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Quando o DI dispara, qual o melhor prazo para aplicações de renda fixa?

Leitora pergunta o que fazer em novo cenário; envie sua dúvida por e-mail.

CDI, Mão com símbolo de Cifrão representando o dinheiro

Pergunta de Patty: Quando o DI dispara, qual o melhor prazo para aplicações de renda fixa? Como identificar isso na curva?

Resposta de Stanley Galvão*:

Olhando com atenção para a pergunta, observamos que ela é uma simplificação da maior questão do mercado financeiro: “Agora que o cenário mudou, o que devo fazer?”

Aprofundando a análise, fica evidente que todos nós desejamos equilibrar dois sentimentos. Primeiro, satisfazer o constante desejo de obter a maior rentabilidade e depois, acalmar o medo de tomar decisões erradas e perder dinheiro.

Vamos refletir sobre o medo que está explícito na pergunta: o risco de liquidez.

Numa aplicação de renda fixa, ao escolhermos um prazo, definimos a liquidez do investimento. Por exemplo, se decidimos por uma LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) de 180 dias com uma taxa pré-fixada de X%, podemos viver três emoções ao longo da duração do contrato:

  •  Imensa felicidade em ver a DI sempre abaixo de X%, isso traz um sentimento de vitória. Ganhei mais que todos.
  • Indiferença ao constatar que ao fim do período a DI foi igual a X%, o mesmo que comer chuchu cozido sem tempero.
  • Absoluto ódio ao perceber que a cada dia a DI vai superando os X%, aquela sensação de rasgar dinheiro. Perdi.

Tenho uma péssima notícia para você que chegou até aqui. Eu não sei como garantir 180 dias de felicidade. Pior: se alguém disser que sabe, fuja, pois é mentira.

Desta forma, não existe “melhor prazo” para a renda fixa. Ela deve cumprir dois grandes papéis em sua carteira:

  1. Gerar a liquidez e a segurança necessárias para sua reserva de segurança, que em geral é de 6 a 8 meses de seus custos
  2. Reduzir a volatilidade (oscilação) de sua carteira como um todo, para que você não seja tentado a tomar más decisões, como resgatar investimentos em momentos de crise, com perda permanente de capital.

Com isso em mente, tenha liquidez diária e baixa oscilação na renda fixa para os investimentos em sua reserva de segurança e, para a composição de sua carteira com outros tipos de investimentos em renda fixa, também é possível contar com profissionais para gerir ativamente sua carteira, já que a complexidade aumenta muito.

 Agindo assim, você terá tranquilidade sobre as decisões tomadas e certamente colherá melhores frutos para o seu bolso e suas emoções.

Obs: O índice DI é considerado uma “taxa referência”. É a taxa de juros que as instituições financeiras utilizam para emprestar dinheiro uns aos outros. Muitas vezes chamamos informalmente de CDI o que é taxa DI, referência que influencia diretamente a rentabilidade dos seus ativos. Mas como funciona o CDI? Entenda no Guia Financeiro.

*Stanley Galvão, Planejador Financeiro na Fiduc

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