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Finanças

Ibovespa sobe mais de 1% e fecha nos 110 mil pontos; dólar recua a R$ 5,28

Mercados globais retomaram o apetite por risco após temores com Evergrande no dia anterior.

ibovespa

O Ibovespa, principal índice negociado na B3, recuperou boa parte das perdas da véspera e fechou em forte alta nesta terça-feira (21), enquanto o dólar perdeu força em relação ao real, refletindo a retomada no apetite por risco depois que temores de calote da gigante chinesa Evergrande abalaram os mercados no dia anterior.

O Ibovespa subiu 1,29%, aos 110.250 pontos. Já o dólar caiu 0,90%, comercializado a R$ 5,2849.

Cenário interno

Os investidores também monitoraram o discurso de Bolsonaro na ONU. O presidente defendeu o chamado “tratamento precoce” contra covid-19 e criticou medidas sanitárias adotadas pelo mundo.

Bolsonaro disse ainda que o Brasil tem tudo o que os investidores procuram. Procurando passar uma imagem positiva, em um momento em que o Brasil registra um dos números mais altos de casos e mortes por covid-19 no mundo, Bolsonaro afirmou que o país recuperou sua credibilidade perante o mundo.

Além disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a PEC para resolver o problema dos precatórios no Orçamento do ano que vem preverá uma limitação do crescimento dessas despesas pela mesma dinâmica da regra do teto de gastos. E o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse “que fique claro” que há o compromisso de respeito ao teto de gastos.

Junto a ambos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que confia no Congresso e a mostrar esperança de um desfecho positivo para a questão da conta de precatórios de quase R$ 90 bilhões para 2022.

Evergrande

Após preocupações com a solvência da incorporadora Evergrande derrubarem as bolsas e impulsionarem divisas consideradas seguras na segunda-feira, o apetite por ativos arriscados mostrou alguma recuperação neste pregão, com alguns investidores citando risco limitado de que um calote da empresa chinesa contamine a economia mais ampla.

Super Quarta: Copom e Fed

Tanto o Federal Reserve quando o Banco Central do Brasil começam nesta terça-feira e encerram na “Super Quarta” – como é conhecida nos mercados financeiros – suas respectivas reuniões de política monetária.

Nos Estados Unidos, a expectativa gira em torno de pistas sobre quando o Fed começará a reduzir suas compras mensais de títulos. Embora boa parte dos mercados acredite que um anúncio definitivo de corte de estímulos pelo banco central norte-americano fique apenas para novembro ou dezembro, espera-se que haja alguma menção sobre o assunto no comunicado de quarta-feira, disse Netto, da Acqua-Vero.

Segundo especialistas, qualquer anúncio antecipado de reversão de suporte do Fed poderia prejudicar ativos de países emergentes, uma vez que a perspectiva de redução da liquidez global tenderia a redirecionar recursos para os EUA.

No Brasil, o consenso é de que o BC vai elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, dando continuidade ao ciclo de aperto monetário mais intenso do mundo no momento.

Juros mais altos no Brasil tornam o mercado de renda fixa doméstico mais atraente para o investidor estrangeiro, o que pode elevar o ingresso de dólares no país e levar a valorização do real.

Destaques do Ibovespa

A ação da Méliuz (CASH3)liderou os ganhos do dia, com alta de 13,6%, cotada em R$ 7,60, enquanto a resseguradora IRB (IRBR3) apresentou a maior baixa da seção, desvalorizando 1,84%, cotada em R$ 4,79. Veja outros destaques da bolsa.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos EUA terminaram a terça-feira quase estáveis após um forte movimento de venda no dia anterior ter derrubado as cotações, com preocupações sobre problemas na incorporadora China Evergrande e expectativas com a decisão de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira mantendo o mercado em xeque.

Os investidores aguardam o final da reunião do banco central dos EUA desta semana, que pode lançar luz sobre quando a compra massiça de dívidas do governo começará a diminuir.

As autoridades revelarão novas projeções, com investidores atentos a qualquer sinal sobre prazos para aperto das taxas de juros.

Segundo dados preliminare:

  • Dow Jones caiu 0,14%, para 33.922,54 pontos
  • S&P 500 .SPX teve oscilação negativa de 0,08%, para 4.354,15 pontos
  • Nasdaq Composite avançou0,22%, para 14.746,40 pontos.

Europa

As ações europeias subiram nesta terça-feira, depois de registrarem sua maior queda diária em dois meses na véspera, refletindo o alívio de preocupações sobre o impacto da crise da China Evergrande, enquanto a gravadora Universal Music Group disparou 35% em sua estreia no mercado de ações.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,12%, a 6.980,98 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,43%, a 15.348,53 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,50%, a 6.552,73 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,22%, a 25.353,36 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,16%, a 8.756,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,11%, a 5.271,16 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações japonesas fecharam em baixa nesta terça, acompanhando a fraqueza nos mercados globais, com os investidores abandonando ativos de risco em meio a temores de possível default da Evergrande, embora a busca por pechinchas tenha ajudado a limitar as perdas.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei caiu 2,17%, a 29.839 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,51%, a 24.221 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC não abriu.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não abriu.
  • Em SEUL, o índice KOSPI não abriu.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX não abriu.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES subiu 0,71%, a 3.063 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 subiu 0,35%, a 7.273 pontos.

(*Com informações de Reuters)

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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