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Parceria entre Mastercard e Binance: o salva-vidas para os argentinos

Com o cartão pré-pago que gera recompensas, a ideia das duas empresas é fomentar o uso de criptomoedas.

ARTIGO*

Recentemente, a Binance, maior exchange do mundo, e a gigante financeira Mastercard anunciaram o lançamento do cartão pré-pagoBinance Card”, na Argentina.

Anúncio da parceria feita pelo Binance. (Imagem: Reprodução/Twitter)

O país é o primeiro da América Latina a ter o produto. O objetivo é preencher a lacuna entre criptomoedas e compras diárias.

Porém, como a troca do peso argentino — que vale cada vez menos —para cripto pode acontecer em tempo real, as moedas digitais também podem se tornar os heróis da economia, pois nossos vizinhos estão passando por um momento economicamente desfavorável há décadas.

Com o acesso fácil ao bitcoin (BTC) ou até mesmo às stablecoins atreladas ao dólar, como USD Coin (USDC) e Thether (UDST), “mesmo sem querer”, a parceria pode salvar los hermanos da inflação, já que a própria moeda governamental está cada vez mais perdendo valor.

Como vai funcionar?

O cartão é pré-pago, e permitirá que os usuários paguem contas e façam compras com bitcoin e outras criptos. Além disso, será fornecido cashback (em criptos) de até 8% nas compras qualificadas e não haverá cobranças por saques em caixas eletrônicos.

Segundo o anúncio, os usuários também poderão converter seus ativos digitais em moeda fiduciária em tempo real, diretamente no ponto de compra. Com isso, o cartão pré-pago também será um bote salva-vidas, pois os argentinos poderão obter dólares facilmente e “se livrar” da deterioração da moeda local. 

Ademais, o lançamento possibilitará que qualquer cidadão com identidade nacional argentina realize transações com essas moedas em qualquer estabelecimento que aceite Mastercard – são mais de 90 milhões, físico e online.

Quanto vale um peso argentino?

A inflação do país está acima dos dois dígitos há quase 10 anos, e chegou a 64% no acumulado de 12 meses até julho. Por consequência, há a perda do poder de compra da população, assim como a desvalorização do peso argentino em relação a outras moedas.

No câmbio atual, por exemplo, R$ 1 equivale a 25,73 pesos argentinos. E, quando comparamos ao dólar americano, o desastre é ainda pior: 1 peso argentino equivale a US$ 0,0075

Relação entre peso argentino e dólar, mostrando a perda do seu poder de compra da moeda argentina desde 2021. (Fonte da imagem: Investing.com/Deep Knowledge Investing)

De olho na curva de adoção

Ao que tudo indica, a parceria entre as gigantes está “apenas” seguindo o curso de uma perspectiva já esperada entre os entusiastas das criptomoedas.

As tecnologias disruptivas, como o bitcoin, rádio, televisão e internet, costumam ter uma curva de adoção semelhante em formato de ‘S’, em que, a partir de um determinado momento, a adoção se acentua exponencialmente:

Curva de adoção das tecnologias disruptivas. (Fonte da imagem: BlackRock)

Pelo que podemos ver, as criptomoedas, representadas pelo bitcoin, estão tendo uma aceitação semelhante às demais tecnologias. Em termos de adoção, por exemplo, a maior moeda digital do mercado tem praticamente os mesmo usuários que a internet tinha em 1997.

De fato, todos possuem liberdade para gostar de criptomoedas e companhia, mas negar a revolução que estão trazendo para a sociedade e o potencial como investimento tem tudo para ser um grande erro. 

*Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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