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Finanças

Bolsa fecha semana em queda com cenário interno; dólar fecha a R$ 5,47

Atrasos com a vacina e desarticulação do governo frente a pandemia deixa os investidores cautelosos.

bolsa de valores ibovespa B3

A bolsa de valores brasileira fechou em queda nesta sexta-feira (22), pela quarta sessão seguida, arrastada pelo agravamento do clima político interno. O dólar segue em alta e se aproxima da casa dos R$ 5,50 novamente, com a tendência da moeda no exterior se combinando a uma pressão cambial no Brasil ditada por receios em torno do agravamento da pandemia e de riscos fiscais.

O principal índice da B3, o Ibovespa, caiu 0,8%, aos 117.380 pontos. Na semana, o indicador caiu 2,47%. No ano, a baixa acumulada da bolsa é de 1,38%.

Já o dólar comercial terminou o dia em R$ 5,479, em alta de 2,14%. Na semana, o dólar subiu 3,3% em relação ao real, e em 2021 já acumula avanço de 5,59%.

O aumento persistente de casos e mortes em razão do coronavírus no Brasil, seguindo a tendência de outros países, também trouxe de volta preocupações sobre a retomada econômica e pressões fiscais, enquanto o Banco Central abandonou o compromisso de não subir a Selic.

“A incerteza para o primeiro trimestre permanece elevada, com o agravamento da pandemia no curto prazo e atraso na vacinação”, ressaltou o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, segundo maior banco privado do país, em relatório enviado a clientes.

Além disso, segue pesando sobre o humor dos mercados o aumento dos temores fiscais no Brasil após declarações do candidato à presidência do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro – de que será preciso sacrifício de premissas econômicas para manter o socorro às famílias durante a pandemia.

Informações sobre endurecimento de restrições à mobilidade no estado de São Paulo -que responde por um terço da economia do Brasil – também geravam preocupação, sobretudo do lado dos impactos econômicos. Uma economia mais fraca tende a atrair menos investimentos e, com menos entradas de dólares, há mais pressão sobre o câmbio.

Destaques da bolsa

No Brasil, IRB Brasil RE (IRBR3) despencou 8,29%, maior queda do Ibovespa, tendo de pano de fundo prejuízo de R$ 124,5 milhões da resseguradora em novembro. CVC Brasil (CVCB3) caiu 4,72% com o risco de novos lockdowns.

BRF ON (BRFS3) fechou em alta de 3,24%, ensaiando uma recuperação após acumular até a véspera declínio de 9% desde o começo do ano, enquanto o Ibovespa perdeu apenas 0,58% no mesmo período. Magazine Luiza (MGLU3) também foi destaque de alta.

Bolsas globais

Os principais índices de Wall Street caíram, depois de atingirem níveis recordes, com as ações das blue-chips de tecnologia Intel e IBM recuando após a divulgação de seus resultados trimestrais.

O Dow Jones caiu 0,57%, para 30.996,98 pontos, o S&P 500 perdeu 0,30%, para 3.841,47 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,09%, para 13.543,06 pontos.

Os mercados acionários europeus encerraram em queda, uma vez que a atividade empresarial na zona do euro encolheu em janeiro com rígidos lockdowns para controlar a pandemia do coronavírus fechando muitas empresas.

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,6%, mas registrou um pequeno avanço de 0,2% na semana, que foi dominada pela esperança de um estímulo forte nos Estados Unidos sob o governo do novo presidente do país, Joe Biden. 

Os principais índices acionários da China fecharam sem direção comum nesta sexta-feira, com os investidores travando lucros em outros mercados asiáticos após recente rali alimentado pelo plano de estímulo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, devido à pandemia.

*Com Reuters

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