caixa e equivalentes de  R$ 13,8 bilhões, substancialmente superior à sua dívida total de  R$ 5,4 bilhões no  terceiro trimestre de 2023”. A Fitch atribui nota BB+ para a Globo e pontua que, na comparação com pares internacionais, os desafios para a empresa brasileira são maiores. 

“Em comparação com empresas de mídia com grau de investimento sediadas nos EUA, como Paramount Global (BBB/Estável), Warner Bros Discovery Inc (BBB-) e The Walt Disney Corporation (A-), a menor lucratividade da Globo, a diversificação geográfica e sua alta dependência de recursos cíclicos a geração de receitas publicitárias é um ponto fraco, já que há uma porcentagem decrescente gasta em espaço publicitário de transmissão televisiva brasileira e na penetração da TV paga”. 

Fitch, em relatório

“Esta falta de diversificação do fluxo de caixa é compensada pela sua estrutura de capital materialmente mais forte e pela forte posição no mercado interno”, acrescenta a agência.

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Publicidade por participação societária: como funciona o modelo de troca? https://investnews.com.br/negocios/publicidade-por-participacao-societaria-como-funciona-o-modelo-de-troca/ Sun, 03 Dec 2023 09:15:00 +0000 https://investnews.com.br/?p=542406

A “Economia da Atenção” rege os dias atuais e, nesse cenário, o Media for Equity tem ganhado cada vez mais espaço. Para entender melhor sobre o assunto, este Talk InvestNews conversa com Felipe Hatab, fundador e CEO da 4Equity – Media Ventures, uma gestora focada em escalar startups através de exposição na mídia.

Nesta entrevista exclusiva, Hatab explica que o modelo de investimento funciona através da troca de publicidade por participação societária. O especialista destaca que o Media for Equity não se trata de um modelo de negócio, mas sim de um meio de pagamento que permite às empresas usar capital social para investir em marketing. 

Esse formato tenta resolver a necessidade que as startups têm de expansão de marcas, audiência e usuários. “Os veículos de mídia começaram a usar esse modelo para criar um portfólio e virarem sócios das empresas. Ao invés de oferecer recursos financeiros, startups crescerem por meio de mídia e marketing em troca da participação acionárias.”, pontua.

Um dos principais exemplos desse mercado no Brasil é a Rede Globo, que está construindo um portfólio de startups em troca de equity para se adaptar à nova era da influência. 

O futuro das mídias, o cenário do mercado de marketing com influenciadores, adaptação dos players de TV aberta às novas tecnologias foram alguns dos outros temas abordados neste episódio. 

Com mais de 15 anos em marketing, Felipe Hatab é Forbes Under 30, já atuou como sócio-diretor de marketing da Ambev e como Chief Marketing Officer (CMO) da Stone. Aos 33 anos, o empreendedor acumula diversos prêmios decorrentes de suas abordagens ousadas.

O Talk InvestNews é apresentado por Dony De Nuccio e conta com a participação de Leandro Guissoni. Todo episódio um convidado conta a sua trajetória no mundo dos negócios.

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