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Finanças

Ibovespa reage no dia, mas fecha a semana em queda; dólar recua

Mercado digeriu divulgação de dados sobre o mercado de trabalho norte-americano.

Telão B3 IBOVESPA

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o pregão em alta depois de operar com volatilidade nesta sexta-feira (7), após a divulgação de relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. O dólar encerrou em queda sobre o real, porém, o recuo não impediu que a moeda completasse a primeira semana de negócios de 2022 em alta no Brasil.

Apesar dos melhores resultados no dia, o índice fechou a semana com queda de 2,2%. Além disso, a cotação acumulou na semana ganho de 1,05%, após duas semanas consecutivas de perdas.

No dia, o indicador avançou 1,14%, aos 102.719 pontos. Já o dólar recuou 0,82%, negociado a R$ 5,6325.

No radar dos investidores ficou o relatório de criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, o payroll, divulgado nesta sexta.

Segundo o Departamento do Trabalho, foram criados 199 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado. Embora a leitura tenha vindo abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de abertura de 400 mil empregos, dados de novembro foram revisados para cima, mostrando criação de 249 mil postos de trabalho, em vez dos 210 mil relatados anteriormente.

Além disso, a taxa de desemprego norte-americana caiu para 3,9%, ante 4,2% em novembro.

“Isso já é praticamente abaixo de (uma taxa de desocupação condizente com) pleno emprego; ou seja, é um mercado de trabalho extremamente aquecido, uma recuperação impressionante para os Estados Unidos como um todo”, comentou Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos.

Ele chamou a atenção para os ganhos médios salariais nos Estados Unidos, que, segundo o relatório desta sexta-feira, subiram 0,6% em dezembro. Isso é um forte argumento a favor de um aumento de juros pelo Federal Reserve (fed), o banco central dos EUA, já em março deste ano, afirmou Cruz.

Na esteira do “payroll”, os futuros dos juros norte-americanos passaram a indicar 90% de chance de um alta nos juros pelo Fed em sua reunião de março.

A expectativa de taxas mais altas nos Estados Unidos já havia sido impulsionada mais cedo nesta semana, após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed.

Destaques da bolsa

As units do Banco Inter (BID11) subiram 15,46%, para R$ 26,73, na liderança das principais altas do Ibovespa. Na semana, porém, os papéis acumularam queda de 6,44%, impactados pelo aumento na curva de juros, o que tende a pressionar as companhias ligadas à tecnologia e com alto potencial de crescimento, além de leilões de blocos grandes de papéis da empresa.

Os papéis da Raízen (RAIZ4) saltaram 15,46%, para R$ 26,73 em meio a aprovação de um programa de recompra de até 40 milhões de ações pela empresa.

Vale (VALE3), Usiminas (USIM3 USIM5), CSN (CSNA3) e Gerda(GGBR3) finalizaram o pregão com ganhos.

  • Veja todos os destaques da semana, leia a matéria completa e assista ao Boletim InvestNews:

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street encerrou a primeira semana do novo ano com perdas diárias e semanais, conforme investidores mostraram preocupação com a iminência de aumentos nas taxas de juros e com o desdobramento de notícias sobre a ômicron.

Os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em queda nesta sexta-feira, depois de o mais recente relatório de empregos nos EUA ressaltar receios de investidores de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) elevará os juros de forma agressiva para combater a inflação.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,42%, para 4.676,51 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite cedeu 0,98%, para 14.934,57 pontos. O Dow Jones teve variação negativa de 0,02%, para 36.228,20 pontos.

Europa

As ações europeias recuaram nesta sexta-feira diante de preocupações com o aumento da inflação e casos de covid-19, enquanto os investidores mostravam incerteza sobre como dados fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos vão influenciar os planos do Federal Reserve de aperto da política monetária.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,47%, a 7.485,28 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,65%, a 15.947,74 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,42%, a 7.219,48 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,13%, a 27.618,47 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,43%, a 8.751,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,07%, a 5.599,76 pontos.

Ásia e Pacífico

Os índices de referência da China ficaram praticamente estáveis nesta sexta-feira, com a fraqueza nas ações de tecnologia compensando a recuperação nos papéis do setor imobiliário, em meio a esperanças de flexibilização da política monetária. O índice imobiliário do CSI300 saltou quase 4%, a uma máxima em seis meses para fechamento.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,03%, a 28.478 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,82%, a 23.493 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,18%, a 3.579 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,09%, a 4.822 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,18%, a 2.954 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,08%, a 18.169 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,66%, a 3.205 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,29%, a 7.453 pontos.

(* Com informações da Reuters)

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