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Finanças

Petrobras perde recomendações, e ação da Renner é a 2ª mais indicada para agosto

Levantamento acompanha 14 carteiras de bancos e corretoras; Vale segue na liderança de indicações.

A ação da Lojas Renner (LREN3) é o segundo ativo mais indicado para agosto, ficando atrás somente da Vale (VALE3). É o que aponta levantamento feito pelo InvestNews com 14 carteiras recomendadas por bancos e corretoras.

Para este mês, a varejista de moda recebeu 6 recomendações, uma a mais que o total do mês passado, quando ficou em quarto lugar na lista de ações mais indicadas. Desta vez, Guide Investimentos, Ativa Investimentos, Nova Futura Investimentos, Terra Investimentos e BTG Pactual sugerem o papel.

A ação da Petrobras (PETR3, PETR4) aparece na sequência, como o terceiro ativo mais recomendado para agosto, com 5 indicações. No mês passado, o papel recebeu 7 sugestões e ficou em segundo lugar no ranking do levantamento.

Posteriormente, presente em 4 das 14 carteiras consultadas pelo InvestNews, estão Assaí (ASAI3), Banco Bradesco (BBDC4) e Minerva (BEEF3). Em julho, as três empresas ficaram em quinto lugar no ranking das ações mais recomendadas para o mês.

Já a ação da Suzano (SUZB3), que no no mês passado foi o segundo ativo mais recomendado, com 7 indicações, perdeu espaço e, neste mês, está presente em somente uma carteira, a da Mirae.

O ranking do InvestNews considera a somatória das ações mais recomendadas pelos especialistas e acompanha mensalmente as recomendações dos seguintes bancos e corretoras:

  • Ágora
  • Ativa
  • BB Investimentos
  • BTG Pactual
  • Genial
  • Guide
  • Inter Research
  • Mirae Corretora
  • ModalMais
  • Nova Futura
  • NuInvest
  • Órama
  • Toro
  • Terra

*A partir de junho, o levantamento passou a considerar a carteira de dividendos da NuInvest, no lugar da Top 10, uma vez que ela passou a ser referência de indicações da corretora.

Ações mais recomendadas para agosto de 2022, segundo 14 carteiras de bancos e corretoras:

Ranking de ações mais recomendadas par agosto

Vale

Logo da mineradora brasileira Vale no edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro
Logo da mineradora brasileira Vale no edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro. Crédito: REUTERS/Pilar Olivares/File Photo

A Vale é uma das maiores empresas mineradoras do mundo. Produz e comercializa minério de ferro, níquel, pelotas, minério de manganês, ferroligas, carvão cobre e outros metais. A companhia é recomendada para o mês de agosto pela Toro Investimentos, Guide, Ativa, NuInvest, Nova Futura, Terra Investimentos, Mirae e Órama.

Segundo o analista Murilo Breder, da NuINvest, as incertezas vindas do cenário econômico nebuloso da China contribuíram mais uma vez para o mau desempenho da Vale em julho. 

“Com a crise imobiliária e os lockdowns no país asiático, houve uma redução nas perspectivas de demanda e, diante disso, o minério de ferro já caiu 26% desde o início do segundo trimestre deste ano”, explica Breder.

De acordo com o analista, se, por um lado, a cotação do minério impacta diariamente na cotação da ação, por outro, o investidor de longo prazo deve enxergar essas quedas como oportunidade, pois, mesmo com a queda da commodity, a Vale seguirá gerando muito fluxo de caixa, mantendo-a na lista das maiores empresas pagadoras de dividendos da bolsa de valores brasileira.

Já a Ativa Investimentos optou para a carteira de agosto reduzir a exposição à mineradora de 12% para 10%, devido a maiores dificuldades operacionais no Sistema Norte, em função da qualidade do corpo mineral e maiores dificuldades na obtenção de licenças, com a companhia apresentando uma produção de minério inferior às expectativas.

Além disso, destaca a Ativa, a Vale revisitou de forma baixista sua projeção para a produção de minério no ano. 

