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Finanças

Ibovespa fecha abaixo de 105 mil com receios sobre governo; dólar vai a R$ 5,45

Mercado esteve atento às novas sinalizações do governo Lula e retorno de NY.

O Ibovespa voltou a fechar em queda nesta terça-feira (3), abaixo dos 105 mil pontos, com bancos e Petrobras (PETR3 e PETR4) entre as maiores pressões negativas, em mais um dia marcado por receios com as políticas sinalizadas pelo novo governo. O dólar engatou nova alta acentuada e fechou no maior patamar em mais de cinco meses, acompanhando movimento internacional.

No dia, o Ibovespa recuou 2,08%, aos 104.165 pontos. Já o dólar avançou 1,75%, negociado a R$ 5,4520.

Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou as reações negativas do mercado financeiro à sua gestão na pasta e disse que o movimento desfavorável dos ativos brasileiros é resultado dos impactos do governo Bolsonaro às vésperas da eleição.

Segundo ele, agora está “caindo a ficha” do mercado, com o conhecimento dos números sobre as medidas do governo anterior, que tiveram impacto de R$ 300 bilhões, entre gastos e renúncias fiscais – 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para cada.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva no CCBB. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ações

A Petrobras caiu 1,41% na ação ordinária (PETR3) e 2,53% na preferencial (PETR4) diante das preocupações com a estratégia da petrolífera estatal, principalmente após o ministro de Minas e Energia afirmar que a companhia terá um papel central na expansão da capacidade de refino de petróleo do Brasil.

Para o Bradesco (BBDC4, BBDC3), a mensagem geral parece ser a de que a Petrobras aumentará seus investimentos e reduzirá os dividendos gradualmente ao longo do tempo. “Um ponto-chave a ser observado no curto prazo é quanto a política de payout pode ser reduzida no curto prazo”, afirmou.

Também entre as perdas do dia esteve BRF (BRFS3), que caiu 5,03%, no segundo pregão seguido de baixa, após alguma recuperação no final do ano, sendo que apenas na última semana de 2022 acumulou elevação de cerca de 10%. Na noite do dia 28 de dezembro, a companhia de alimentos anunciou acordo de leniência relacionado às operações Carne Fraca e Trapaça da Polícia Federal.

Na ponta positiva, Qualicorp (QUAL3) subiu mais de 7%, encontrando suporte na notícia sobre a troca de comando da companhia, enquanto a Rede D’Or anunciou que vai transferir a gestão da maior parte de sua participação na Qualicorp à gestora independente Prisma Capital por seis anos.

Após a renúncia de Bruno Blatt ao cargo de diretor presidente, o conselho de administração elegeu Elton Hugo Carluci, atual diretor comercial, de inovação e novos negócios, para seu lugar.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices de Wall Street fecharam em baixa no primeiro dia de negociação de 2023 com grandes quedas da Tesla e da Apple, com investidores de olho na trajetória de alta da taxa de juros e na expectativa pela ata da reunião do Federal Reserve de dezembro.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 caiu 0,40%, para 3.824,07 pontos, e o Nasdaq recuou 0,75%, para 10.388,28 pontos. O Dow Jones teve oscilação negativa de 0,04%, para 33.134,92 pontos.

Europa

As ações europeias subiram nesta terça-feira, com o impulso de empresas farmacêuticas de grande capitalização no índice pan-europeu STOXX 600, enquanto a Alemanha viu uma desaceleração da inflação pelo segundo mês consecutivo em dezembro.

O STOXX 600 fechou em alta de 1,26%, a 434,36 pontos, nível mais elevado em quase três semanas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,37%, a 7.554,09 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,80%, a 14.181,67 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,44%, a 6.623,89 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,15%, a 24.436,47 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 subiu 0,42%, a 8.405,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,01%, a 5.829,84 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China e de Hong Kong encerraram o primeiro pregão de 2023 em alta, com os investidores deixando de lado dados fracos da industrial em dezembro e apostando na recuperação pós-Covid.

Embora o aumento das infecções por Covid-19 esteja atrasando a economia, “espera-se que o ritmo de recuperação acelere em 2023”, disse a unidade de fundos do Ping An Insurance (Group) Co em uma nota nesta terça-feira.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,84%, a 20.145 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,88%, a 3.116 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,42%, a 3.887 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,31%, a 2.218 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,61%, a 14.224 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,17%, a 3.245 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,31%, a 6.946 pontos.

*Com informações da Reuters.

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