Copel dispara após governo do PR citar estudo para ‘otimizar’ investimento público

As ações da Copel (Companhia Paranaense de Energia) registraram os maiores avanços do principal indicador da B3, o Ibovespa, nesta terça-feira (1). O governo do Paraná, que é o controlador da empresa, comunicou que fará estudos com o objetivo de subsidiar um modelo para potencial operação no mercado de capitais para “otimizar” o investimento do Estado na empresa.

Entre as companhias ligadas às commodities, a mineradora Vale também subiu acompanhando a alta nos preços do minério de ferro. Os papéis da siderúrgica CSN acompanharam os rumores positivos em relação à China, embora os números trimestrais tenham vindo abaixo do projetado. A petroleira PRIO teve alta em meio à divulgação de seu balanço financeiro.

Já a rede de farmácias Raia Drogasil fechou em queda após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre.

Na mesma direção, a empresa de meios de pagamento Cielo teve forte declínio, mesmo com um balanço trimestral melhor, isso porque as ações já vinham de um desempenho positivo.

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Confira o desempenho dos papéis no dia:

Copel

A Copel  (CPLE6) disparou 8,92%, para R$ 8,06, na liderança dos avanços do Ibovespa. Isso porque o governo do Paraná decidiu estudar uma potencial operação para “otimizar investimentos” na empresa.

Segundo comunicado divulgado na véspera, o Estado paranaense solicitou “informações técnicas” ao Conselho de Controle das Empresas Estaduais “a fim de subsidiar modelo para potencial operação no mercado de capitais em que se otimize o investimento do Estado” na Copel.

O comunicado não traz mais detalhes sobre a potencial operação, mas esclarece que o governo paranaense preservaria uma “participação societária relevante” na companhia.

Para o Bradesco BBI, o movimento mais recente pode ser interpretado como um sinal de que, pela primeira vez, o Paraná olha para a possibilidade de privatizar a Copel, ou pelo menos vender partes da empresa (a geração, por exemplo).

Vale e CSN

A Vale (VALE3) avançou 3,04%, para R$ 69,17, na esteira da alta do minério de ferro na Ásia, além de rumores de que a China estaria planejando uma reabertura das rígidas restrições contra a covid-19.

No setor de siderurgia, a CSN (CSNA3) subiu 4,64%, para R$ 12,85. A companhia teve lucro líquido de R$ 237,6 milhões no terceiro trimestre, queda de 82% sobre desempenho do mesmo período de 2021.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 2,7 bilhões, 37% abaixo do apurado um ano antes.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 1,2 bilhão para a CSN com Ebitda de R$ 3 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

Petroleiras

A Prio (PRIO3) avançou 4,92%, para R$ 37,13, após registrar lucro líquido de US$ 154 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante US$ 23,9 milhões no mesmo período do ano passado, com impulso de um aumento da produção, diante avanços na revitalização do campo de Frade.

A petroleira teve uma receita líquida recorde de US$ 378 milhões entre julho e setembro, um aumento de 110% na comparação anual.

Analistas do Itaú BBA classificaram os resultados como sólidos e reiteraram recomendação de compra para as ações, enxergando uma combinação de forte crescimento orgânico e consistente melhoria da eficiência operacional.

Raia Drogasil

A Raia Drogasil (RADL3) caiu 0,8%, para R$ 26,1, após resultado robusto, mas dentro do esperado, com alta de 30% no lucro do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 225,4 milhões.

Cielo

A Cielo (CIEL3) teve forte queda de 7,73%, para R$ 5,49, após os avanços dos últimos pregões. A empresa anunciou lucro líquido recorrente de R$ 422 milhões no terceiro trimestre de 2022, aumento de 99% na comparação com o mesmo período de 2021 e considerando os resultados consolidados com a Cateno, negócio de gestão de cartões da companhia.

Em teleconferência, executivos afirmaram que a Cielo está recuperando margens nos negócios de adquirência e vê chance de estender esse ciclo nos próximos trimestre.

*Com informações da Reuters.