O bitcoin (BTC) caiu para o nível mais baixo desde julho nesta segunda-feira (9), com a queda dos mercados de ações continuando a pressionar criptomoedas, que atualmente estão sendo negociadas em linha com ativos de risco maior, como ações de empresas de tecnologia.
O bitcoin caiu para US$ 32.763,16 pouco antes das 8h (horário de Brasília), em sua quinta sessão consecutiva de queda. Às 11h58 exibia baixa de 4,5%, a US$ 32.491,78.
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A criptomoeda acumula queda de 13% até agora em maio e perdeu mais da metade de seu valor desde que atingiu uma alta histórica de US$ 69 mil em novembro do ano passado.
“Acho que tudo dentro da criptomoeda ainda é classificado como um ativo de risco e, semelhante ao que vimos com o Nasdaq, a maioria das criptomoedas está sendo atacada”, disse Matt Dibb, diretor de operações da plataforma de criptomoedas Stack Funds, com sede em Cingapura.
O índice Nasdaq caiu 1,5% na semana passada e perdeu 22% no acumulado do ano, prejudicado pela perspectiva de inflação persistente forçando o Federal Reserve a aumentar juros. O Nasdaq recuava 3% no início da tarde.
Dibb disse que outros fatores para o declínio no fim de semana – o bitcoin fechou na sexta-feira em torno de US$ 36 mil – foram a baixa liquidez do mercado de criptomoedas e também temores de curta duração de que a stablecoin algorítmica chamada Terra USD (UST) poderia deixar de ser atrelada ao dólar.
A UST é observada de perto pela comunidade de moedas digitais, tanto por causa da nova maneira pela qual mantém sua indexação ao dólar 1:1, quanto porque seus criadores estabeleceram planos para montar uma reserva de US$ 10 bilhões em bitcoins para apoiar a stablecoin, o que significa que a volatilidade na UST poderia potencialmente se espalhar para os mercados de bitcoin.
O ether, a segunda maior criptomoeda do mundo, caiu para US$ 2.360 na segunda-feira, o menor nível desde o final de fevereiro. No início da tarde, a moeda digital mostrava baixa de 5,1%, a US$ 2.394,85.
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