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Mercado Livre cresce no mercado de criptomoedas

Os investimentos da gigante do varejo nas criptos alcançou US$ 21 milhões (cerca de R$ 105 milhões) em setembro de 2023.

* ARTIGO

O Mercado Livre (MELI34), uma potência no cenário do comércio eletrônico da América Latina, está colhendo os frutos de sua incursão no mercado de criptomoedas, conforme revelado em seu mais recente relatório de ganhos trimestrais. 

Em setembro de 2023, a empresa surpreendeu o mercado ao registrar um aumento notável nos ativos digitais mantidos para os clientes, saltando de US$ 6 milhões para impressionantes US$ 21 milhões (R$ 105 milhões)

Galpão logístico do Mercado Livre. São Paulo. Divulgação/REUTERS.

Esse crescimento surpreendente é resultado de uma estratégia ousada implementada pela empresa em dezembro de 2021, quando decidiu oferecer bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) para seus clientes, marcando uma mudança estratégica importante rumo à diversificação de serviços e ativos.

A visão que impulsionou o Mercado Livre a entrar no mercado de cripto foi articulada pelo CEO da empresa, Marcos Galperin. O executivo acredita que os ativos digitais representam uma maneira de democratizar o acesso ao dinheiro e aos serviços financeiros.

Cobrindo uma ampla gama de 18 nações, o Mercado Livre trouxe a opção de comprar bitcoin, começando pelo Brasil. Em um passo adiante, essa oferta foi estendida ao México, consolidando ambos os países como peças-chave nos resultados notáveis da empresa.

Por dentro dos detalhes

O balanço do 3° trimestre do Mercado Livre superou as expectativas dos investidores, atingindo a marca de US$ 3,8 bilhões em receitas e um lucro expressivo de US$ 685 milhões. Os três países que lideraram as receitas da companhia foram o Brasil, a Argentina e o México.

O Brasil se destacou com uma receita líquida de US$ 2 bilhões, o que representa 53,4% do total das receitas da empresa. Em contraste, a Argentina obteve uma receita líquida de US$ 825 milhões, aproximadamente 21,9% do total, enquanto o México alcançou US$ 772 milhões, correspondendo a 20,5% das receitas globais. Outros países contribuíram com US$ 157 milhões, ou 4,2%. 

Embora o Brasil, a Argentina e o México tenham liderado as receitas, a empresa continua expandindo sua presença em outros países, assim como seus investimentos em novos produtos e serviços para impulsionar seu crescimento.

Uma estratégia com zoom out

Os resultados positivos alcançados pelo Mercado Livre, incluindo no mercado de criptomoedas, refletem a confiança no potencial de crescimento desses ativos, mesmo diante de tanta volatilidade. 

Conforme pronunciamentos anteriores, para a empresa, a incursão no setor é apenas o começo, já que a tendência à adoção de criptomoedas no cenário do e-commerce latino-americano — e do mundo — tem crescido ao longo dos anos.

Nesse contexto, ainda que tímido para os menos familiarizados, o Mercado Livre tem se destacado como um líder no mercado. Além da possibilidade de comprar bitcoin e ethereum, a empresa também se aventurou no mundo das criptomoedas ao apresentar a Mercado Coin no ano passado, que pode ser negociada usando sua própria carteira digital, o Mercado Pago.

Essa estratégia de expansão de serviços financeiros, além de outras que também estão em curso, podem tanto ajudar a empresa a diversificar suas fontes de receita quanto a se tornar uma solução mais completa para seus usuários na América Latina.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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