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Finanças

Ibovespa fecha estável após Fed confirmar aumento de juros; dólar sobe

Participantes da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos apoiaram aumento de juros de 0,50 ponto percentual.

fed mexe com Ibovespa; bancos centrais
Sede do Federal Reserve, banco central dos EUA, em Washington 26/01/2022 REUTERS/Joshua Roberts

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou estável nesta quarta-feira (25), logo após a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed) sinalizando novas altas de juros em junho e julho. Já o dólar fechou com ganhos contra o real.

No dia, o Ibovespa não teve variação percentual e fechou aos 110.579 pontos. O dólar avançou 0,16%, negociado a R$ 4,8199.

Fed

Nesta quarta-feira, o mercado repercutiu a divulgação da ata do Fed, enquanto estava em busca de pistas sobre o rumo da taxa e juros nos Estados Unidos. Com a definição de taxas mais altas, o país se torna mais atrativo para investidores – o que deve motivar uma tendência de alta do dólar por causa do aumento da demanda pela moeda.

Na ata, o Fed comunicou que “a maioria dos participantes” julgou que mais ajustes de 0,50 ponto seriam “provavelmente apropriados” nas próximas reuniões do banco central, em junho e julho.

“O principal ‘driver’ para o dólar no dia é a ata do Fomc (comitê de decisão de juros do Fed), não só no Brasil, mas no mundo todo”, disse à Reuters Bruno Mori, planejador financeiro pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, notando forte valorização do dólar contra uma cesta de moedas de países desenvolvidos.

O Fed, banco central dos EUA elevou a taxa de juros em sua reunião de 3 e 4 de maio em 0,50 ponto percentual, maior alta em 22 anos.

Sobe e desce do dólar

Mori avaliou que o mercado tem sofrido com uma volatilidade elevada, em parte por conta de dúvidas sobre qual será a intensidade e a velocidade do aumento de juros nos EUA, que está em andamento justamente num momento de maior fragilidade econômica. “Não existe tendência totalmente clara em relação à atividade, e a moeda (dólar) acaba ficando sem direção certeira”, disse o especialista.

No entanto, depois de chegar a tocar um pico em mais de duas décadas em meados deste mês, o dólar perdeu um pouco de sua força nos últimos dias, acompanhando declínio nos rendimentos dos Treasuries (títulos públicos dos EUA), tanto pelos receios sobre o crescimento da atividade quanto por sinalizações mais duras de outros bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE), em meio ao salto da inflação.

“As surpresas de inflação persistentemente mais altas levaram a um aumento da incerteza, e o prêmio de risco se reflete nos mercados, que precificam juros terminais mais altos e probabilidade crescente de recessões” disseram estrategistas do Citi em relatório.

No Brasil, apesar das incertezas, o dólar acumula queda de mais de 13% contra o real até agora em 2022, depois de registrar sua maior queda trimestral em mais de 13 anos no período de janeiro a março.

Mori afirmou que o dólar foi apoiado mais cedo neste ano, entre outros fatores – como o patamar elevado da Selic e uma disparada nos preços das commodities -, por um forte ingresso de fluxos na bolsa brasileira, que já perdeu ímpeto desde abril, o que também explica a recuperação da divisa norte-americana ante as mínimas deste ano, de cerca de R$ 4,60.

Olhando para frente, principalmente a partir do segundo semestre, Mori espera mais volatilidade no mercado de câmbio, “não só pelo fator Fed mas também por conta do processo eleitoral confuso e conturbado” que o Brasil deve enfrentar até outubro.

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street encerrou em forte alta nesta quarta-feira, após a ata da mais recente reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,94%, para 3.980,03 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,48%, para 11.430,86 pontos. O Dow Jones subiu 0,60%, para 32.119,74 pontos.

Europa

As ações europeias avançaram nesta quarta-feira, impulsionadas por papéis de bancos e recursos básicos, com investidores aguardando atualizações de bancos centrais sobre o aperto da política monetária em meio aos temores crescentes de uma desaceleração econômica.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,63%, a 434,31 pontos. Bancos, que se beneficiam quando as taxas de juros sobem, ganharam 1,1% para atingir nova máxima em um mês, e ficaram entre os maiores impulsos ao índice referencial.

Papéis de energia e de materiais estavam entre os que obtiveram os maiores ganhos na Europa. Os preços do petróleo subiam, com impulso do aperto da oferta e pela perspectiva de aumento da demanda a partir do próximo início da temporada de verão nos Estados Unidos.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,51%, a 7.522,75 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,63%, a 14.007,93 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,73%, a 6.298,64 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,57%, a 24.250,45 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,49%, a 8.760,20 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,88%, a 6.184,84 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China se recuperaram da pior sessão em quase três semanas graças às medidas de apoio econômico do governo chinês, embora os ganhos tenham sido limitados pelas preocupações com a desaceleração do crescimento da economia.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,26%, a 26.677 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,29%, a 20.171 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,19%, a 3.107 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,61%, a 3.983 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,44%, a 2.617 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,88%, a 16.104 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,48%, a 3.179 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,37%, a 7.155 ponto

*Com informações da Reuters.

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