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Finanças

Bolsa fecha acima dos 117 mil pontos antes da pausa do Natal, mas cai na semana

No acumulado da semana, de apenas três pregões, o índice recuou 0,18%.

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Em um dia de baixo volume de negociações na bolsa brasileira, na última sessão antes da pausa do Natal, o Ibovespa fechou em alta de 1% aos 117.806,85 pontos nesta quarta-feira (23).

No acumulado da semana, de apenas três pregões, o índice recuou 0,18%.

O índice foi puxado pelas ações da Petrobras (PETR4;PETR3) que saltaram 2,53% e 2,19% respectivamente acompanhando a valorização do petróleo internacional.

Os preços do commoditie subiram mais de 2% nesta quarta-feira, impulsionados pelas quedas nos estoques de petróleo, de gasolina e de produtos refinados nos Estados Unidos, que aumentaram as esperanças de investidores na retomada da demanda por combustíveis.

Os contratos do petróleo Brent fecharam em alta de 1,89%, a US$ 51,11 por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) subiu 2,19%, para US$ 48,05 o barril.

O Ibovespa também sustentou os ganhos com a ‘bomba fiscal’ que ficou fora do radar. Ontem os investidores estavam preocupados com a votação da PEC dos municípios, que acabou não acontecendo.

Indicadores econômicos também animaram o mercado doméstico. O Brasil abriu 414.556 vagas formais de emprego em novembro, recorde para todos os meses da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) iniciada em 1992, desempenho que levou o saldo do ano a território positivo apesar do impacto no mercado de trabalho da pandemia de coronavírus.

No acumulado do ano, há criação líquida de 227.025 vagas.

Em Wall Street, foi um dia positivo mesmo com Trump se recusando a assinar o pacote de estímulos de US$ 900 bilhões, alegando a necessidade de ajustes. Os investidores permanecem na expectativa e apostam em setores que devem se beneficiar na retomada econômica.

O número de pedidos de auxílio desemprego na semana também caiu para 803 mil, patamar bem abaixo das expectativas do mercado de 888 mil.

As bolsas americanas fecharam mistas: Dow Jones fechou em alta de 0,38%, o índice S&P 500 valorizou 0,07% e Nasdaq caiu 0,29%.

Na Europa foi um dia de alta expressiva, apesar das duas cepas mais infecciosas do novo coronavírus está circulando no Reino Unido, as bolsas foram impulsionadas pela expectativa de um acordo pós-Brexit.

A maior alta foi da bolsa de Madri (IBEX35) que subiu 1,76%, aos 8073,60 pontos

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O dólar fechou em alta firme contra o real nesta quarta-feira, contabilizando a maior valorização semanal em três meses, com investidores voltando a montar posições na moeda brasileira para proteger aplicações em outros mercados.

O dólar comercial fechou em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,199. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,219.

Destaques da Bolsa

O destaque positivo do dia foi da PetroRio (PRIO3) que saltou 10,81%, repercutindo a forte alta nos contratos futuros de petróleo.

Entre as maiores altas do Ibovespa estavam também as aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) que valorizaram 6,89% e 5,32%, respectivamente. As companhias do ‘kit coronavírus’ conseguiram se recuperar das perdas da semana.

No lado oposto do Ibovespa recuaram: Minerva (BEEF3) que caiu 2,54% e Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) que fecharam em baixa de 2,27% e 1,94%, respectivamente.

Na semana, de apenas três pregões, a maior alta foi da PetroRio (PRIO3) com valorização de 17,77% e a maior queda ficou com a CVC (CVCB3) que despencou 13,36%.

Bolsas americanas

O S&P 500 encerrou em leve alta nesta quarta-feira diante da expectativa de um acordo de estímulo e a queda dos pedidos de auxílio-desemprego levando investidores a aportarem recursos em setores que provavelmente irão se beneficiar da reabertura econômica quando ela se recuperar da crise sanitária mundial.

Embora o índice Dow Jones e as empresas de pequena capitalização tenham liderado os ganhos, o índice Nasdaq, altamente tecnológico, encerrou a sessão em leve recuo.

As ações cíclicas, vistas como particularmente sensíveis à economia e que foram prejudicadas por fechamentos obrigatórios e devem se beneficiar mais com a recuperação econômica, apresentaram desempenho superior.

