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Economia

5 fatos para hoje: mais dinheiro na poupança em maio e Copa América no Brasil

Os brasileiros depositaram R$ 72,636 milhões líquidos na poupança no mês passado.

Poupança
Crédito: Shutterstock

1- Proposta de compra da Latam Brasil pela Azul pode sair em 90 dias, afirma banco

Uma proposta da Azul (AZUL4) para comprar a operação brasileira da Latam pode ser feita em até 90 dias, segundo avaliação do Bradesco BBI. Em relatório distribuído a clientes, os analistas Victor Mizusaki e Pedro Fontanta afirmaram que uma fusão entre as duas empresas é “muito provável”. A divulgação do relatório fez as ações da Azul subirem 5,6% na segunda-feira (7).

A Azul vem tentando negociar a aquisição da concorrente desde o começo da pandemia e, neste ano, adotou uma estratégia mais agressiva. No fim de maio, a empresa publicou uma nota em que afirmou acreditar que “um movimento de consolidação é uma tendência do setor no pós-pandemia” e que “está em uma posição forte para conduzir um processo nesse sentido”, sinalizando estar interessada em comprar a Latam no Brasil.

Como a Latam está em recuperação judicial nos Estados Unidos, os credores da empresa podem solicitar que a proposta de venda da operação brasileira da companhia seja incorporada ao plano de reestruturação. O cronograma prevê que esse plano seja apresentado até o fim deste mês e votado até 23 de agosto.

A Latam vem se posicionando contra a venda de sua operação brasileira, com o presidente da empresa no país, Jerome Cadier, negando qualquer negociação. A Azul, porém, pode articular a compra diretamente com os credores da concorrente.

No relatório, o Bradesco BBI destacou que dois grandes credores da Latam podem ter interesse na venda, dado que eles também detêm participação na Azul e teriam um bom retorno se o negócio saísse. O Oaktree Capital Management (empresa americana especializada em investimento de risco), é acionista da Azul, e o Knighthead Capital (também americano) detém títulos convertíveis.

Apostando na fusão das companhias,o Bradesco BBI elevou a recomendação das ações da Azul e da Latam. Os papéis da Azul passaram a ser considerados com uma performance superior à da média do mercado e os da Latam com uma neutra (antes, estavam abaixo da média). O banco afirmou ainda que as ações da Azul devem chegar a R$ 75 no ano que vem – uma alta de 59% na comparação com o preço atual – e os da Latam a US$ 3 (alta de 4,9%).

Ainda segundo o documento do Bradesco BBI, para evitar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) barre o negócio, a Azul pode não incluir a operação internacional da Latam no acordo e abrir mão de alguns horários de pouso e decolagem (slots, no jargão do setor) nos aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro).

Além das negociações para ficar com a Latam Brasil, a Azul está trabalhando para levantar no mercado entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões na próxima quinta-feira, apurou o Estadão. A companhia pretende emitir títulos de dívida no exterior com prazo de cinco anos. O recurso deve ser usado para fortalecer o caixa da empresa, e não tem relação com o projeto de aquisição da concorrente, segundo fontes.

2- Brasileiros depositam R$ 72,636 milhões líquidos na poupança em maio, diz BC

Em meio à segunda onda da pandemia, os brasileiros depositaram R$ 72,636 milhões líquidos na poupança em maio, informou o Banco Central. Este foi o segundo mês de captação positiva para a poupança após três meses de saques líquidos. O resultado ocorre na esteira da volta do pagamento do auxílio emergencial para uma parcela da população.

Em maio, os aportes na poupança somaram R$ 281,236 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 281,164 bilhões. Considerando o rendimento de R$ 1,992 bilhão da caderneta em maio, o saldo total das contas chegou a R$ 1,021 trilhão.

Maio foi o segundo mês de 2021 em que houve mais depósitos do que saques na poupança. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, os brasileiros haviam retirado recursos da caderneta.

No acumulado de janeiro a maio, a população já retirou R$ 23,628 bilhões líquidos da caderneta. Em 2020, a poupança havia registrado dez meses consecutivos de depósitos líquidos (de março a dezembro).

A poupança é remunerada atualmente pela taxa referencial (TR), que está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros), hoje em 3,50% ao ano. Na prática, a remuneração atual da poupança é de 2,45% ao ano. O porcentual não cobre necessariamente a inflação.

Esta regra de remuneração da poupança vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).

3- Crédito ao consumidor nos EUA cresce US$ 18,6 bilhões em abril, revela Fed

O crédito ao consumidor dos Estados Unidos cresceu US$ 18,6 bilhões na passagem de março para abril, segundo dados publicados pelo Federal Reserve, o que representa um avanço anualizado de 5,3%, feitos os ajustes sazonais. O resultado veio abaixo das previsões de analistas consultados pelo “Wall Street Journal”, que projetavam ganho de US$ 20 bilhões.

O crédito rotativo, composto na maior parte por cartões de crédito, recuou 2,4% em relação a abril do ano anterior.

Já o crédito não rotativo, que inclui empréstimos para financiamento estudantil e de automóveis, teve alta de 7,6% em igual base de comparação.

O crédito ao consumidor de março, por sua vez, foi revisado para baixo, de uma alta de US$ 25,8 bilhões para um crescimento de US$ 18,6 bilhões.

4- Presidentes da Câmara e Senado pressionam por programa social permanente

Os presidentes do Congresso vêm deixando clara, em declarações públicas, sua preocupação em estabelecer um programa social permanente que substitua ou amplie o Bolsa Família.

Em evento com investidores nesta segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso precisa ter um “projeto viável” de criação desse programa que possa ser votado antes do recesso parlamentar, a partir de 17 de julho, ou mesmo antes do pagamento da última parcela do auxílio emergencial, de forma a possibilitar que entre em vigor ainda neste ano.

Lira não considera que uma prorrogação do auxílio seja “a melhor solução”. Neste ponto, ele diverge do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que além de um programa de renda permanente, defende que o pagamento do auxílio seja estendido por mais um ou dois meses.

Segundo Pacheco, “o Brasil não poderá deixar de assistir os ‘herdeiros’ da crise econômica provocada pela pandemia”.

Eventual prorrogação do auxílio já foi mencionada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que a condicionou ao desenrolar da pandemia.

5- OMS diz que Brasil deveria reconsiderar sediar Copa América se não puder administrar os riscos

A principal autoridade de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, quando questionado sobre o Brasil sediar a Copa América, disse na segunda-feira que aconselharia qualquer país que vá realizar eventos com grande reunião de pessoas a ser extremamente cauteloso no gerenciamento de risco.

Caso contrário, disse Ryan, um país anfitrião como o Brasil deveria reconsiderar, visando a segurança e a desaceleração da disseminação da Covid-19. A Argentina desistiu de sediar o torneio –previsto para ocorrer entre 13 de junho e 10 de julho– quando a pandemia lá piorou, e o Brasil se apresentou como possível anfitrião, apesar das objeções de algumas autoridades que investigam a resposta do governo à pandemia.

“Aconselharíamos que qualquer país que vá realizar tal reunião em massa, especialmente no contexto da transmissão comunitária, seja extremamente cauteloso em garantir que haja um gerenciamento de risco adequado”, disse Ryan a repórteres. “Se essa gestão de risco não pode ser garantida, então certamente os países deveriam reconsiderar suas decisões de hospedar ou realizar qualquer reunião em massa.”

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(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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