O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 0,41% em abril, ante alta de 2,37% em março, com o arrefecimento dos preços de combustíveis e commodities agrícolas respondendo pela desaceleração, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (6).
Com isso, o índice passou a acumular nos 12 meses até abril alta de 13,53%. O resultado do mês ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,88%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, teve alta de 0,19% em abril, bem abaixo da taxa de 2,37% do mês anterior.
André Braz, coordenador dos índices de preços, explicou em nota que “a desaceleração dos preços do diesel (de 16,86% para 6,87%) e da gasolina (de 12,69% para 5,36%), além da queda registrada nos preços da soja (de 3,48% para -8,02%), do milho (de 1,49% para -9,82%) e do minério de ferro (de 2,82% para -3,90%), foram fundamentais para o forte recuo da taxa do IPA”.
Para o consumidor, a pressão recuou ligeiramente, uma vez que o avanço do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI — enfraqueceu a 1,08% no período, de 1,35% em março.
A inflação ao consumidor “desacelerou principalmente graças à contribuição da energia elétrica (de 1,60% para -6,78%)”, disse Braz, enquanto “a gasolina (de 5,08% para 3,19%), que subiu menos entre março e abril, também contribuiu para o arrefecimento”.
Já a alta do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) acelerou a 0,95% em abril, de 0,86% em março.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
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