A migração para papéis cíclicos reflete uma confiança crescente na recuperação da recessão pandêmica e começou depois que dados promissores de vacinas em estágio final foram divulgados no início de novembro.

“É um sinal de boas-vindas ver a migração para setores degradados”, disse Matthew Keator, sócio-gerente do Keator, empresa de gestão de fortunas em Massachusetts. “Isso mostra a importância do valuation e a importância da diversificação.”

“Isso também mostra a esperança que existe”, acrescentou Keator. “Quando você vê a cotação do petróleo aumentar e as indústrias de viagens e turismo em alta, isso enuncia o mercado olhando para o futuro e precificando sob essa esperança.”

A possibilidade de shutdown do governo dos Estados Unidos, para não mencionar a falta de novos estímulos fiscais, levou os investidores a lidarem com a dificuldade depois que o presidente Donald Trump ameaçou vetar um pacote de financiamento de 2,3 trilhões de dólares, que também inclui um acordo de alívio à pandemia, de 892 bilhões de dólares, há muito aguardado.

Parecia ser mais provável o acordo comercial do Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia depois que um diplomata europeu afirmou à Reuters que um entendimento poderia ser iminente.

Uma série de dados econômicos mistos mostrou uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego e um aumento nos novos pedidos de bens duráveis, mas também uma retração nos gastos do consumidor, reduzindo a renda pessoal e piorando o sentimento conforme a temporada de compras natalinas se aproxima do fim, em meio a uma pandemia ressurgente.

O Dow Jones subiu 0,38%, para 30.129,83 pontos, o S&P 500 ganhou 0,07%, para 3.690,01 pontos, e o Nasdaq caiu 0,29%, para 12.771,11 pontos.

Bolsas na Europa

A notícia que não uma, mas duas, cepas mais infecciosas do novo coronavírus está circulando no Reino Unido não tirou o fôlego das bolsas europeias, que fecharam o dia em alta, impulsionadas pela expectativa de um acordo pós-Brexit. Ainda sem confirmação, a informação de que um acordo já teria sido fechado, mas ainda falta ser formalizado, garantiu o apetite dos investidores no mercado acionário europeu. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,08%, para 395.49 pontos.

Em Londres, o índice FTSE 100 teve alta de 0,66%, aos 6495,75 pontos, com destaque para o setor financeiro. As ações do Lloyds dispararam 7%, acompanhadas por NatWest (+5,04%) e AIG (+6,27%). Já as ações da AstraZeneca caíram 1,42%, apesar do avanço da covid-19 pelo país e as expectativas em torno da vacinação. Ontem, a empresa informou que sua vacina contra covid-19 deve ser eficaz contra a nova variante do coronavírus.

Hoje, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou que existem dois casos de outra nova variante de coronavírus no Reino Unido, ambos provenientes da África do Sul. A informação não causou alvoroço no mercado, que ainda reagia à expectativa pelo acordo pós-Brexit e à abertura das fronteiras entre França e Reino Unido, que ficaram fechadas por 48 horas na tentativa de prevenir a disseminação da nova cepa do coronavírus. Em Paris, o CAC 40 fechou em alta de 1,11%, aos 5527,59 pontos, puxadas pelos papéis da Airbus (+4,56%) e do Société Générale (+4,18%).

O setor financeiro também se sobressaiu na Itália. As ações do Unicredit avançaram 2,23%, acompanhadas pelas do Intesa Sanpaolo, que subiram 1,69%. O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, fechou em alta de 1,31%, aos 22130,18 pontos.

Em Frankfurt, foram as montadoras que deram fôlego ao índice DAX, que subiu 1,26%, para 13587,23 pontos. Os destaques ficaram com as ações da Daimler (+3,19%), Volkswagen (+2,37%) e da fabricante de autopeças Continental (+3,06%).

Já em Madri, o Ibex 35 registrou alta de 1,76%, aos 8073,60 pontos, depois que o governo espanhol informou que o produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 16,4% entre o segundo e o terceiro trimestre. Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em alta de 2,10%, aos 4825,28 pontos.

*Com Reuters e Agência Estado

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