Conhecedores de Pablo Picasso poderão em breve ter ações de suas pinturas, mas isto não lhes dará o direito de ver a obra, que ficará trancada a sete chaves na Suíça.
“Fillette au béret” está sendo vendida – ou “tokenizada” – através de blockchain, algo que o Sygnum, banco suíço focado em ativos digitais que organiza a venda, diz ser inédito.
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“Isto marca a primeira vez em que direitos de propriedade de um Picasso, ou qualquer obra de arte, são transmitidos ao blockchain público por um banco regulado”, disse a Artemundi, empresa de investimento em arte que coorganizou a venda.
Acredita-se que as inscrições para a venda de US$ 3,68 milhões começarão no fim de julho, e ações negociáveis da pintura estarão disponíveis por cerca de US$ 6 mil.
A tela de 1964, que retrata uma criança de boina em cores brilhantes, foi vendida pela última vez por 2,48 milhões de dólares pela casa de leilões Uppsala Auktionskammare, em 2016.
Não se trata da primeira pintura do notoriamente iconoclasta Picasso a adentrar o mundo do blockchain.
Estimulada por uma disparada deste ano no mercado de tokens não-fungíveis (NFTs), muitas vezes concentrado em obras de arte exclusivamente digitais e outros itens virtuais, a casa de leilões Sotheby’s realizou uma venda de NFT da obra “Le peintre et son modèle” de Picasso em junho por 3,12 milhões de dólares.
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