Segundo levantamento da TradeMap, uma plataforma de informações financeiras, mais de 30 papéis de companhias de setores distintos estão retornando bem ao investidor que as aluga. Essa é uma operação gerenciada pela B3 e que também pode ser chamada como “empréstimo de ativos”. Isso porque a modalidade permite que um investidor empreste a outro tanto ações como cotas de fundos imobiliários em troca de uma taxa por esse aluguel.
O doador das cotas ou das ações costuma ter uma estratégia de longo prazo, a exemplo do proprietário que aluga um imóvel e que pretende ter rendimento com a locação. Já o tomador – semelhantemente ao locatário – aluga as ações do doador, vende elas enquanto estão emprestadas em contrato para, mais tarde, recomprar elas por um preço menor. Nesse caso, o ganho dele está condicionado à queda no valor do papel e não a uma taxa. O que se resume a um maior risco.
Das 31 ações que têm uma taxa de empréstimo superior a 11,75% ao ano, o destaque é dos papéis do Traders Club (TRAD3), com um percentual de quase 59,5% de retorno neste ano até fim de março. Em seguida estão os papéis do Banco Inter (39,98%); dos Fertilizantes Heringer (34,92%), Time For Fun (30%), Get Ninjas (22,9%), além de Telefônica Brasil ( 22,59%), Cyrela (22,1%), Azul (19,94%), Brasil Brokers (19,87%).

Quanto mais pessoas buscam o aluguel de uma ação apostando na desvalorização do papel mais alta será a taxa do empréstimo. E isso acontece porque o doador vai oferecer esse ativo obviamente para quem está pagando mais, o que aumenta a taxa no mercado conforme aumenta a demanda. Um exemplo é o Traders Club (TRAD3), cuja queda nas ações até 31 de março era de 30%, enquanto o retorno com o aluguel das ações era de 59,5%.
Assista ao Cafeína com Samy Dana e Dony De Nuccio e veja outras empresas que vêm amargando quedas expressivas na bolsa, mas que vêm gerando altos retornos via aluguel de ações.
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