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Finanças

Ibovespa sobe 3,3% em janeiro; dólar acumula queda de 3,8%

Investidores seguem aguardando a ‘Super Quarta’ desta semana.

O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% nesta terça-feira (31), confirmando desempenho positivo no primeiro mês do ano, que foi apoiado principalmente pelo fluxo de capital externo para a bolsa paulista. O dólar à vista caiu frente ao real nesta sessão e no mês, diante do enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior, após dados nos Estados Unidos reforçarem sinais de arrefecimento da inflação.

No dia, o Ibovespa subiu 1,03%, a 113.430 pontos. No mês, o indicador teve alta de 3,37%. O dólar à vista recuou 0,80%, a R$ 5,0732, nesta sessão. No mês, a moeda norte-americana teve baixa de 3,88%, influenciada pelo fluxo de recursos ao Brasil.

Dados da B3 mostram a entrada líquida de R$ 9,9 bilhões em 2023 até o dia 26, movimento que tem sido apontado por operadores e analistas como principal suporte para a bolsa paulista neste começo de ano.

Cenário Interno

Começou nesta terça-feira (31) a reunião para decisão de política monetária pelo Copom envolvendo a taxa Selic. O resultado da reunião será divulgado amanhã (1) após o fechamento dos mercados. Agentes do mercado acreditam em uma manutenção do patamar atual de juros em 13,75%, dado o ambiente de alta nas expectativas para a inflação e incertezas sobre a política econômica.

Os investidores também acompanham a reunião do conselho da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo.

O ministro da Fazenda afirmou ser uma “vergonha” o modelo de julgamento que vinha sendo usado pelo Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais), com benefício a contribuintes em teses que classificou como “absurdas”.

O ministro se referiu ao voto de qualidade, que havia sido extinto durante o governo Jair Bolsonaro, que autoriza o presidente do colegiado a dar um voto de desempate nos julgamentos. Uma medida provisória do novo governo reativou esse instrumento, acabando com o benefício automático a contribuintes em casos de empate.

O Carf é responsável por julgar em nível administrativo litígios tributários.

Para o ministro, de 20 a 30 empresas se beneficiaram de teses “absurdas” e que revertiam jurisprudências do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.

Destaques corporativos

Natura (NTCO3)

Natura&Co (NTCO3) fechou em alta de 6,59% nesta terça-feira, após afirmar que permanece avaliando a eventual venda de fatia na marca Aesop como uma das alternativas para financiar o “crescimento acelerado” da unidade e agregar mais valor à companhia e aos acionistas.

O esclarecimento ocorreu após reportagens publicadas na véspera de que LVMH e L’Oréal, entre outras empresas, estariam interessadas na Aesop, bem como estimando a avaliação da Aesop.

Minerva (BEEF3)

A Minerva Foods (BEEF3) informou que assinou o contrato de aquisição da Breeders and Packers Uruguay (“BPU”), uma subsidiaria da Nippon Ham Foods Group. As ações da companhia recuaram 1,62% no dia.

A Minerva, que é líder na América do Sul na exportação de carne bovina, investiu um total de aproximadamente US$ 40 milhões. A oferta de aquisição do frigorífico uruguaio tinha sido realizada em 21 de novembro de 2022. O movimento faz a Minerva Foods ser líder na produção de carne bovina no Uruguai.

TIM (TIMS3)

TIM (TIMS3) comunicou ao mercado que seu presidente Alberto Mario Griselli assume interinamente os cargos de diretor financeiro (CFO) e diretor de Relações com Investidores (DRI) da companhia.

Griselli assume a partir de 1 de fevereiro de 2023 e vai acumular os três cargos até a indicação de um novo responsável. Os papeis da operadora de telecomunicações encerraram em alta de 1,99%.

Gafisa (GFSA)

A Gafisa (GFSA3) anunciou Sheyla Resende como CEO da construtora em fato relevante publicado na CVM. A executiva assume o posto que era comandado por Henrique Blecher, que deixa a companhia juntamente de Gustavo Nunes. As ações reagiram positivamente e ampliaram a a alta para 6,67%.

Segundo a companhia, Sheyla ingressou na empresa como trainee, atuou na área de engenharia, e há 4 anos integra o corpo executivo, período em que assumiu as áreas de RH, Gestão & Tecnologia, Administrativa e Comunicação, “sempre com grande destaque em sua atuação institucional’, disse o comunicado.

Bolsas globais

Wall Street

Os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, depois que dados dos custos trabalhistas dos EUA deram sinais animadores a investidores sobre a abordagem agressiva do Federal Reserve para conter a inflação um dia antes da crítica decisão de política monetária do banco central norte-americano.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 ganhou 1,48%, para 4.077,16 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 1,68%, para 11.584,55 pontos. O Dow Jones avançou 1,10%, para 34.088,13 pontos.

Europa

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu nesta terça-feira, conforme investidores se preparavam para outra rodada de aumentos das taxas de juros pelos principais bancos centrais esta semana, porém o índice ainda registrou seus maiores ganhos percentuais em janeiro desde 2015.

O STOXX 600 fechou em queda de 0,21%, a 453,45 pontos. Ainda assim, o índice registrou ganhos mensais de 6,7%, impulsionado por expectativas de lucros corporativos melhores do que o esperado e por sinais de resiliência econômica.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,17%, a 7.771,70 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,01%, a 15.128,27 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,01%, a 7.082,42 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,00%, a 26.599,74 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,17%, a 9.034,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,17%, a 5.886,34 pontos.

Ásia

As ações da China e de Hong Kong caíram nesta terça-feira, com os investidores realizando lucros após forte rali alimentado por um recorde mensal de fluxo estrangeiro, embora os analistas acreditem que os sinais de uma recuperação econômica pós-Covid limite as perdas.

A correção também pode ser desencadeada por sinais de uma escalada da guerra tecnológica sino-americana, além de um sentimento de aversão ao risco antes da decisão desta semana sobre as taxas de juros nos Estados Unidos, disse o Morgan Stanley.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 1,06%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,42%. O índice Hang Seng de Hong Kong prdeu 1,03% no dia.

No mês, entretanto, o CSI300 saltou 7,4%, enquanto o Hang Seng subiu 10,4%.

A recente recuperação do mercado foi alimentada pela forte entrada de dinheiro estrangeiro, já que os fundos globais apostam na recuperação da China depois que Pequim retirou as rígidas restrições contra a covid no mês passado.

  • Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,39%, a 27.327 pontos.
  • Em Hong Kong o índice Hang Seng caiu 1,03%, a 21.842 pontos.
  • Em Xangai, o índice SSEC perdeu 0,42%, a 3.255 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, retrocedeu 1,06%, a 4.156 pontos.
  • Em Seul, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,00%, a 2.425 pontos.
  • Em Taiwan, o índice TAIEX registrou baixa de 1,48%, a 15.265 pontos.
  • Em Cingapura, o índice Straits Times desvalorizou-se 0,37%, a 3.365 pontos.
  • Em Sydnei, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,07%, a 7.476 pontos.

*Com informações da Reuters.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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