O Banco Central inseriu US$ 1,2 bilhão no mercado de câmbio nesta segunda-feira (18) após venda líquida de contratos de swap cambial tradicional, divididos entre um leilão extraordinário e um já previsto em calendário, em meio a esforços da autarquia para suprir demanda por moeda estrangeira e amenizar distorções na taxa cambial.
Ainda assim, o dólar à vista mostrava forte alta de mais de 1,4%, que empurrava a cotação acima de R$ 5,53 nesta segunda. O retorno do BC na semana passada com intervenções mais pesadas ocorreu num dia em que o real estava visivelmente descolado de seus pares, que operavam em alta na ocasião. Nesta segunda, as moedas emergentes recuavam, mas o real caía mais.
O BC vendeu todos os 14 mil contratos de swaps cambiais –o equivalente a US$ 700 milhões– ofertados em leilão que faz parte de medidas anunciadas no fim de setembro para aliviar a maior pressão compradora na virada do ano devido ao desmonte do “overhedge” por instituições financeiras.
O “overhedge” é uma proteção cambial adicional adotada por bancos que deixou de ser interessante depois de mudanças em regras tributárias. Desfazê-lo implica compra de dólares.
No leilão de swap voltado para o “overhedge” –que faz parte de uma “ração” às segundas e quartas que o BC tem oferecido–, a autarquia vendeu 5.500 contratos para 1º de junho de 2022 e 8.500 para 1º de setembro de 2022.
Mais cedo, o Banco Central já havia colocado o equivalente a US$ 500 milhões, ou 10 mil contratos, em leilão extraordinário de swap cambial tradicional, com 4.200 contratos para 1º de fevereiro de 2022 e 5.800 para 1º de junho de 2022.
Essa operação, que não faz parte das medidas anunciadas no mês passado mirando o “overhedge”, é da mesma natureza das realizadas pelo BC na semana passada, quando o dólar estava em forte alta, embora o lote tenha sido reduzido pela metade em comparação aos 20 mil contratos ofertados diariamente entre quarta e sexta-feira (15).
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