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Finanças

Carteira de títulos públicos ‘curtos’ tem melhor performance em fevereiro

Segundo a Anbima, títulos públicos de curto prazo prefixados e indexados tiveram rentabilidade maior que os títulos de longo prazo.

A carteira de títulos públicos (IMA Geral) marcados a mercado registrou avanço de 1,03% em fevereiro. No acumulado do ano, a alta é de 1,74%, segundo balanço da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Apesar da recuperação vista em todos os subíndices, os títulos de curto prazo prefixados e indexados tiveram rentabilidade maior que os títulos de longo prazo. Segundo a Anbima, isso sugere que os agentes de mercado ainda mantêm cautela nas suas estratégias diante das incertezas, sobretudo de ordem macroeconômica.

Destaques do mês

A carteira de NTN-Bs de até cinco anos (IMA-B5) registrou o maior retorno entre os índices, (1,41%), acumulando a maior rentabilidade do ano (2,82%). Já as NTN-Bs com duração superior a cinco anos registrou alta de 1,17% em igual período, mas queda de 0,11% no ano.

Sua menor liquidez em comparação a títulos mais curtos somado as incertezas em relação ao arcabouço fiscal e da trajetória das curvas de juros de médio e longo prazo deterioraram as expectativas de retorno da carteira no acumulado de 2023.

No entanto, fevereiro foi o mês com o primeiro resultado mensal positivo do subíndice desde outubro de 2022.

Segundo a Anbima, a perspectiva de os juros de curto prazo se manterem mais altos do que o previsto continua estimulando as carteiras de prazos mais curtos. O IMA-S, que reflete o Tesouro Selic cuja liquidez é diária, registrou alta de 0,96% em fevereiro e de 2,12% no ano.

Já os títulos prefixados com vencimento em até um ano (IRF-M 1) tiveram variação mensal de 0,98%, enquanto que no acumulado do ano a alta é de 2,09%. Os prefixados com vencimento acima de um ano (IRF-M 1+) avançaram menos: 0,79% e 1,51% nos mesmos períodos.

Debêntures em queda

Entre os títulos de dívidas corporativas, as debêntures marcadas a mercado (IDA Geral) recuaram 0,59% em fevereiro. No ano, as perdas são de 2,26%. Já as debêntures incentivadas, refletidas na carteira do IDA-IPCA Infraestrutura, apresentaram os maiores tombos: – 1,17% no mês e -1,16% no ano.

O IDA IPCA ex-Infraestrutura – que concentra os papéis indexados a inflação sem benefício fiscal – foi o único subíndice a ter retorno mensal positivo (0,37%). Porém, está longe de recuperar a perda ocorrida em janeiro devido o caso Americanas, amargando queda de 28,29% no ano. As maiores perdas dos papeis da Americanas (AMER3) ocorreram após o rombo contábil ser descoberto, entre 12 e 18 de janeiro.

Mas este não é um caso isolado em que pese no tipo do papel: Marisa (AMAR3), Light (LIGT3) e Oi (OIBR3) já interferem na desvalorização dado a percepção do aumento de risco de crédito.

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