1- Ações da China caem com temores por surtos de covid
As ações da China caíram nesta terça-feira, já que o otimismo sobre a flexibilização das restrições contra a covid-19 começou a desaparecer em meio a sinais de um pico de infecções nas principais cidades chinesas, incluindo Pequim.
No entanto, as ações de Hong Kong ganharam com a notícia de que a cidade relaxará ainda mais suas restrições contra o vírus, impulsionando os setores de consumo e imobiliário.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,2%, enquanto o índice de Xangai perdeu 0,09%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,68%.
As ações da China e de Hong Kong haviam se recuperado acentuadamente de seus níveis mais baixos no final de outubro, na esperança de que a China aliviasse sua rígida política de Covid zero.
Na semana passada, as autoridades chinesas começaram a fazer isso, mas o otimismo sobre uma possível reabertura da economia está cedendo espaço aos temores de surtos e interrupções.
2 – Agenda do dia
O Banco Central vai divulgar hoje a Ata do Copom que se refere à reunião da semana passada. A taxa Selic foi mantida pela terceira vez consecutiva no patamar de 13,75% ao ano.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também vai divulgar a pesquisa mensal de serviços às 9h.
Já nos EUA será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI).
Brasil
8h: Ata do Copom
9h: Pesquisa de serviços de outubro
12h: Campos Neto tem reunião com Fernando Haddad, futuro Ministro da Fazenda, no Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília
18h30: Fernando Haddad concederá entrevista coletiva, a primeira após ter o nome formalizado como futuro ministro da Fazenda, no Centro Cultural Banco do Brasil.
EUA
10h30: Índice de preços ao consumidor de novembro (CPI)
18h30: Estoques de petróleo semanal API
3 – Acionista chama reunião para destituir conselho da Gafisa
O fundo Esh Theta, do investidor Vladimir Timerman, publicou ontem um comunicado em que convoca os acionistas da Gafisa para uma assembleia-geral extraordinária programada para o dia 2 de janeiro, às 10 horas, na sede da incorporadora, na Vila Nova Conceição, em São Paulo.
A pauta da assembleia, segundo a Esh, envolverá uma proposta de ação de responsabilidade contra os administradores e os membros do conselho fiscal da Gafisa (GFSA3), bem como demais responsáveis solidários, a quem o fundo acusa de terem causado prejuízos à companhia em decorrência de supostos atos ilícitos e operações irregulares entre 2019 e 2022.
Na pauta também consta proposta de destituição dos membros do conselho de administração e do conselho fiscal e eleição de novos representantes para essas posições, em virtude de uma suposta quebra dos deveres fiduciários. O último item da pauta inclui o cancelamento e/ou não homologação do aumento de capital social de R$ 150 milhões anunciado pela incorporadora.
Acionista minoritário
A Esh possui pelo menos 4% de ações da Gafisa e diz ter tomado a iniciativa de convocar a assembleia por conta própria porque os administradores da incorporadora não acolheram o seu pedido para organização da reunião. O fundo notificou a companhia em novembro.
A Gafisa publicou um fato relevante no fim da noite de 8 de dezembro informando que o conselho de administração autorizou a convocação de uma assembleia a pedido de um acionista. Na ocasião, porém, não foram abertos mais detalhes sobre data, hora e local da reunião, tema do encontro, nem quem seria o acionista solicitante.
“Muito embora o pedido esteja baseado em alegações e suposições que já foram repetidas e extensamente explicadas ao acionista solicitante, seguindo seu dever legal, o conselho de administração da companhia deliberou autorizar a convocação de assembleia-geral extraordinária”, afirmou a empresa, em comunicado.
“As explicações quanto às matérias solicitadas pelo acionista, acompanhadas das informações e documentos relacionados às matérias a serem deliberadas na assembleia serão oportunamente divulgados”, emendou a direção, sem mais detalhes.
Insatisfeito com o posicionamento, o fundo enviou uma nova notificação à empresa no último domingo, copiando também a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Neste documento, a Esh argumenta que a Gafisa teria oito dias para convocar a assembleia após a primeira notificação. Como a reunião não foi marcada, na prática, o fundo diz ter direito de tomar a iniciativa por conta própria.
“A administração da Gafisa deixou os acionistas em um verdadeiro limbo sobre a realização da assembleia, enquanto a companhia vem sofrendo com os atos perpetrados por seus membros”, descreve o fundo. “A única alternativa que resta é promover a convocação da assembleia-geral.”
Conforme revelou a Coluna do Broadcast na semana passada, Timerman levantou a suspeita de que o aumento de capital e outras injeções de dinheiro já realizadas na Gafisa teriam o propósito de comprar terrenos ligados a negócios do controlador da incorporadora, o empresário Nelson Tanure. Os advogados do empresário negaram tais fatos e afirmaram que essas manifestações seriam anexadas em outro processo no qual o dono da Esh responde por calúnia, difamação e perseguição a Tanure. Procurada, a Gafisa não comentou.
Com informações da Reuters e Agência Estado
Veja também:
- Quais são os melhores BDRs para investir em 2023, segundo analistas
- Criptomoedas promissoras para 2023, segundo especialistas
- Confira os melhores investimentos em renda fixa para 2023, segundo especialistas