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Finanças

Ibovespa avança após 3 pregões de queda; dólar fecha em alta

No cenário interno, investidores monitoraram a eleição no conselho de administração da Petrobras.

ibovespa

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, subiu nesta quarta-feira (13), interrompendo sequência de três sessões seguidas de queda, sob influência da alta de Petrobras, em meio à definição do conselho de administração da estatal, e suporte de ações em Nova York.

Já o dólar oscilou entre altas e baixas e acabou fechando em valorização, com investidores à espera de novos eventos para calibrar melhor os preços, enquanto as atenções se voltam para a decisão de política monetária na zona do euro.

No dia, o Ibovespa subiu 0,55%, aos 116.781 pontos. Já o dólar avançou 0,26%, a R$ 4,6888.

Dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos também movimentam a sessão.

A expectativa é de que o Fed adote doses maiores de aperto monetário já a partir de maio, quando deve aumentar os juros em 0,5 ponto percentual. No mês passado, o banco central elevou os custos dos empréstimos pela primeira vez desde 2018, em 0,25 ponto.

Consolidando argumentos a favor de um posicionamento mais agressivo do Fed no combate à alta do custo de vida, os preços ao produtor nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em março em meio ao aumento na demanda por serviços, sugerindo que a inflação pode permanecer elevada por um tempo. Nos 12 meses até março, o índice de inflação ao produtor saltou 11,2%, maior alta desde que os dados anuais começaram a ser calculados, em novembro de 2010.

“Inflação ao produtor nos EUA bem salgada no mês de março. Principalmente quando você retira os efeitos das commodities”, disse Arthur Mota, da equipe de estratégia e macro do BTG Pactual, no Twitter. O núcleo dos preços ao produtor norte-americano, que exclui componentes voláteis, subiu 7,0% nos 12 meses até março.

No Brasil, repercutia a notícia de que as vendas no varejo aumentaram pelo segundo mês seguido em fevereiro e bem mais do que o esperado, dando seguimento à recuperação apesar da inflação elevada no país.

Vendas do comércio em fevereiro de 2022: comparação com mês anterior. (Elaboração: Samy Dana)

Em fevereiro, as vendas varejistas subiram 1,1% em relação a janeiro e 1,3% sobre o mesmo período do ano anterior, informou nesta quarta-feira o IBGE. A leitura superou com força a expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho mensal de apenas 0,1% e queda anual de 1,1%.

Vendas do comércio em fevereiro de 2022: comparação com o mesmo mês do ano anterior. (Elaboração: Samy Dana)

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street teve um rali nesta quarta-feira, com impulso de uma recuperação nas ações de crescimento (sensíveis aos juros), enquanto investidores digeriram dados de inflação alta e resultados trimestrais mistos.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 1,14%, para 4.447,72 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 2,02%, para 13.641,73 pontos. O Dow Jones subiu 1,05%, para 34.578,66 pontos.

Europa

As ações europeias ficaram praticamente estáveis nesta quarta-feira, com investidores digerindo dados sombrios da inflação e seu impacto na próxima temporada de balanços corporativos antes de uma importante reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, enquanto setores ligados a commodities ganharam na esteira de preocupações sobre oferta.

O índice pan-europeu STOXX 600 ficou nos 456,78 pontos, variação positiva de 0,03%. Ações de varejo e de setores defensivos, como imobiliário, caíram entre 0,2% e 0,6%, enquanto papéis de setores ligados a petróleo e mineração subiram.

“Quando os investidores veem os números da inflação alta, eles procuram colocar dinheiro em empresas que prosperam em um ambiente inflacionário, como as mineradoras”, disse Danni Hewson, analista financeiro da AJ Bell.

Um indicador das expectativas de inflação de longo prazo da zona do euro superou 2,40%, escalando a um pico em dez anos e para muito acima da meta de 2% do BCE, segundo dados do banco central, que realiza reunião de política monetária na quinta-feira.

O resultado do encontro provavelmente dará o tom para as próximas semanas, disse Raffi Boyadjian, chefe de análise de investimentos da corretora XM.

“O BCE decidirá se fornecerá um cronograma de quando as taxas de juros começarão a subir em meio à alta dos preços, mas, mesmo que adote uma postura um pouco mais agressiva do que o previsto, não será capaz de igualar a retórica do Fed”, completou.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,05%, a 7.580,80 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,34%, a 14.076,44 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,07%, a 6.542,14 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,22%, a 24.722,16 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,46%, a 8.617,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,26%, a 6.081,74 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em baixa nesta quarta-feira, com dados fracos de importação para março alimentando temores de uma nova desaceleração no crescimento econômico em meio ao pior surto de coronavírus do país em dois anos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,93%, a 26.843 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,26%, a 21.374 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,82%, a 3.186 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,96%, a 4.139 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,86%, a 2.716 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,83%, a 17.301 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,36%, a 3.342 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,34%, a 7.479 pontos.

*Com informações da Reuters.

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