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Economia

Guerra: choque de preços de alimentos e combustíveis deve durar ao menos 3 anos

Preços globais de alimentos e combustíveis ligados à guerra entre Rússia e Ucrânia devem durar pelo menos até o final de 2024 e levantam o risco de estagflação, diz Banco Mundial.

David Malpass, presidente do Banco Mundial, em coletiva de imprensa da instituição em Washington com logo do banco mundial ao fundo
David Malpass, presidente do Banco Mundial, fala durante coletiva de imprensa nas reuniões da primavera norte-americana do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em Washington, EUA 11/04/2019 REUTERS/James Lawler Duggan/File Photo

Os choques dos preços globais de alimentos e combustíveis ligados à guerra entre Rússia e Ucrânia devem durar pelo menos até o final de 2024 e levantam o risco de estagflação, disse o Banco Mundial em relatório Perspectiva do Mercado de Commodities.

Em sua primeira análise abrangente do impacto da guerra sobre os mercados de commodities, o banco disse que o mundo enfrenta o maior choque de preços de commodities desde os anos 1970.

Ele está sendo agravado, disse, por restrições no comércio de alimentos, combustíveis e fertilizantes que estão exacerbando as já elevadas pressões inflacionárias em todo o mundo.

“Os formuladores de políticas monetárias deveriam aproveitar todas as oportunidades para aumentar o crescimento econômico e evitar ações que tragam danos à economia global”, disse Indermit Gill, vice-presidente do Banco Mundial para Crescimento Equitativo, Finanças e Instituições.

A Rússia é o maior exportador mundial de gás natural e fertilizantes, e o segundo maior exportador de petróleo. Junto com a Ucrânia, é responsável por quase um terço das exportações globais de trigo, 19% das exportações de milho e 80% das exportações de óleo de girassol.

A produção e exportação destas e outras commodities têm sido afetadas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Como resultado, o Banco Mundial espera que os preços da energia aumentem mais de 50% em 2022 antes de desacelerarem em 2023 e 2024, enquanto que os preços excluindo energia mas incluindo agricultura e metais devem avançar quase 20% em 2022.

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