A temporada de balanços de empresas norte americanas iniciada na semana passada vem mostrando resultados positivos que podem indicar, mesmo que em graus diferentes entre EUA e Brasil, a retomada da economia.
Porém mesmo com ótimos números vindos dos balanços, o mercado internacional começa essa semana majoritariamente em queda com preocupações com a disseminação da variante Delta que apresenta novos riscos para a economia mundial. Outro fator associado é a decisão da Opep+, que após reuniões sem sucesso realizadas na semana passada, concordou em aumentar o volume de produção de petróleo em alguns países.
O reflexo está reação do mercado com o petróleo do tipo Brent apresentando queda de 2,99% e o tipo WTI, queda de 3,23% nesse início de segunda feira, o que pode impactar diretamente as empresas de Petróleo na nossa bolsa.
Na Europa, as enchentes que atingiram a Alemanha e Bélgica podem afetar os mercados locais em um momento onde os índices de inflação são acompanhados de perto pelo Banco Central Europeu.
No Brasil, o Índice Bovespa conseguiu fechar a semana acima dos 125 mil pontos, faixa de suporte e mais próximo à média móvel de curto prazo no gráfico semanal. Continuamos vendo a tendência de alta em um prazo maior caso o mercado brasileiro reaja bem aos resultados que serão divulgados nessa semana.
No câmbio, o dólar devolveu parte dos ganhos do começo de julho e encerrou a semana perto dos R$ 5,12 após o mercado se acalmar com os riscos políticos e uma melhora da proposta da Reforma Tributária onde os Fundos Imobiliários não seriam tributados. Enquanto o FED não elevar as taxas de juros nos EUA e não houver maiores surpresas no cenário brasileiro, o dólar pode continuar em seu movimento de queda.
No mercado de juros houve um alívio nas altas em todos os vencimentos do DI futuro resultando em uma semana de queda nas taxas, porém a variação no mês ainda é positiva em todos os vencimentos com o reflexo no curto prazo da alta da Selic, e no médio e longo prazo com a incerteza de um ano eleitoral chegando.
Nesse início de semana, as bolsas europeias trabalham em queda com Reino Unido: -2,11%, Alemanha: -2,28, França: -2,2% e o índice Euro Stoxx 50: -2%. Os mercados asiáticos também operam em baixa com Japão: -1,25%, Shanghai: -0,01%, Hang Seng: -2,23% e Coreia do Sul: -1%.
As commodities tem Milho: +1,61%, Ouro: -0,50%, Petróleo Brent:-2,99%, Petróleo WTI -3,23% e Bitcoin: -1,58%.
Os principais Indicadores e eventos da semana:
2ª Feira – 19/07:
- Brasil: Boletim Focus; IPC-Fipe, Balança Comercial Semanal;
- EUA: Balanço da IBM após encerramento do pregão, Índice de Confiança das Construtoras em julho;
- China: Banco Central da China divulga decisão de política monetária;
3ª Feira – 20/06:
- Brasil: Resultados de Coelba (CEEB5), Neoenergia (NEO3) e Romi (ROMI3)
- EUA: Licenças de Construção e Construção de Novas Casas em junho, Estoques de Petróleo Semanal, resultados de Netflix.
- Alemanha: Índice de Preços ao Produtor de junho.
4ª Feira – 21/07:
- Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro
- EUA: Estoque de Petróleo da EIA, resultados de Johnson & Johnson e Coca Cola.
5ª Feira – 22/07:
- EUA: Vendas de Casas Usadas em junho, Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego.
- Zona do Euro: Declaração de Política Monetária do Banco Central Europeu e Confiança do Consumidor em julho.
6ª Feira – 23/07:
- Brasil: IPCA-15 de julho, Receita Tributária Federal; resultados de Hypera (HYPE3)
- EUA: PMI Industrial, de Serviços e Composto de julho;
- Zona do Euro: PMI Industrial, de Serviços e Composto de julho ;
- Alemanha: PMI Industrial, de Serviços e Composto de julho
- Reino Unido: PMI Industrial, de Serviços e Composto de julho, Vendas no Varejo de junho.