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Finanças

Bolsa perde 1,63% em janeiro e volta aos 113 mil pontos

Dólar comercial subiu 0,63%, negociado a R$ 4,2860.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta sexta-feira (31), último dia do mês de janeiro. Especialistas estão com atenção direcionada para os desdobramentos dos riscos relacionados ao coronavírus.

O Ibovespa caiu 1,53% a 113.760 pontos.

Já o dólar comercial subiu 0,63% sendo negociado a R$ 4,2860.

Na quinta-feira (30) após fortes perdas ao longo o dia, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,12%, aos 115.528 pontos. Na véspera, o dólar comercial fechou em alta de 0,95%, negociado a R$ 4,2590.

Caso esse cenário de baixa na B3 prevaleça até o encerramento dos negócios, a Bolsa brasileira terá seu primeiro desempenho negativo para janeiro em quatro anos. A última vez que fechou o primeiro mês do ano em queda foi em 2016, de 6,79%. Até o momento, acumula declínio de 3,40%.

Coronavírus

O coronavírus ainda causa preocupação nos investidores, na quinta (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o vírus como uma emergência global de saúde pública.

O número de mortos pelo vírus passa de 200 na China, cerca de 9 mil casos de infecção já foram registrados em 21 países afetados.

No Brasil, nove casos suspeitos de infecção por coronavírus estão sendo analisados e monitorados pelo Ministério da Saúde.

Dados econômicos

A taxa de desemprego na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), atingiu 11% no trimestre finalizado em dezembro, com o nível médio encerrando 2019 em 11,9%.

Já o trabalho informal atingiu o maior nível em quatro anos. Conforme o IBGE, o contingente de pessoas desocupadas ficou em de 12,6 milhões, no ano passado, 1,7% a menos do que em 2018. Porém, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos.

Na Europa, os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e da Itália decepcionaram. O PIB espanhol, por sua vez, cresceu. Na Alemanha, as vendas no varejo sofreram uma acentuada queda de 3,3% em dezembro ante novembro.

Os dados de atividade aqui e lá fora devem ser monitorados especialmente neste momento em que há incertezas relacionados aos efeitos da epidemia de coronavírus sobre as economias.

Os fracos dados de crescimento da zona do euro se contrapõem à tendência de recuperação dos mercados asiáticos, após a OMS ter declarado que não são necessárias restrições ao comercio por causa do novo Coronavírus na China, cita em nota a MCM.

Além disso, fica no radar a disputa técnica em torno da definição da última taxa Ptax de janeiro, que pode influenciar ações relacionadas à moeda.

*Com Estadão Conteúdo


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