Siga nossas redes

Finanças

Dólar desacelera, mas fecha em alta; Ibovespa sobe com Vale para 123 mil pontos

Notícia de que o governo quer alterar a dinâmica de precatórios puxa o dólar para cima.

O dólar, que nesta terça-feira (3) chegou a atingir a máxima de R$ 5,2750, impulsionado pela notícia de que o governo quer alterar a dinâmica de pagamento para precatórios, descacelerou no fim da tarde, mas fechou em alta. Já o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, a B3, passou a operar com valorização, puxado pelo avanço das ações da Vale (VALE3).

O dólar subiu 0,51%, a R$ 5,191. Já o Ibovespa encerrou com valorização de 0,87%, aos 123.576 pontos, após chegar a 120.853 na mínima do dia. Veja a cotação do Ibovespa hoje.

Os investidores têm a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no radar, com expectativas de que o Banco Central seja mais agressivo ao elevar a taxa Selic nesta semana.

Cenário interno puxa dólar

Stefany Oliveira, analista da Toro Investimentos, explicou à Reuters que o ambiente doméstico repleto de incertezas é o principal impulso para o movimento desta manhã. “O cenário interno é de incerteza política, e ao, mesmo tempo, o mercado também começa a ficar preocupado com questões fiscais, que voltam para o radar”.

O governo federal apresentará nos próximos dias Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que faz um ajuste nas regras de parcelamento dos precatórios, ampliando possibilidade de parcelamento.

A equipe econômica quer, com a iniciativa, abrir um espaço de R$ 34 bilhões para despesas no ano que vem, ganhando folga orçamentária para acomodar um Bolsa Família vitaminado após o presidente Jair Bolsonaro já ter dito que o valor do benefício do programa irá para no mínimo R$ 300, ante média de cerca de R$ 190 hoje.

Mais cedo nesta terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que o governo possivelmente dormiu no ponto em relação ao salto verificado na conta de precatórios para o próximo ano, que chegou a R$ 90 bilhões.

De olho nos juros

Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dá início nesta terça a seu encontro de dois dias para decidir o novo patamar dos juros básicos, e boa parte dos agentes do mercado aposta numa elevação de 1 ponto percentual. Caso se confirme, essa será a quarta alta consecutiva da taxa Selic e a mais acentuada desde fevereiro de 2003.

A decisão tem potencial para pressionar o dólar contra o real, uma vez que juros mais altos tendem a tornar a moeda brasileira mais atraente para o investidor estrangeiro, mas a conjuntura política e fiscal pode limitar a desvalorização, disse Stefany Oliveira.

Destaques da bolsa

As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) subiram. A companhia anunciou que seu lucro líquido recorrente, que exclui itens não recorrentes, foi de R$ 6,543 bilhões no segundo trimestre de 2021, alta de 55,6% em relação ao ano anterior.

Já os papéis da Cielo (CIEL3) registraram perdas. A empresa reportou lucro líquido de R$ 221,5 milhões no período, ante prejuízo de R$ 58,9 milhões um ano antes. Veja outros destaques da bolsa.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices acionários de Wall Street, que começaram o dia em queda, com as preocupações em torno do aumento nos casos da variante delta, viraram e encerraram em alta.

  • O índice Dow Jones subiu 0,80%, a 34.116 pontos.
  • S&P 500 ganhou 0,82%, a 4.423 pontos.
  • O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,55%, a 14.761 pontos.

Europa

Fortes balanços de gigantes, incluindo BP e Société Générale, levaram as ações europeias a fechar em máximas recordes nesta terça-feira, embora os ganhos tenham sido limitados por preocupações com os crescentes casos da variante delta do coronavírus e medidas regulatórias da China.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,34%, a 7.105 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,09%, a 15.555 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,72%, a 6.723 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,02%, a 25.356 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,16%, a 8.772 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,22%, a 5.123 pontos.

Ásia e Pacífico

O índice de blue-chips da China ficou estável nesta terça, mas as fabricantes de chips lideraram as perdas nas ações de tecnologia em meio às preocupações regulatórias. As perspectivas de um crescimento econômico mais lento afetaram o apetite por risco. “Esperamos que a produção industrial e as exportações se moderem, enquanto o investimento e o consumo podem continuar sua lenta recuperação”, escreveu o Citi em nota nesta terça-feira.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,50%, a 27.641 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,16%, a 26.194 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,47%, a 3.447 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,01%, a 4.934 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,44%, a 3.237 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,29%, a 17.553 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,38%, a 3.149 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,23%, a 7.474 pontos.

(*Com informações de Reuters)

Veja também

  • Bolsonaro diz que aumento do benefício do Bolsa Família pode chegar a 100%
  • Locaweb compra plataforma Octadesk por R$ 102 milhões
  • Por que a China está atacando seu ‘Vale do Silício’?
  • Indústria brasileira fica estagnada em junho e termina 2º tri com perdas de 2,5%
  • Startup de biometria unico recebe aporte e torna-se novo unicórnio brasileiro
  • Avenue Securities recebe aporte de R$150 mi liderada pelo SoftBank

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.