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Economia

Lula: ‘Próximos indicados ao BC defenderão interesses do governo’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, 7, em café da manhã com colunistas, que os próximos nomes que indicará para diretorias do Banco Central serão de pessoas que defendem os interesses do governo. A fala foi reportada pela comentarista de política e economia da GloboNews Julia Duailibi, que participou do encontro, em sua conta no Twitter.

De acordo com a jornalista, Lula lembrou que no ano que vem indicará dois diretores para a autoridade monetária, que participarão das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem sido criticado por Lula e demais membros do governo e aliados por causa do atual patamar da taxa básica de juros, em 13,75% ao ano.

Campos Neto foi indicado ao posto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Também na gestão anterior, foi aprovado pelo Congresso Nacional a autonomia do Banco Central, que dá mandato a Campos Neto no comando da autarquia.

Presidente do BC, Roberto Campos Neto em 12/04/2022. (Foto: Adriano Machado/Reuters). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13/02/2023. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Presidente do BC, Roberto Campos Neto em 12/04/2022. (Foto: Adriano Machado/Reuters). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13/02/2023. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Tentativa de politizar Copom preocupa

Na véspera, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de evento promovido pelo Bradesco BBI onde citou que as críticas recorrentes do governo Lula quanto a condução da política monetária por parte do BC chamam atenção também dos diretores da autarquia, que se dizem preocupados com as tentativas de politizar o processo de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

Segundo Campos Neto, o processo de decisão do Comitê é “totalmente técnico” e que é prerrogativa do governo escolher os diretores.

“Não estamos preocupados se o pensamento do diretor é de direita, centro ou de esquerda. Estamos preocupados com a capacidade técnica do trabalho”.

Segundo o executivo, a supervisão da diretoria é de extrema importância, ainda mais no momento atual onde o sistema financeiro está sendo digitalizado.

“Precisamos de pessoas que de fato entrem jogando e que tenham capacidades técnicas para exercer o trabalho. Se alguém tiver uma visão de um lado ou outro, vamos discutir, mas diferentes pensamentos fazem parte. Adoraria que aumentasse a diversidade. Temos feito esse esforço, mas nem sempre dá para ser feito na velocidade que se quer. Mas o mais importante é ter pessoas técnicas para fazer o trabalho”. 

*Com Reuters

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