O Banco Central avalia que a condução da política fiscal pode afetar a inflação não só por meio dos efeitos diretos na demanda, como também via preços de ativos, grau de incerteza na economia, expectativas de inflação e taxa de juros neutra, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira.
O documentou ressalta ainda que o tema das contas públicas foi debatido de forma extensa na reunião de dezembro do Copom.
“Em ambiente de hiato do produto reduzido, o impacto de estímulos fiscais significativos sobre a trajetória de inflação tende a se sobrepor aos impactos almejados sobre a atividade econômica”, disse.
Segundo a ata, a existência de capacidade ociosa na economia e a confiança sobre a sustentabilidade da dívida são fatores determinantes para uma política fiscal expansionista atingir os impactos almejados sobre a atividade.
O BC decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano em reunião na semana passada, quando deu recados ao governo eleito ao dizer que há elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e ressaltar que acompanhará com atenção o quadro das contas públicas.
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