Cenário global: neste finalzinho do mês, sexta-feira, as bolsas europeias alcançam novo recorde nas suas cotações e os índices futuros em Nova York avançam à espera dos dados de inflação dos EUA, assim como nas bolsas da Ásia, que fecharam a semana de forma majoritariamente positiva, com destaque para o Japão, onde o índice Nikkei subiu 2% hoje. Portanto, concluímos que o otimismo relacionado a recuperação econômica está superando os receios da pressão inflacionária e elevação dos juros.
Ontem os mercados em Wall Street reagiram bem com dados econômicos positivos de pedidos de seguro desemprego abaixo das expectativas e em níveis mais próximos do pré-pandemia. Mas muita calma nesta hora, pois o índice PCE de abril (9h30) nos EUA, muito utilizado pelo Fed para acompanhar os dados de inflação, pode trazer surpresas e o retorno das discussões relacionadas a redução de estímulos monetários, apesar do banco central americano garantir em diversas oportunidades de que não tem pressa para isso.
Apesar de todos os debates relacionados à inflação, os investidores podem não “esperar para ver” e acabam abrindo mão de investir em ativos de risco, como ações de valor ligadas a recuperação econômica (bancos, energia e commodities) e se protegem comprando títulos de renda fixa que se beneficiarão do cenário de juros mais elevados. Na zona do euro, o índice de sentimento econômico subiu para 114,5 pontos em maio, ante 110,5 em abril; consenso era de 112,8 pontos.
Cotações: na China Continental, índice Xangai Composto fechou em queda de 0,22%, aos 3.600,78 pontos; Tóquio, Nikkei saltou 2,10%, para 29.149,41 pontos; Seul, Kospi subiu 0,73%, para 3.188,73 pontos; Hong Kong, Hang Seng valorizou 0,04%, aos 29.124,41 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,35%, aos 448,02 pontos; Frankfurt sobe 0,43%, Londres +0,12%, Paris +0,45% e Madri +0,25%; NY/Pré-Mercado: futuro de Dow Jones sobe 0,47%, do S&P 500 +0,34% e do Nasdaq +0,31%; Petróleo: Brent para agosto sobe 0,29%, cotado a US$ 69,40 o barril; Ouro para junho cai 0,14%, para US$ 1.893,10 a onça-troy.
Brasil: aqui, o IGP-M de maio (8h) pode atingir 37% nos últimos 12 meses, enquanto a Aneel define a bandeira tarifária para junho, em meio à crise hídrica que preocupa e pressiona ainda mais a inflação. Os riscos inflacionários, no entanto, devem ser amenizados com a recente valorização dos ativos negociados no mercado interno, com queda do dólar e alta da bolsa.
Ibovespa: a agência de classificação de risco Fitch segurou o índice Bovespa aos 124 mil pontos no pregão de ontem. Apesar dos riscos fiscais, políticos e de terceira onda da pandemia, o investidor ficou mais tranquilo com a manutenção do rating soberano do Brasil em “BB-”, porém ainda com perspectiva negativa. Além disso, as contas públicas dão uma trégua, o superávit das contas do Governo Central em abril (R$ 16,4 bilhões) e alta nas receitas do Governo Central (+52%) favoreceram a percepção de cenário melhor, somando-se à chegada de imunizante da Pfizer e insumos para a Coronavac e a AstraZeneca. O Ibovespa subiu 0,30%, aos 124.366,67 pontos, com volume bem acima da média (R$ 51 bilhões).
O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém consolidar-se acima dos 122 mil pontos é fundamental para dar continuidade rumo ao topo histórico do dia 8 de janeiro de 2021, aos 125.323 pontos.
Indicadores |
Brasil |
Aneel divulga bandeira tarifária para junho |
FGV: IGP-M de maio (8h) |
FGV: Indicador de Incerteza da Economia Brasileira em maio (10h15) |
EUA |
ISM Chicago: PMI de maio (10h45) |
Joe Biden publica proposta orçamentária para 2022 |
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
Universidade de Michigan: índice de sentimento do consumidor de maio (final) (11h) |
Deptº do Comércio: renda pessoal e Índice de preços dos gastos com consumo (PCE) de abril (9h30) |
Zona do euro |
Comissão Europeia: índice de sentimento econômico e índice de confiança do consumidor de maio (6h) |
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