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Economia

IGP-M tem deflação de 0,95% em abril e acumula queda de 2,17% em 12 meses

É a primeira vez desde fevereiro de 2018 que a taxa fica negativa no acumulado.

O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), conhecido como referência para reajustes do aluguel, teve deflação de 0,95% em abril, após alta de 0,05% em março, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com o resultado, o índice acumula variação negativa de 0,75% no ano e retração de 2,17% em 12 meses. Essa é a primeira vez, desde fevereiro de 2018, que a taxa em 12 meses fica negativa.

Carregamento de soja do Brasil para a China. REUTERS/Paulo Whitaker

Em abril de 2022, o índice havia subido 1,41% e acumulava alta de 14,66% em 12 meses.

Preços de commodities em queda  

De acordo com André Braz, coordenador dos índices do FGV/Ibre, os preços de importantes commodities para o setor produtivo seguem em queda como a soja (-9,34%), milho (-4,33%) e minério de ferro (-4,41%), e abrem espaço para descompressão dos custos de importantes segmentos varejistas favorecendo a chegada desses efeitos nos preços ao consumidor.

O IPC, ainda que esteja registrando desaceleração, segue pressionado pelos reajustes de preços administrados, como gasolina (2,39%), energia (1,31%) e medicamentos (2,02%). Além disso, os serviços livres também persistem com inflação em elevado patamar. Entre os itens deste segmento, vale destacar o aluguel residencial com alta de 1,31% em abril.”

Outros indicadores para abril

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, apresentou deflação de 1,45% em abril, depois de cair 0,12% no mês anterior.

A principal contribuição para este resultado foi do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,96% para 0,65%, no mesmo período.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,46% em abril, de 0,66% no mês anterior. A maior contribuição foi do grupo Transportes, cuja variação passou de 2,22%, para 0,85%.

E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,23%, depois de alta de 0,18% em março.

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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