Ibovespa encerra a semana com alta de mais de 3%; dólar cai

O Ibovespa fechou em alta no acumulado desta semana e nesta sexta-feira (12), assegurando a sétima alta seguida, o que não acontecia desde agosto de 2022, em desempenho apoiado principalmente no avanço das ações da Petrobras após resultado acima do esperado no primeiro trimestre.

O dólar à vista emplacou a quarta baixa consecutiva ante o real, na contramão do exterior, em um movimento novamente favorecido pelo diferencial de juros entre o Brasil e os demais países, após os novos dados de inflação reforçarem a expectativa de uma taxa Selic ainda elevada no curto prazo.

No dia, o Ibovespa subiu 0,19%, aos 108.463. Na semana, o indicador teve alta de 3,15%. O dólar caiu 0,25%, a R$ 4,9234, nesta sessão. Na semana, a moeda norte-americana teve queda de 0,40%.

• Cotação do dólar hoje
• Cotação do Ibovespa hoje
• Cotação de criptomoedas hoje

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,61% em abril, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), puxado por itens como os preços dos medicamentos. O índice, que mede a inflação oficial do país, desacelerou 0,10 ponto percentual em relação ao mês de março, quando registrou 0,71%.

A inflação de abril ficou acima das expectativas do mercado. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa era de alta de 0,54% em abril.

“O número continua colocando cautela no otimismo visto do IPCA de março, mas ainda é cedo para dizer que o processo de desinflação foi interrompido”.

Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena.

A alta acumulada da inflação no ano é de 2,72%. Já nos últimos 12 meses é de 4,18%. Em abril do ano passado, a variação havia sido de 1,06%.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta sexta-feira, em movimento liderado por papéis relacionados à tecnologia após alta recente, com dados mostrando que a confiança do consumidor norte-americano caiu para o menor patamar em seis meses.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,16%, para 4.124,14 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq cedeu 0,35%, para 12.284,74 pontos. O Dow Jones caiu 0,03%, para 33.300,65 pontos.

Europa

Os principais índices de bolsas de valores da Europa subiam nesta sexta-feira, após resultados da Richemont ressaltarem a força no setor de luxo, enquanto investidores avaliavam dados de inflação da França e da Espanha em busca de sinais sobre os planos de aumento de juros do Banco Central Europeu.

O índice pan-europeu STOXX 600 subia 0,54%, a 466,14 pontos, passando a acumular ligeira valorização na semana.

• Em LONDRES, o índice Financial Times avançava 0,32%, a 7.755,21 pontos.
• Em FRANKFURT, o índice DAX subia 0,51%, a 15.915,64 pontos.
• Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 0,83%, a 7.442,88 pontos.
• Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha valorização de 1,07%, a 27.389,43 pontos.
• Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava alta de 0,92%, a 9.266,90 pontos.
• Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizava-se 0,24%, a 6.056,82 pontos.

Ásia

As ações da China caíram pela quarta sessão consecutiva nesta sexta-feira, com uma série de dados econômicos fracos obscurecendo as perspectivas de recuperação na segunda maior economia do mundo.

Os novos empréstimos bancários chineses caíram com muito mais força do que o esperado em abril, mostraram dados na quinta-feira, aumentando as preocupações de que a recuperação pós-pandemia da economia esteja perdendo força.

• Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,90%, a 29.388 pontos.
• Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,59%, a 19.627 pontos.
• Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,12%, a 3.272 pontos.
• O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,33%, a 3.937 pontos.
• Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,63%, a 2.475 pontos.
• Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,08%, a 15.502 pontos.
• Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,65%, a 3.208 pontos.
• Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,07%, a 7.256 pontos.

*Com informações da Reuters.