Finanças
BTG, Oncoclínicas, Minerva e Itaúsa encerram em queda; Petrobras e Vale sobem
O BTG Pactual, que seguia entre as principais altas do Ibovespa, virou durante à tarde e encerrou com leve desvalorização.
Em mais um dia de repercussão dos balanços financeiros, o Ibovespa oscilou entre ganhos e perdas, mas encerrou a terça-feira (10) com desvalorização. Veja a cotação do Ibovespa hoje.
O BTG Pactual, que seguia entre as principais altas do índice, virou durante à tarde e encerrou com queda, enquanto Itaúsa, Minerva e Iguatemi mantiveram a desvalorização do início do pregão, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre. A Oncoclínicas fechou com recuo em dia de estreia na bolsa. Veja abaixo os destaques:
BTG Pactual
O BTG Pactual (BPAC11) que chegou a ficar entre as principais altas do Ibovespa, encerrou próximo à estabilidade, com queda de 0,67%, a R$ 31,09 . A empresa registrou um aumento de 74% no lucro líquido recorrente do segundo trimestre na comparação com um ano antes, para R$ 1,719 bilhão, em meio ao boom de ofertas de ações, fusões e aquisições.
Itaúsa
A Itaúsa (ITSA4) caiu 0,78%, negociada a R$ 11,47. A companhia anunciou que seu lucro líquido do período somou R$ 3,5 bilhões, montante 487% superior ao de igual etapa de 2020. O aumento refletiu sobretudo melhores resultados de seu principal ativo, o Itaú Unibanco (ITUB4).
Iguatemi
Quem também registrou desvalorização foi a administradora de shoppings centers Iguatemi (IGTA3), com perdas de 3,74%, negociada a R$ 38,36. A companhia reportou lucro líquido 500,3% maior no segundo trimestre em relação ao mesmo intervalo do ano passado, de R$ 46,5 milhões para R$ 279 milhões.
Para o BTG Pactual, os resultados da Iguatemi foram fortes, apesar dos impactos dos lockdowns, principalmente em abril, quando os shoppings foram parcialmente fechados. A receita líquida de R$ 170 milhões ficou 6% acima na variação anual, porém 6% abaixo do previsto pelo banco, enquanto o Ebitda (lucro operacional) ajustado de R$ 109 milhões também ficou 6% inferior às projeções.
“Acreditamos que os resultados da Iguatemi reforçam que a recuperação dos shoppings é uma realidade. Uma vez que os shoppings reabram, as vendas estão voltando aos níveis anteriores à covid mais rápido do que o esperado – o que já aconteceu em maio / junho no caso do Iguatemi. Com a aceleração do ritmo de vacinação no Brasil, esperamos que as restrições sejam amenizadas (todos os shoppings ainda têm algum tipo de restrição) e as vendas se recuperem ainda mais”, disse o banco de investimentos.
Minerva
A Minerva Foods (BEEF3), maior exportadora de carne bovina na América do Sul, terminou o dia com desvalorização de 2,03%, cotada a R$ 8,67. A empresa registrou lucro líquido de R$ 116,7 milhões no segundo trimestre, queda de 54% ante o mesmo período do ano passado.
Em relatório, a Eleven destacou, além da boa performance operacional da Minerva, o décimo quarto trimestre consecutivo com geração de caixa pela companhia, em função principalmente de uma “significativa melhora na linha de fornecedores, contribuindo para um ganho de capital de giro”. “Com estrutura de capital e lucro líquido em patamares confortáveis, podemos ter mais um ano de dividendos elevados”, informou a casa de análise.
Oncoclínicas
A Oncoclínicas (ONCO3), que estreou nesta terça-feira na B3, acelerou a queda de 2,13% registrada pela manhã e fechou o dia em queda de 3,24%, para R$ 19,11.
A empresa, que atua no mercado brasileiro de oncologia clínica privada, precificou o preço de sua ação em R$ 19,75 – abaixo da faixa indicativa que ia de R$ 22,21 a R$ 30,29.
A operação envolveu a distribuição primária de 90.049.527 novas ações e secundária com a venda, inicialmente, de 45.024.764 papéis, o que fez a companhia arrecadar um total de R$ 2,66 bilhões.
Outros destaques
Petrobras (PETR4) avançou 0,32% acompanhando a alta dos preços do petróleo no mercado externo, onde o Brent subia 2,8%, a US$ 70,97 o barril.
Vale (VALE3) registrou elevação de 0,96%, descolada da queda do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, o destaque ficou com Gerdau (GGBR4), com valorização de 2,52%.
Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) recuaram 1,89% e 1,43%, respectivamente, entre as maiores pressões de baixa.
PetroRio (PRIO3) avançou 6,48%, favorecida pela alta do petróleo e expectativas relacionadas à sua produção. Além disso, fontes afirmaram que consórcio com a empresa fez proposta por campos da Petrobras (Albacora e Albacora Leste).
Embraer (EMBR3) subiu 3,27%, tendo de pano de fundo conclusão da venda de 16 novos jatos E175 para a norte-americana SkyWest, com o valor do contrato, segundo preços de tabela das aeronaves, somando 798,4 milhões de dólares.
Eneva (ENEV3) caiu 3,35%, em sessão de ajustes, após acumular até a véspera alta de mais de 5% desde o começo do mês, em período que contou com a divulgação do balanço da empresa de geração de energia.
Mobly (MBLY3), que não está no Ibovespa, despencou 9,73%, renovando mínimas históricas, após prejuízo de 17 milhões de reais no segundo trimestre, bem acima da perda de 7,6 milhões registrada um ano antes.
*(Com informações da Reuters)
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