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Análise

Morning Call: investidores de olho no Banco Central dos EUA e do Brasil

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

  • Retrospectiva do fechamento de ontem: 

Os números de arrecadação recorde em fevereiro, destacados como sinais de recuperação pelo ministro Paulo Guedes, amenizaram as perdas que o Ibovespa vinha operando desde a abertura. Descolado de NY, o índice chegou a cair mais de 2%, sob o peso dos riscos fiscais, pela pandemia descontrolada no País e os reflexos da crise na Turquia, que resultou na demissão do presidente do Banco Central, após subida dos juros no país, o que acendeu o sinal de alerta sobre os emergentes.

Mas o impacto foi menor que o temido. Após atingir máxima de 116.224,73 pontos, o Ibovespa fechou em queda de 1,07%, a 114.978,86 pontos, com giro de R$ 30,1 bilhões. Contribuíram para o desempenho negativo do Ibovespa a queda das commodities no mercado internacional. O minério de ferro caiu 2,71%, derrubando Vale e siderúrgicas. Entre os melhores desempenhos, GPA subiu forte na sessão (+5,5%), em movimento de recuperação após cisão do Assaí. Frigoríficos subiram refletindo dados de importação chinesa de carnes. Operaram na ponta negativa, Embraer (-7,44%), e  CVC (-1,13%) e Azul (-5,98%), segmentos mais sensíveis aos impactos da pandemia na economia.

  • Câmbio: 

O dólar começou a semana em alta contra o real, repercutindo o fortalecimento da moeda norte-americana no exterior em meio a debates sobre contágio a mercados emergentes a partir da turbulência na Turquia, onde houve troca de presidente do Banco Central. Dólar/Real: (+0,64%), a R$ 5,5190.

  • Mercado hoje: 

No Brasil, o investidor volta as atenções nesta terça-feira para a ata da última reunião do Banco Central e para o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, que tem o desafio de acalmar o mercado, que reagiu com inclinação maior da curva de juros em meio à deterioração do cenário de riscos.

Nos Estados Unidos, o presidente do Fed, Jerome Powell, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, darão depoimentos ao Congresso. Em declaração preparada, Powell disse que a recuperação econômica dos EUA avançou “mais rapidamente do que o esperado em geral”, mas que a recuperação plena ainda demora a acontecer. No texto da fala, divulgado antecipadamente, ele reforça a mensagem dovish que garante os juros baixos por longo tempo.

NY/Futuros: Dow Jones cai 0,48%, S&P 500 -0,45% e Nasdaq -0,21%; Yield do T-note de 10 anos recua a 1,63650% (1,69550%); Petróleo tipo Brent para maio cai 3,53%, para US$ 62,34 o barril; WTI para abril recua 3,54%, para US$ 59,44 o barril; Ouro para abril sobe 0,17%, para US$ 1.741,05 a onça-troy;

Europa: Bolsas europeias operam em queda com extensão de lockdown na Alemanha, além disso, o fabricante de caminhões sueca Volvo despenca 7,42%, após ter alertado sobre o impacto da falta de semicondutores, o que afetará sua produção de forma significativa no segundo trimestre. Isso representa os desafios atuais e o mercado vê que a recuperação econômica poderá atrasar ainda mais. A bolsa de Frankfurt perdia 0,51%, Londres -0,42%, Paris -0,67% e Madri -0,09%.

Já a lira turca subia cerca de 1% contra o dólar, depois de cair para perto de sua mínima recorde na sessão anterior após o presidente Tayyip Erdogan substituir um presidente “hawkish” do banco central por elevar as taxas de juros acima das expectativas.

Ásia: bolsa de Tóquio (Nikkei) fecha em queda de 0,61%, Hong Kong (Hang Sang) caiu 1,34%, Seul (Kospi) perdeu 1,01% e China Continental (Xangai Composto) desvalorizou 0,93%; O mau desempenho se deveu ao fato de os EUA e a UE terem imposto sanções contra a China na questão de direitos humanos; Pequim revidou com medidas contra indivíduos e entidades europeus.

IBOV: o índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo, porém ao operar no nível dos 115 mil pontos, interrompe temporariamente o movimento mais forte de baixa e começa a consolidar uma congestão, o que é positivo neste momento. No período mais longo, ainda se preserva acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.

Indicadores: 
Brasil:
BC divulga ata da reunião do Copom de 17 de março (8h)
FGV: Sondagem do Consumidor de março (8h) 
FGV: IPC-S da terceira quadrissemana de março (8h)
EUA:
Vendas de moradias novas em fevereiro (11h)
Jerome Powell (Fed) e Janet Yellen (Tesouro) testemunham ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes (13h)
API: estoques de petróleo (17h30)
Europa:
França: OCDE divulga relatório sobre resiliência econômica (11h30)
Ásia:
Japão: BoJ publica ata de reunião de política monetária (20h50) e PMI industrial de março (21h30)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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