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Finanças

Ibovespa quebra série de altas e recua, mas tem melhor semana desde agosto

Dia foi marcado por dados do mercado de trabalho dos EUA e expectativa com eleição.

O Ibovespa encerrou em queda nesta sexta-feira (7), após cinco altas seguidas, em meio à divulgação dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. No entanto, o indicador teve forte alta na semana, depois que o 1º turno das eleições no Brasil elevaram a possibilidade de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e de uma agenda econômica percebida como mais liberal.

O dólar, por sua vez, teve leve alta na sessão, mas acumulou baixa de mais de 3% na semana, sua pior em mais de dois meses.

No dia, o Ibovespa recuou 1,01%, aos 116.375 pontos. Na semana, o indicador subiu 5,76%. Já o dólar subiu 0,07% nesta sessão, negociado a R$ 5,2130. Na semana, a moeda norte-americana caiu 3,36%.

De acordo com o Trading Map, o Ibovespa teve a maior alta na semana desde agosto. Veja abaixo:

Crédito: TradeMap

Payroll

Nos Estados Unidos, foi divulgado o payroll de agosto. O Departamento do Trabalho pontuou que foram criadas 263 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, acima do esperado no mercado, mas abaixo dos 315 mil postos de trabalho de agosto, enquanto a taxa de desemprego caiu a 3,5%.

“A questão é que o avanço em termos de desaceleração do mercado de trabalho apresentado nesse payroll se mostra ainda muito tímido, com uma taxa de desemprego caindo e ficando ainda mais longe das projeções do Fed para 2022 e 2023″, afirmou o estrategista-chefe da Avenue Securities, William Castro Alves.

Investidores monitoraram com atenção os dados sobre a economia norte-americana em busca de pistas sobre o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos. Em meio ao combate à inflação, o Federal Reserve (Fed) tem elevado as taxas por lá, mas juros muito altos podem esfriar a economia. Uma desaceleração econômica pode levar o Fed a subir os juros com menos intensidade – reduzindo a pressão de alta do dólar e queda do Ibovespa.

“O dado reforçou a percepção de que ainda há muito trabalho para o Fed no sentido de desaquecer o mercado de trabalho e evitar uma espiral inflacionária com mais elevações de salários”, afirmou Alves em comentário a clientes sobre os números divulgados nesta sexta.

Cenário interno

No Brasil, o encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mais votado no primeiro turno da eleição presidencial no domingo, e Simone Tebet (MDB), terceira colocada, foi monitorado nesta sexta-feira, assim como a primeira pesquisa Datafolha para o segundo turno.

Nesta semana, pesquisas Ipec, Genial/Quaest e PoderData voltaram a apontar favoritismo de Lula sobre Bolsonaro para o segundo turno, marcado para o dia 30.

A pauta macro brasileira mostrou que as vendas no varejo caíram 0,1% em agosto ante o mês anterior, no terceiro declínio nessa comparação, embora tenham ficado marginalmente acima das expectativas. Na base ano a ano, subiram 1,6%, acima do previsto.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Wall Street caiu acentuadamente nesta sexta-feira, após o sólido relatório de empregos norte-americano para setembro aumentar a probabilidade de o Federal Reserve avançar com um ciclo de aumento de juros que muitos investidores temem poder levar a economia dos Estados Unidos a uma recessão.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 2,77%, para 3.640,62 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 3,78%, para 10.654,83 pontos. O Dow Jones caiu 2,07%, para 29.305,99 pontos.

Europa

As ações europeias caíram de forma acentuada nesta sexta-feira, também repercutindo o payroll dos EUA. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em baixa de 1,18%, a 391,67 pontos, sua terceira sessão consecutiva de queda.

“Eles (os dados) não mudam o quadro em nada. Apenas reforçam a crença de que o Fed ainda não terminou de apertar (a política monetária)”, disse Daniela Hathorn, analista de mercado da Capital.com.

Ainda assim, o STOXX 600 registrou ganhos semanais de quase 1%, seu melhor desempenho semanal em um mês.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,09%, a 6.991,09 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,59%, a 12.273,00 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,17%, a 5.866,94 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,13%, a 20.901,56 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,99%, a 7.436,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,97%, a 5.354,70 pontos.

Ásia e Pacífico

Painel em Tóquio mostra cotações de ações 14/09/2022 REUTERS/Issei Kato

As ações asiáticas caíram nesta sexta-feira (7), ampliando uma queda global das ações para o terceiro dia, à medida que os investidores se preocupavam com riscos de recessão em meio a sinais de mais apertos agressivos da política monetária.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,71%, a 27.116 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,51%, a 17.740 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC permaneceu fechado.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não teve operações.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,22%, a 2.232 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,37%, a 13.702 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,18%, a 3.145 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,80%, a 6.762 pontos.

*Com informações da Reuters.

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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