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Economia

Renda Brasil ‘está suspenso’, diz Bolsonaro sobre a proposta atual

Presidente disse que a versão apresentada a ele pela equipe de Paulo Guedes ‘não será enviada ao Parlamento’

Presidente Jair Bolsonaro discursa em Ipatinga (Foto: Marcos Correa/PR)
O presidente Jair Bolsonaro discursa em Ipatinga, MG (Foto: Marcos Correa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (26) que a versão atual da proposta do programa Renda Brasil feita pela equipe econômica está suspensa e não será enviada ao Parlamento. “Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos. Não podemos fazer isso”, disse ele em um evento da Usiminas em Ipatinga (MG).

A proposta da equipe do ministro Paulo Guedes com a criação do Renda Brasil, que seria um substituto ao Bolsa Família, é reformular programas considerados “ineficientes” pelo governo. Entre eles está o abono salarial – benefício de um salário mínimo voltado para quem ganha até dois pisos.

Nesta quarta, no entanto, Bolsonaro criticou essa reestruturação. “Como por exemplo a questão do abono para quem ganha até dois salários mínimos. Seria um 14º salário. Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas para dar para um Bolsa Família ou Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa”, disse.

Eu ontem falei: ‘olha, está suspenso’. Vamos voltar a conversar. A proposta como a equipe econômica apareceu para mim não será enviada ao Parlamento”, afirmou Bolsonaro.

Entenda o impasse

Além da reestruturação para custear o programa, o valor do benefício também tem sido alvo de divergências no governo. O montante sugerido pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes para o Renda Brasil é de R$ 247 – menor que o desejado pelo presidente. O objetivo de Bolsonaro é manter o valor do benefício igual ao das últimas parcelas previstas do auxílio emergencial, de R$ 300.

No entanto, o ministro Paulo Guedes disse ao presidente que, para isso, é preciso cortar as deduções de saúde e educação do Imposto de Renda.

As discussões sobre o valor do possível benefício acontecem logo após pesquisas apontarem um aumento de popularidade de Bolsonaro, que, segundo analistas, estaria relacionada ao pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus.

As divergências têm causado impactos no mercado financeiro, com investidores monitorando a relação entre Bolsonaro e Guedes e sua equipe.  

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