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Análise

Morning Call: IBOV aos 112 mil pontos e apenas medidas fortes podem reanimar

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

Retrospectiva do fechamento: 

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, cedendo à piora das bolsas de Nova York no final do pregão, que ofuscou a disparada de mais de 12% das ações do Carrefour Brasil após anunciar a aquisição do Grupo BIG por 7,5 bilhões de reais. A operação que une o número 1 ao número 3 do varejo alimentar brasileiro, cria uma companhia de R$ 100 bilhões de faturamento anual. Além disso, abre uma enorme possibilidade de crescimento para Carrefour e o mercado esperava este crescimento inorgânico em algum momento e por isso os investidores devem reagiram positivamente. O Ibovespa caiu 1,06%, fechando a 112.064 pontos, com volume financeiro de R$ 30,57 bi.

Câmbio:

O dólar subiu forte registrando a maior lata diária dos últimos seis meses (+2,20%) na quarta-feira, superando os R$ 5,60, num movimento puxado pela piora da percepção de risco relacionado ao Brasil à medida que a pandemia explode no país e ameaça a perspectiva de retomada econômica e de debate sobre reformas. Dólar/Real: +2,20%, a R$ 5,6380.

Mercado hoje: 

No dia seguinte que o Brasil alcançou a trágica marca das 300 mil mortes por Covid-19, o Banco Central e o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltam à cena nesta quinta-feira. Os investidores ficarão atentos ao Relatório Trimestral de Inflação que o BC divulga às 8h com novas projeções econômicas. A divulgação será seguida por entrevista do presidente, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, a partir das 11h.

Nos últimos dias, o Banco Central declarou que a decisão de subir a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual e indicar outra alta da mesma magnitude na próxima reunião do Copom em maio, estão considerando os riscos fiscais de curto prazo em meio ao recrudescimento da pandemia no país e preocupações com a desancoragem das expectativas para a inflação. Campos Neto afirmou que a atual conjuntura global de juros baixos, liquidez abundante e disponibilidade de vacinas faz o mercado precificar um aumento da inflação, mas minimizou risco de problemas decorrentes desse cenário. 

A partir das 10h, a Comissão Temporária da Covid-19 promove audiência pública com Guedes, para debater o Plano Nacional de Imunização e o cumprimento de seus prazos, bem como a situação fiscal do país. Isso depois de um dia de piora da percepção de risco do Brasil à medida que a pandemia ameaça a perspectiva de retomada econômica e de debate sobre reformas. 

O dia também será marcado por votações do Orçamento de 2021 na Comissão Mista, por deputados e por senadores.

Europa: as bolsas operam em baixa na Europa, à espera do encontro virtual entre líderes da União Europeia, para discutir a terceira onda do coronavírus que atinge a região, assim como a aceleração da imunização da população. Há pouco, a bolsa de Frankfurt caía 0,12%, Londres -0,26% e Paris -0,27%.

Futuros em NY: Dow Jones sobe 0,25%, S&P 500 +0,24% e Nasdaq +0,36%; Yield da T-note de 10 anos sobe a 1,6290% ( de 1,61550%, ontem); Petróleo tipo Brent recua 1,38%, cotado a US$ 63,52; Ouro cai 0,17%, para US$ 1.730,25 a onça-troy.

Ásia: bolsa de Tóquio (Nikkei) subiu 1,14%; Seul (Kospi) +0,40%; Hong Kong (Hang Seng) recuou 0,07%; na China, Xangai composto desvalorizou 0,10%.

IBOV: o índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo, porém ao operar próximo do nível dos 115 mil pontos, interrompe temporariamente o movimento mais forte de baixa e começa a consolidar uma congestão, o que é positivo neste momento. No período mais longo, ainda se preserva acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.

Abaixo dos 115 mil pontos, devemos ficar atentos aos próximos movimento do IBOV, que poderá buscar o fundo anterior em torno de 109.000 e existem vários motivos para isso ou voltar para a consolidação (movimento lateral) em 115 mil pontos, que seria um sinal de força da bolsa brasileira.

Indicadores
Brasil:
Congresso vota Orçamento de 2021 (14h)
Fipe: IPC da terceira quadrissemana de março (5h)
IBGE: IPCA-15 de março (9h)
BC divulga Relatório Trimestral de Inflação (8h)
FGV: Sondagem da Construção e INCC de março (8h)
Tesouro faz leilão de LTN, NTN-F e LFT (11h)
BC oferta até 16 mil contratos (US$ 800 milhões), em rolagem (11h30)
EUA:
Terceira estimativa do PIB do 4TRI
Dpto Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego na semana até 20/03 (9h30)
Europa:
Alemanha/Gfk: índice de confiança do consumidor de abril (4h)
Reino Unido: Discurso de Andrew Bailey (BoE) (6h30)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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