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Análise

Morning Call: payroll nos EUA definirá o rumo das bolsas globais às 9h30

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global: nesta sexta-feira, 04 de junho, será divulgado o dado mais esperado da semana, o payroll de maio (9h30) com informações importantes do mercado de trabalho americano e é considerado decisivo para possíveis ajustes de política monetária do banco central americano (Fed), sinalizando possível redução de estímulos e elevação de juros que impacta todos os mercados globais, com mais volatilidade para os países emergentes, como o Brasil que está em fase de recuperação no que diz respeito a valorização dos ativos de risco (bolsa de valores) e enfraquecimento do dólar. Ontem, nos EUA tivemos surpresas positivas nos pedidos de seguro-desemprego, na criação de postos de trabalho no setor privado (ADP) e nos indicadores do setor de serviços em maio, com isso, os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir acima do nível de 1,6%. 

Neste início de pregão, as bolsas europeias operam com cautela em pequenas quedas e próximas da estabilidade à espera dos dados de emprego dos Estados Unidos (9h30). Se houver crescimento de vagas no mercado de trabalho americano acima das expectativas (estimativa de +700 mil), será um sinal de que o Federal Reserve poderá rever seu programa agressivo de estímulos antes do esperado. Na zona do euro, as vendas no varejo caem 3,1% em abril ante março (consenso era de queda de 1,2%) e avançam 23,9% em abril na base anual (consenso de +25,5%). Apesar dos dados de varejo abaixo das estimativas, o mercado olha para frente na expectativa de um segundo semestre de forte recuperação econômica, à medida que o combate ao Coronavírus avança no continente europeu e pelo mundo. 

Ásia: Na China, índice Xangai Composto fecha em queda de 0,1%; Tóquio, Nikkei caiu 0,5%; Seul, Kospi desvalorizou 0,6%; Hong Kong, Hang Seng recuou 0,1%; o índice Stoxx 600 segue estável (-0,01%), aos 450,76 pontos. A bolsa de Frankfurt caía 0,03%, Londres -0,26%, Paris -0,08% e Madri -0,67%. No pré-Mercado de NY: futuro do Dow  Jones cai 0,09%, do S&P 500 estável e do Nasdaq sobe 0,07%; Petróleo: Brent para agosto sobe 0,39%, para US$ 71,59 o barril; Ouro para agosto sobe 0,04%, negociado a US$ 1.874,00 a onça-troy. Minério de ferro fecha em queda de 1,73% em Qingdao, para US$ 207,35 a tonelada; ontem, subiu 0,86% para US$ 210,99.

Brasil: na volta do feriado de Corpus Christi, os negócios ainda ficam devendo a repercussão ao anúncio da S&P na 4ªF (que já pegou a bolsa na reta final) de manter o rating do Brasil. Já no lado negativo, fica por conta do aumento da CSLL cobrada dos bancos, aprovado na Câmara. Teremos um pregão que pode precificar o dia de ontem, quando as preocupações com a inflação e a ansiedade antes da divulgação do payroll de maio no EUA prevaleceram sobre os mercados. O principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado em Nova York seguiu o desempenho dos mercados acionários americanos e fechou a quinta-feira em queda de 0,95%.

Ibovespa: mais confiante na retomada econômica, o Ibovespa bateu pelo 4º dia seguido o recorde histórico de fechamento, impulsionado na quarta-feira (antes do feriado) pela fala de Dória de que o governo de SP pretende vacinar toda a população adulta do Estado até 28/6. A bolsa brasileira fechou na máxima, em alta de 1,04%, aos 129.601 pontos, com volume forte de R$ 46,2 bilhões. O investidor segue ignorando a CPI da Covid, a terceira onda e a crise hídrica, puxado pelas grandes empresas que compõem o índice. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções. 

Indicadores: 
Brasil: IHS Markit: PMI Composto e PMI de Serviços de maio (10h)
Reino Unido: G7 realiza reunião de ministros de Finanças
Zona do euro/Eurostat: vendas no varejo em abril (6h)
EUA/Dpto. do Trabalho: relatório de empregos (payroll) e taxa de desemprego de maio (9h30)
EUA/Dpto Comércio: Encomendas à indústria de abril (11h)
EUA/Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h)

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