Ibovespa fecha quase estável após IPCA-15; dólar sobe à espera de sinais do Fed

O Ibovespa fechou com modesto avanço nesta quarta-feira (24), repercutindo a divulgação da prévia da inflação no Brasil, que teve dado de deflação que beneficiou ações de consumo. O dólar também encerrou em alta, com investidores ainda em clima de expectativa pelo discurso do comandante do banco central norte-americano em evento nesta semana.

No dia, o Ibovespa subiu 0,04%, aos 112.897 pontos. Já o dólar avançou 0,25%, negociado a R$ 5,1117.

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Deflação

O Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo-15 (IPCA) caiu 0,73% em agosto, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração foi puxada pela queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e da energia elétrica.

Após os dados, o Bank of America cortou sua previsão do IPCA de 2022 para 6,5%, de 7,2% anteriormente.

A equipe do banco destacou que o setor de transportes foi o principal componente para o resultado, refletindo os cortes de impostos e preços dos combustíveis, “que também devem afetar o IPCA de agosto”.

“Ainda esperamos desaceleração de alimentos e bebidas, após a queda dos preços de commodities no mês passado, bem como a inflação de serviços, uma vez que a redução de preços de outros itens e a desaceleração da atividade afetam o setor”, segundo relatório do banco.

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Juros nos EUA

O mercado também seguiu de olho em dados econômicos dos EUA e em clima de expectativa pelo discurso do comandante do banco central norte-americano em evento nesta semana.

Todos os holofotes estão voltados para o chefe do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que falará no simpósio anual de banqueiros centrais em Jackson Hole (EUA) na sexta-feira. O mercado busca pistas sobre se o banco central está avaliando desacelerar o ritmo de elevações de juros, que têm sido de incomum 0,75 ponto percentual, à medida que cresce entendimento de que a inflação pode ter atingido pico.

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street encerrou em alta nesta quarta-feira, com apoio de ganhos nas ações de Salesforce e Intuit, enquanto investidores aguardam fala do chefe do banco central norte-americano prevista para a conferência de Jackson Hole nesta semana.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,30%, para 4.141,29 pontos. O Nasdaq avançou 0,41%, para 12.432,38 pontos. O Dow Jones subiu 0,22%, para 32.982,80 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam am alta nesta quarta-feira, impulsionadas por um salto nos papéis defensivos, mas preocupações com uma crise energética iminente e perspectivas sombrias de crescimento limitaram os ganhos.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,16%, a 432,05 pontos, e encerrou uma sequência de três dias de perdas, mas ainda rondando mínimas em um mês.

• Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,22%, a 7.471,51 pontos
• Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,20%, a 13.220,06 pontos.
• Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,39%, a 6.386,76 pontos.
• Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,23%, a 22.431,47 pontos.
• Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,33%, a 8.199,40 pontos.
• Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,25%, a 6.251,18 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações de Hong Kong terminaram no menor nível em mais de cinco meses nesta quarta-feira, enquanto as ações da China continental também caíram drasticamente devido às preocupações persistentes com uma desaceleração na segunda maior economia do mundo.

• Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,49%, a 28.313 pontos.
• Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,20%, a 19.268 pontos.
• Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,86%, a 3.215 pontos.
• O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,89%, a 4.082 pontos.
• Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,50%, a 2.447 pontos.
• Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,18%, a 15.069 pontos.
• Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,39%, a 3.233 pontos.
• Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,52%, a 6.998 pontos.

*Com informações da Reuters.