A Terra Investimentos, por sua vez, também manteve o ativo entre as recomendações para este mês pelo motivo de a empresa continuar apresentando resultados operacionais fortes, apesar das últimas revisões de produção. 

Outro fator de longo prazo, segundo a Terra Investimentos, é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que deve gerar maior demanda por metais para reposição de armamento bélico. 

Lojas Renner

Fachada de unidade da Lojas Renner
Vista de unidade da varejista Lojas Renner. Crédito: Marcos Gouveia/Divulgação.

A empresa é uma das maiores varejistas de moda do Brasil. A companhia desenvolve e vende roupas, calçados e moda íntima para mulheres, homens, adolescentes e crianças sob diversas marcas próprias.

De acordo com o BTG Pactual, a Renner está posicionada para ganhar participação de mercado no fragmentado segmento de vestuário brasileiro, dada a sua cadeia de suprimentos de última geração; execução premium e iniciativas omnichannel (diferentes canais de comunicação e divulgação), apesar dos investimentos extras para impulsionar sua plataforma multicanal, que ainda devem pressionar as margens nos próximos trimestres.

Já a Guide Investimentos destacou que a empresa visa se consolidar como o principal ecossistema de moda e estilo de vida do país. E, para isso, se encontra capitalizada após o follow-on, e suas futuras aquisições, sempre baseadas nos pilares de inovação, do ESG (Environmental, Social and Governance) e digitalização devem suportar o crescimento inorgânico e a formação deste ecossistema, o transformando em uma plataforma one-stop-shop (que reúne produtos que atendem necessidades variadas).

A Terra Investimentos, que manteve o ativo em sua carteira recomendada na passagem de julho para agosto, avalia que a empresa opera em múltiplos financeiros atrativos e deve se beneficiar de um cenário de recuperação da economia com uma demanda reprimida no setor de vestuário. A corretora diz esperar melhoria nas margens e crescimento nas plataformas digitais da companhia ao longo de 2022.

Petrobras

Logotipo da Petrobras na fachada do edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro
Logotipo da Petrobras na fachada do edifício-sede da companhia no Rio de Janeiro. Crédito: REUTERS/Sergio Moraes

A Guide Investimentos avalia que a companhia, uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo,  segue apresentando bons volumes de produção e redução no seu custo de extração, com maior participação das operações do pré-sal no portfólio.

A corretora destaca três pontos positivos da estatal: a continuidade da venda de ativos não estratégicos; avanço do projeto de desinvestimento das refinarias e  perspectiva de novos anúncios de dividendos

“Vemos a estatal cada vez mais eficiente, com margens recorrentemente apresentando melhoras, e o endividamento progressivamente encolhendo, que, aliado ao elevado nível de geração de caixa e a sólida liquidez, possibilita o anúncio de R$ 6,73 por ação ordinária e preferencial. Vale ressaltar o aumento das exportações à Europa que a Petrobras capturou, em virtude da guerra na Ucrânia, que fez com que as exportações russas fossem redirecionadas para os mercados asiáticos”, pontua a Guide.

O BTG Pactual avalia que, após uma longa lista de trocas de CEOs e os cortes de impostos do governo sobre os combustíveis, a pressão política sobre a Petrobras pode diminuir, já que os fatos macroeconômicos recentes (preços de combustível menores) e microeconômicos (dividendos) estão melhorando a percepção de risco da Petrobras

“Equanto durar, a performance das ações permanecerá forte, suportando uma visão mais otimista na tese de investimento em relação a todo o mercado. O anúncio de R$ 135 bilhões em dividendos (acumulado do ano) relacionados aos resultados de 2022 é uma prova da capacidade de criação de valor da Petrobras, bem como um plano de reestruturação bem executado que começou em 2016. Os fundamentos podem superar o ruído político”, destaca o BTG.

A equipe de estrategistas de research do banco aponta, no entanto, que o principal risco o é um cenário em que os preços do petróleo voltem a subir e/ou uma nova depreciação do real, o que pode desencadear um fluxo de notícias negativas sobre a política de preços de combustível da estatal.

