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Finanças

Dólar fecha abaixo de R$ 5 pela primeira vez em mais de 1 ano

Dia foi de recuo do dólar e também do Ibovespa, com mercado de olho em ata do Copom.

Fachada do prédio da B3

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (22), voltando a terminar o dia abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde junho de 2020. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda. O mercado repercute a ata da última reunião do Copom e também monitora falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos.

O Ibovespa caiu 0,38%, aos 128.767 pontos. Veja a cotação do Ibovespa hoje. Já o dólar fechou em queda de 1,12%, a R$ 4,9661. Este é o menor valor de fechamento desde o dia 10 de junho de 2020, quando a moeda norte-americana terminou o dia em R$ 4,9334.

Repercussão do Copom

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que o Banco Central avaliou a possibilidade de acelerar a alta da Selic, mas entendeu que seria mais adequado manter o ritmo de aperto, com a indicação de um possível aumento maior no encontro de agosto.

A ata mostrou que o BC entendeu que a estratégia adotada teria a vantagem de dar mais tempo ao Copom para acumular informações sobre a evolução dos preços mais inerciais. Na semana passada, a Selic foi elevada de 3,5% para 4,25% ao ano.

“A ata … não apenas reforça a preocupação quanto à inflação do comunicado como também aumenta o tom contra o cenário inflacionário, tendo assim leitura ‘hawkish’ (mais favorável a alta de juros)”, avaliou o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel.

“Apesar de indicarem uma nova alta de 0,75 ponto percentual para agosto, a chance de um aumento em 1 ponto ganhou ainda mais força”, afirmou em comentário a clientes.

De olho do Fed

O dia também foi marcado por falas do presidente do Fed, Jerome Powell, em uma audiência ao Congresso norte-americano.

Powell destacou que a alta na inflação norte-americana é transitória. Com isso, ele amenizou temores de que o Fed possa em breve reduzir estímulos e acalmou investidores ainda sob impacto da sinalização de alta de juros nos EUA em 2023, um ano antes do previsto até então.

Destaques da bolsa

Eletrobras ON (ELET3) caiu 1,03%, após renovar máxima histórica intradia mais cedo a R$ 48,20. O mercado repercute a aprovação pela Câmara dos Deputados, em segunda votação, da medida provisória da privatização da Eletrobras, que agora segue para sanção presidencial.

GPA (PCAR3) subiu 2,9%, em meio especulações envolvendo a participação do Grupo Casino no Pão de Açúcar. Mais cedo, o GPA disse que nenhum banco foi contratado e que não há processo de venda da fatia do Grupo Casino na companhia.

Vale (VALE3) subiu 1,17%, apesar da queda dos preços dos contratos futuros do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, destaque também para CSN (CSNA3), que valorizou-se 1,12% após anunciar programa de recompra de ações.

TIM (TIMS3) caiu 3,96% e Telefônica Brasil (VIVT3) perdeu 2,75%, em meio a receios sobre a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acerca da aquisição pelas empresas em conjunto com a Claro das operações de redes móveis da Oi (OIBR3).

IRB Brasil (IRBR3) caiu 0,98%, após reportar prejuízo líquido de R$ 48,9 milhões em abril ante uma perda de R$ 170,1 milhões um ano antes. O índice de sinistralidade recuou a 84,3%.

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice Nasdaq encerrou em máxima recorde nesta terça-feira, impulsionado pelas ações de Amazon, Microsoft e outras empresas de tecnologia de ponta, enquanto investidores mudaram seu foco para ações de crescimento.

  • O índice Dow Jones subiu 0,2%, a 33.946 pontos
  • S&P 500 ganhou 0,512452%, a 4.246 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,79%, a 14.253 pontos.

Europa

As ações europeias subiram nesta terça, com papéis de empresas de mineração e energia se beneficiando dos preços estáveis ​​das commodities, com investidores também de olho em indicações de Powell.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,39%, a 7.090,01 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,21%, a 15.636,33 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,14%, a 6.611,50 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,32%, a 25.315,57 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,02%, a 9.053,30 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,52%, a 5.075,40 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em alta, uma vez que os bancos subiram após medidas de reforma de Pequim, enquanto o setor de energia foi elevado pela alta dos preços do petróleo.

  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,63%, a 28.309 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,80%, a 3.557 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,62%, a 5.122 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,71%, a 3.263 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,07%, a 17.075 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,28%, a 3.109 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,48%, a 7.342 pontos.

(*Com informações de Reuters)

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