Já a Ativa Investimentos destacou que, além de registrar excelentes resultados no segundo trimestre de 2022, a companhia anunciou a distribuição de R$ 87,8 bilhões, montante superior às expectativas. 

“Vemos os preços internacionais de petróleo sustentados próximos a US$ 100 e possibilitando à companhia, ao longo dos próximos meses, geração de caixa operacional observada no decorrer do segundo trimestre deste ano”, aponta a corretora.

Assaí

assaí atacadista e parceria com cornershop by uber
Crédito: REUTERS/Paulo Whitaker

A empresa é focada no segmento atacarejo e, atualmente,conta com 187 lojas em 23 estados e participação de mercado de, aproximadamente, 30%, atendendo revendedores, transformadores, utilizadores e consumidores finais.

A ação da companhia foi recomendada para agosto pela Guide Investimentos, Genial Investimentos, pelo Banco Inter e Nova Futura.

A Guide Investimentos avalia que a empresa possui forte geração de caixa, sendo um destaque de crescimento no setor; possui estratégia e execução bem definidas para a expansão da companhia e vasta experiência no setor de varejo alimentar, além de ser destaque ESG em seu setor.

A corretora destaca ainda que o Assaí reportou um resultado sólido no segundo trimestre de 2022, apresentando um forte crescimento de receita líquida, além de observado notável ganho de participação de mercado, e bom controle de despesas e melhora de margem Ebitda, diferentemente dos concorrentes, mostrando sua eficiência operacional superior. 

Banco Bradesco

A ação do banco é indicada em 4 das 14 carteiras de ações recomendadas consultadas pelo InvestNews. O ativo tem recomendação da Órama, Ativa, Banco Modal e Terra Investimentos.

A Órama optou por colocar a ação em sua carteira pela relevância do negócio de concessão de crédito do banco, em especial no que se refere aos grandes clientes. 

“Este será um dos últimos negócios a serem atacados pelas fintechs, além de se beneficiar de um fator conjuntural que é a alta da Selic”, avalia a corretora.

 O negócio de seguro de saúde do banco Bradesco, segundo a Órama, também deve se beneficiar desses mesmos componentes. 

“Nesse preço de 1,5 valor patrimonial, o banco se mantém com um dos valuations mais atrativos do setor. Esperamos uma deterioração de longuíssimo prazo no ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) por causa de menos receita nos serviços financeiros ao varejo, mas, ainda assim, o papel se mantém atrativo”, considera a corretora.

Minerva

A Minerva é uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados.

A ação da companhia  foi recomendada para agosto pela Guide Investimentos, pelo BTG Pactual, Ativa Investimentos e pelo Banco Inter.

O BTG Pactual diz enxergar uma história de valor para companhia e cita quatro fatores: em primeiro lugar, há o componente do ciclo, com o Brasil à beira de uma virada no ciclo do gado. Em segundo lugar, há o componente de preço da carne bovina, com a demanda por carne bovina brasileira e sul-americana ainda forte e apoiando a alta de preços do ano passado, sendo um bom presságio para as margens e também deve significar receitas mais fortes, beneficiando os resultados. 

Em terceiro lugar, segundo o BTG, os números são resilientes, com a produção e a experiência comercial da Minerva mais fortes do que nunca, além de apresentar um de seus balanços mais fortes de todos os tempos. E, por fim, o valuation, segundo o banco, com as ações negociando com um desconto de 11% em relação aos níveis históricos com base no EV/Ebitda de 2022, apesar da melhor disciplina de alocação de capital. 

Já a Guide Investimentos aponta que a  Minerva foi capaz de entregar uma performance operacional recorde no primeiro trimestre de 2022. 

Além disso, a corretora disse ter visto melhores performances da Argentina e Uruguai, devido, principalmente, a preços de exportação mais fortes nestes mercados compensando a perda de volumes comercializados em ambos. 

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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